quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Os Mórmons: Deuses e recebimento do Espírito Santo


Em coversas com irmãos eu já disse que, das chamadas ‘seitas cristas’, os mórmons são mestres em inventar doutrinas absurdas. Entre o romanismo e mormonismo, fica difícil dizer qual mais se afastou da simplicidade do evangelho.


Veja um estudo mórmon. Destaco em grifo as partes que nos parece estranhamente contrárias ao que a Fé Bíblica revela:


“Como alguém pode receber o Espírito Santo? Algumas ideias aleatórias sobre o dom do Espírito Santo

Um quórum de deuses

Um quórum de três deuses preside sobre esta terra. Nesse quórum do sacerdócio, cada membro está em um diferente estágio de deidade e atua em uma missão ou dispensação para conosco, deuses mortais:

Convênio eterno foi feito entre três personagens antes da organização desta terra, e se relaciona com sua dispensação de coisas aos homens na terra; esses personagens, de acordo com o registro de Abraão, são chamados Deus, o primeiro, o Criador; Deus o segundo, o Redentor; e Deus o terceiro, a testemunha ou Testador. (Teachings of the Prophet Joseph Smith, p. 190)

O Espírito Santo como um deus

Como o terceiro membro desse quórum, o Espírito Santo também é um deus. Ele será reconhecido por muitos neste mundo, porém, como o Deus supremo. Em várias culturas, pessoas acreditam que Deus é um espírito, sem um corpo físico, o qual inspira a humanidade a fazer o bem e a buscar a paz; que se comunica conosco através de impressões e sentimentos. Isso soa como uma descrição dos frutos do Espírito Santo. Talvez não seja coincidência que o Espírito santo seja o deus que preside sobre o reino telestial, onde a maioria de nós parece se encaixar.¹

Aqueles que entendem a sua relação com o Pai e o Filho e buscam por mais luz também precisam conhecer as operações do Espírito Santo e buscar a sua influência, como o primeiro Consolador.

As ordenanças do sacerdócio e a deidade

Ao nos tornarmos conscientes de nossa origem e potencial divinos, e nos esforçarmos para viver a verdade, passamos a desenvolver uma relação mais pessoal com os membros da deidade. Oramos ao Pai em nome do nosso irmão mais velho, recebemos inspiração através do Espírito Santo; somos batizados em nome dos três deuses; administramos e recebemos ordenanças por sua autoridade; simbolicamente aprendemos como entrar no lar de nosso Pai e ser por Ele abraçados.

O recebimento das ordenanças é parte de desenvolvermos uma relação pessoal com a deidade. Sem um esforço sincero de viver os princípios do evangelho e receber suas respectivas ordenanças, não conseguimos experimentar totalmente “o poder da divindade” em nossas vidas, ter acesso aos “mistérios da divindade” e “o conhecimento de Deus” ou entrar na presença do “Pai e viver” (D&C 86:19-22).

Os dois batismos

Algumas escrituras chamam as duas primeiras ordenanças do evangelho de “batismos” – batismo de água e batismo de fogo.² Acho essas expressões significativas ao evocarem duas partes de um mesmo processo purificador, assim como uma “imersão” nos princípios simbolizados nas duas ordenanças. Entender a beleza e profundidade dessas ordenanças nos impedirá de reduzi-las a uma mera questão de filiação à Igreja.

Joseph Smith ensina que os dois “batismos” estão relacionado se tinham o objetivo de trazer ao indivíduo a influência do Espírito Santo. Ao invés declarar o recebimento do dom do Espírito Santo como um complemento do batismo na água, ele vê o batismo na água como um passo preparatório para receber o Espírito Santo:

Batismo é uma santa ordenança preparatória para a recepção do Espírito Santo. É o canal e chave pela qual o Espírito Santo será administrado. (Words of Joseph Smith, p. 03)

Um mandamento

Nenhum de nós tem a autoridade para designar um deus a uma tarefa; tampouco podemos “transferir” o Espírito Santo a alguém – ele não é nossa propriedade e não temos poder sobre ele. Ao impôr as mãos sobre a cabeça de outra pessoa, um portador do sacerdócio dirá “recebe o Espírito Santo”. O modo imperativo da frase nos comunica que estamos recebendo um mandamento.

Ao fazermos convênios com Deus, não esperamos que Ele venha a nós sem o nosso esforço de nos aproximarmos Dele. De forma semelhante, não podemos esperar “receber o Espírito Santo” sem buscar a sua influência na nossa vida.

Achegai-vos a mim e achegar-me-ei a vós; procurai-me diligentemente e achar-me-eis; pedi e recebereis; batei e ser-vos-á aberto. (D&C 88:63)

Há uma forma de saber com certeza se temos ou não a influência do Espírito em nossas vidas:

Nenhum homem pode receber o Espírito Santo sem receber revelações. O Espírito Santo é um revelador. (Words of Joseph Smith, p. 256.)

Se o Espírito Santo é um revelador e somos ordenados a receber o Espírito Santo, estamos sermos instruídos a receber revelações. Receber revelações verdadeiras para su aprópria vida é receber o Espírito Santo. Para tanto, a ordenança em si não é suficiente. A ordenança externa é um passo necessário para abrir as portas à ordenança interna, ao longo de toda a vida. Parafraseando o que disse Joseph, se um homem ou uma mulher recebe o Espírito Santo, ele ou ela receberá revelações do céu. Se isso não acontecer, é porque o Espírito Santo não está sendo bem-vindo, recebido.

Mas se não sois levados por revelação como podeis escapar da danação do inferno?(Words of Joseph Smith, p. 345.)

NOTAS

¹ D&C 76: 81-86.

² Por exemplo, Mat. 3:11, 2 Né. 31:13, D&C 39:6, Moisés 6:66.


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