domingo, 19 de agosto de 2012

DEBATE: JUSTIFICATIVAS PARA O ATEÍSMO E PARA O TEÍSMO (parte 1)

DEBATE: JUSTIFICATIVAS PARA O ATEÍSMO E PARA O TEÍSMO

INTRODUÇÃO
Recentemente, eu, Lucio, membro do MCA, estive envolvido em alguns debates contra neo-ateus (que, ou não sabem que pertencem a esse grupo, ou não aceitam ser nele incluídos, apesar de deterem todas as características de um neo-ateu - a saber, a militância ateísta baseada na premissa de que a religião é perniciosa para o bem social, dentre outras coisas que não nos compete abordar aqui).

Como os debates foram (e estão sendo) públicos, me vejo no direito de usá-los e postá-los aqui. Infelizmente, nos deparamos com, além dos equívocos lógicos, analfabetismo ortográfico. Por isso, iremos modificar o texto somente a título de estética, retirando as abreviações e corrigindo os erros de português (bem como colocando vírgulas para que as orações façam sentido). Faremos o máximo esforço para preservar o texto do oponente, que poderá ser disponibilizado a qualquer um que pedir (que, garanto, ficará espantado...).
Também não usaremos o nome do dito cujo. Trocaremos por ATEU.
Esse debate, em particular, que vamos colocar aqui ainda está rolando. Está sendo moderado por um aspirante a membro do MCA (meu irmão). Houve grandes interferência no começo, mas agora, no decorrer do debate, ele está aparecendo somente em casos extremamente necessários.

Um dos objetivos que tenho em expor este debate aqui é pra mostrar que o neo-ateísmo se vale mais de persuasão psicológica, patrulhamentos ideológicos e afins para convencerem as massas. Quando se depura os fatos, vemos argumentos completamente inconsistentes, falaciosos, ilógicos e até, em muitos casos, ridículos. As doses de ironia; as elaborações imponentes; a expressividade e afins são tudo que eles têm. Este que estamos debatendo, infelizmente, representa uma grande massa de pseudo-pensadores iludidos com a propaganda de Dawkins e cia., comprada nas escolas, faculdades e afins.

O debate é extenso. Então, colocaremos periódicamente partes dele aqui. Começemos com as apresentações.


ABERTURA DO MODERADOR: De um lado, Ateu vai defender a não existência de Deus, bem como demonstrar a insustentabilidade dos argumentos a favor da existência desse ser denominado Deus. Para isso, além dessa parte negativa em sua argumentação, apresentará também provas, argumentos positivos de que esse Deus não existe. Do outro lado, Lucio vai apresentar provas, argumentos à favor da existência de Deus, mostrando que é racional acreditar nesse ser transcendente que avoca atributos exclusivos, bem como demonstrar que o ateísmo é irracional.
DISCURSO INICIAL DO LUCIO:
Neste debate iremos proceder da seguinte forma: (i) vamos apontar um argumento positivo sobre a existência de Deus, bem como defendê-lo; (ii) apontaremos um argumento positivo (que colocará o oponente na defensiva) para a inviabilidade da cosmovisão naturalista (que abarca o ateísmo); (iii) mostraremos que os argumentos contra o teísmo não se sustentam, ou, pelo menos, não ferem os argumentos que colocamos; (iv)  demonstraremos que não se pode provar que Deus não existe, logo, ainda que nossas provas sejam inválidas, ou que não haja provas, ele pode ser crido (‘se não há razões para não crer, posso crer’); (v)  vamos expor como é impraticável o ateísmo, e que o ateu toma elementos injustificados com base em sua cosmovisão, para viver, ou seja, que é incoerente.
É interessante salientar alguns pontos. O ateísmo é a posição filosófica que afirma a não-existência de Deus. Qualquer definição de divindade, transcendência e afins, é negada. Temos de ouvir, antes de mais nada, da parte do oponente, o que o motiva, quais as razões, para pensar assim. Se ele não apresentar nada, no mínimo, não teríamos provas positivas, o que não quer dizer que não existe. Em forma de frase de efeito, costumamos falar que ‘ausência de evidência não é sinônimo de evidência de ausência’. Portanto, se não houver evidência da ausência, ficamos, no máximo, com um agnosticismo do tipo que declara incompetência intelectual, e não epistemológica (no primeiro, declara-se que não há informações suficientes para uma decisão; enquanto que no segundo, afirma-se que não se pode opinar sobre a questão, pois foge do escopo cognitivo do homem).
Queremos observar neste discurso inicial mais um ponto. Como se prova que Deus existe? Para isso, claro, usaremos a lógica. Mas não podemos pedir uma prova empírica da existência de Deus. Deus é um ser transcendente, não-material. Pedir para ver, ou ouvir, ou sentir, ou mesmo cheirar (nunca vi ninguém chegar a esse ponto, mas...) a Deus é um contrassenso. É petição de princípio. Se a forma que o oponente propõe que se deve provar faz com que a prova seja impossível, ele já, desde o começo, ganhou a argumentação. O que faremos se tal falácia for ensejada será debater, epistemologicamente, a forma correta de se discutir a questão (o âmbito correto de pesquisa, a metodologia específica).
Por fim, temos de definir o que está em voga aqui. O que queremos dizer ao usar o termo ‘Deus’. Estamos evocando o conceito de uma ontologia perfeita e infinita. Uma substância (usando o termo no sentido clássico, aristotélico) espiritual com todas as perfeições infinitas, e um ser pessoal. Também salientamos que, nisso, está incluso sua transcendência [embora também imanência]. Podemos, a título de recurso pedagógico, conclamar Anselmo, e dizer que Deus é [no mínimo] aquele ser que não se pode imaginar outro ser maior. Assim, temos por base a existência do quê iremos debater. Se o oponente usar argumentos contra um conceito inferior sobre Deus, apenas coadunaremos, e ressaltaremos que isso não toca num ‘fio de cabelo’ do conceito próprio de Deus.
DISCURSO INICIAL DO ATEU:
Neste debate espero abrir suas mentes para a verdade, mostrando que: 1º não tem sentido acreditar em Deus se não o motivo de que há algo mais e será em descanço e prazeres no "paraiso", ao inves de cair na real. Ao invéz de perder tempo adorando, usá-lo pra algo mais produtivo para sua vida e pro próximo, tornando melhor esse mundo que ja esta em decadência. 2º Ao inves de recorrer ou misticismo, tentar compreender o que esta ao nosso redor de uma manera lógica, racional, bom senso.... 3º Vou apontar argumentos positivos, mostrando que, na medida que as ciências avançam, mais respostas se tem ( e menos misticismo), mostrando que o "misticismo" é apenas falta de resposta lógica, racional, bom senso... 4º Espero que esse debate abra os olhos de quem estiver errado e que saia aprendendo mais do que como iniciou.
PARTE 2 

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