quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

'Espírito de Profecia' e a Doutrina de 1844 – as duas colunas do adventismo

Engana-se quem pensa que a doutrina do sábado é a mais importante do adventismo. Ela é fundamental, mas não exclusiva. Se fossemos apontar quais doutrinas peculiares que essa religião possui, sendo exclusiva dela, são apenas duas doutrinas – das fundamentais. O que eles creem em torno da Papisa Ellen White e da doutrina do Juízo Investigativo, iniciada em 1844. Ambas as doutrinas se forem tiradas, o adventismo deixa de existir, qual religião peculiar. Assim como 1914 e o Escravo Fiel e Prudente são doutrinas que sustentam as Testemunhas de Jeová, o Papa e Maria para ICAR, assim o é Ellen White e 1844 para a IASD.

Sobre 1844, dizem os eruditos adventistas:

“A doutrina do sacerdócio de Cristo, em conjunto com a interpretação profética de Daniel 8.14, fornece uma identidade histórica à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Para os adventistas, seu movimento não é acidente histórico, mas resultado da especial intervenção de Deus nos empreendimentos humanos. O cumprimento de Daniel 8:14 em 1844 valida a presença dos adventistas do sétimo dia no mundo e, principalmente, na comunidade cristã. Assim como o início do ministério celestial de Cristo coincidiu com o derramamento do Espírito Santo (At 2:33), assim o começo do antítipo dia da expiação coincidiu com o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 454).

Algumas coisas são evidentemente deploráveis nessa declaração:

1. Unir o sacerdócio de Cristo com Daniel 8.14 é no mínimo uma estupidez hermenêutica, pois o contexto não sugere trabalho sacerdotal algum de Cristo ali em Dn 8. 

2. A única intervenção histórica que sabemos a respeito do surgimento dessa data, foi que Deus humilhou aqueles que achavam que podia saber mais que o Filho de Deus, em sua missão humana (Mt 24.36). Isto é – Deus causou o grande desapontamento para humilhar os falsos profetas mileritas.

3. Nenhum intérprete reconhecido hoje aponta qualquer cumprimento de Daniel 8.14 em 1844. Certo erudito do VT diz:

Não pode haver qualquer dúvida de que o chifre pequeno no capítulo 8 indique um rei do império grego , a saber, Antíoco Epifânio.” (Gleason L. Archer Jr. Panorama do Antigo Testamento, p. 504. Edições Vida Nova).

4. Como dizer que Daniel 8.14 se cumprir em 1844 validaria o adventismo na comunidade cristã? Por que outros aventureiros proféticos no arraial protestante também caíram nesse erro, lá na época de Miller e antes?

Muitas vezes o adventismo faz essa identificação por causa da expressão “chifre pequeno” que os reformadores e outros identificavam com o Papado Romano, o que o adventismo plagiou dessa tradição. Porém, uma coisa é o chifre pequeno de Daniel 7, outro é o de Daniel 8. O renomado pregador Brasileiro, Hernandes Dias Lopes alerta:

“O pequeno chifre do capítulo 8 não deve ser confundido com o pequeno chifre do capítulo 7.8. A origem do 7.8 é o quarto império (império romano). A origem do 8.9 é o bode, o terceiro reino: o império grego.”

5. A seita adventista tem uma mania de vincular acontecimentos de sua história com relatos bíblicos que é até cômico. É assim com o clamor aí vem o Noivo, com a expressão “Espírito de Profecia”, com a o livrinho de Apocalipse 10.

Esse tipo de teologia gibi, não merece nem refutação, dado a sua baixa competência exegética. Daí dizer que o surgimento da IASD com alguma coisa da Bíblica é sem conexão, nem com uma, nem com outra situação bíblica.

Diante desses fatos, imagine então como está a situação da IASD diante daquilo que um teólogo adventista diz:

[...] nunca mais questionei Ellen White como profetisa; em vez disso, minha confiança na verdade de 1844 permitiu-me vê-la como um dos maiores profetas que já existiram!
Minha compreensão da verdade a respeito de 1844 deu-me uma nova experiência com Jesus, com os adventistas e com o Espírito de Profecia. Uma vez que entendi quão bíblico era o juízo de 1844, sabia que esta igreja era tudo que dizia ser, e todas as dúvidas sobre lei, o sábado, enfim, todas as minhas indagações foram respondidas.
[...] os ensinamentos sobre 1844 provam, além de qualquer dúvida, que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a a igreja remanescente da profecia bíblica, e que essa mensagem é a verdade presente. O juízo investigativo de 1844 – mais que o estado dos mortos, o sábado e a segunda vinda – estabelece a validade do adventismo. (1844 – uma explicação das principais profecias de Daniel, p. 9,10,11,12,13,14,15).

A IASD precisa deixar tais doutrinas (Ellen White e 1844) - além disso, deve também recuperar a doutrina clássica da trindade, manter a inerrância da Escritura, desconectar a salvação com algum selo de obras da Lei, e desistir do sonho de 'igreja remanescente', se quiser ser considerada um igreja protestante genuína (Jd 3,4) - reconhecimento esse que eles vivem a reclamar nas portas das igrejas evangélicas. 

6 comentários:

  1. por causa destes ensinos puramente criado pela mente humana, o adventism se tornou uma seita, pois foi criado em cima duma grande mentira.

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  2. Basta somente um versículo --que esteja relacionado-- para refutarmos qualquer falsa doutrina. É claro que existe a necessidade de uma ampla exposição e refutação das falsas doutrinas até mesmo para o povo saber das "novidades" que estão sempre surgindo do inferno.

    No caso do Juízo Investigativo Ellen White afirma que a remissão/ purificação/ apagamento dos pecados dos crentes começando por Adão até o último que entrar antes do "fechamento da porta da graça iníciou em 22 de Outubro de 1844 e terminará quando Cristo deixar o lugar de intercessão antes do princípio da grande Tribulação.

    Essa doutrina estranha é facilmente refutada pela passagem de Hebreus 1:1-3 que inclusive já serve para refutar a pretensão daqueles que se candidatam ao cargo de profeta maior dentro da Nova Aliança.


    Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
    A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
    O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, HAVENDO FEITO POR SI MESMO A PURIFICAÇÃO DOS NOSSOS PECADOS, ASSENTOU-SE À DESTRA DA MAJESTADE NAS ALTURAS.
    Hebreus 1:1-3

    Essa passagem nos informa que a remissão de pecados já ocorreu no ano 31 AD e não à partir de 22 de Outubro de 1844. Desta forma a passagem de Daniel 8:14 ..."Até 2300 tardes e manhãs então o Santuário será purificado usada pelos Adventistas com a interpretação que eles dão à ela irá contradizer o que claramente está expressado em Hebreus 1:1-3!

    A passagem de Hebreus também nos mostra que o Senhor está assentado à direita do Pai --representado na Antiga Aliança pela entrada do Sumo Sacerdote no dia da Expiação no lugar Santíssimo-- desde a ascenção do Senhor no ano 31 AD e não em 22 de Outubro de 1844 onde segundo Ellen White Cristo em 22 de Outubro de 1844 teria juntamente com Deus Pai abandonado o lugar Santo do Santuário celestial e passado para o lugar Santíssimo dando ali o início da remissão de pecados o que contraria o que está peremptoriamente declarado em Hebreus 1:1-3.

    Além do mais essa passagem ensina que Deus outrora falou aos Pais através dos profetas maiores da Antiga Aliança quando a Palavra de Deus somente vinha à eles mas nestes últimos dias --que iniciaram com a ascenção do Senhor Deus Pai nos comunicou sua Vontade através de seu Filho que é o nosso profeta maior, o nosso Moisés.

    O profetas da Nova Aliança estavam sujeitos à revelação dada aos Apóstolos que eram e são os ÚNICOS Depositários da Doutrina revelada à eles pelo Espírito para o ensino, edificação, consolação, correção, exortação, elevação, etc, da Igreja.

    Efésios 4:11: " E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores", elimina qualquer pretensão de homens ou mulheres se exibirem como profetas maiores dentro do Corpo de Cristo.

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  3. Alô pessoal! Algumas pequenas considerações sobre os falaciosos ensinamentos Adventistas sobre a Expiação.


    O Adventismo do Sétimo é uma mentira, um engano de Satanás se mascarando de anjo de luz para desviar as pessoas do verdadeiro Evangelho. São aqueles espíritos maus dos quais o apóstolo Paulo chama em Colossenses de "os rudimentos do mundo" que se especializaram em produzir falsos conceitos acerca de Deus e do plano da salvação. É realmente absurdo como tantas pessoas com a Bíblia aberta diante de seus olhos não conseguem perceber os princípios do Evangelho e da Expiação completa realizada na cruz.

    Quando um filho de Deus peca se arrepende e confessa o seu pecado o todo-suficiente sangue de Cristo purifica imediatamente o pecado confessado pois esta é a verdadeira Expiação e natureza da morte e ressurreição do Filho de Deus que é o "cobrir" não o acobertar mas tomar para si e (não sobre si novamente como ensina Ellen White) aplicar ou sempre atualizar a remoção dos pecados confessados longe da vista de um Deus santo que não pode contemplar --ficar olhando fixamente-- para o pecado.

    Aquilo que aconteceu no Calvário --a purificação dos pecados-- está sempre se renovando e disponível à todos os que se arrependem e confessam lançando mão de suas faltas cometidas.

    Os pecados confessados não são colocados sobre o Senhor Jesus e transferidos em forma de registros para dentro santo dos santos do santuário celestial como escreveu Ellen White.

    A falha e desencaminhadora tipologia usada por Ellen White com Cristo funcionando como um SACERDOTE araônico desde sua ascenção 31 AD até 22 de Outubro transferindo-se neste dia para o santíssimo para começar a atuar como SUMO SACERDOTEfazendo a remissão/apagamento de pecados é uma perversão da tipologia messiânica característica apresentada no livro de Hebreus que mostra exatamente o contrário daquilo que é ensinado pela igreja Adventista, ou seja, que o Messias pôs fim ao sacerdócio levítico e isso para sempre e introduzido pela Sua ressurreição ao eterno e incorruptível sacerdócio celestial segundo a ordem de Melquisedec.

    A palavra "ordem" (de Melquisedec) não é um termo técnico como errôneamente usado no "sacerdócio de Melquidec pelos Mórmons mas tipologico para mostrar qua a omissão da genealogia de Melquisedec foi tomada com o intuito de uma representação da eternidade do Messias e de seu sacerdócio que é anterior ao sacerdócio levítico/araônico apenas manifestado na terra com a vinda da plenitude dos tempos ou o amadurecimento da palavra/semente de Deus para o seu dia com a apresentação do Messias à Nação de Israel.

    Agora, como Cristo poderia estar fazendo intercessão pelos filhos de Deus desde a sua Ascenção se ele ainda haveria de esperar 18 séculos para iniciar o apagamento ou remissão de pecados?!

    Os Adventstas erram e erram feio!

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  4. Irmão Luciano como os adventistas em pleno século avançado em teologia mídia, defendem isso ainda no meu humilde ver a doutrina de 1844 w o maior divisor de águas entre o cristianismo verdadeiro

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