terça-feira, 29 de março de 2011

EVANGELIZANDO OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA – Introdução

Quero começar outra série de evangelismo, usando aquilo que já presenciei, bem como os assuntos que pesquisei. Pela graça de Deus, espero conseguir expor algo que contribua para a verdade. Assim como fiz nas postagens ‘Dialogando com um adepto da CCB’, formularei um diálogo fictício. Farei o máximo para que reflita a realidade.

Porém, terei uma proposta como a série ‘evangelizando as Testemunhas de Jeová’, visto que eu tenho convicção que os Adventistas precisam de Jesus para serem salvos, enquanto manterem em suas mentes algumas doutrinas Adventistas, a exclusividade da obra redentora de Cristo estará ofuscada na mente deles. Acredito que vários entre eles estão libertos, mas como grupo religioso, o Adventismo é uma seita condenada ao inferno. O adventista deve urgentemente abandonar (1) a crença em Ellen White, (2) em 1844 como data de qualquer natureza para entrada de Cristo no lugar santo, (3) denunciar o adventismo como liberal e satânico por negar a inerrância bíblica e (4) não confiar na guarda sábado como sinal de salvação no tempo fim.

O diálogo envolverá os assuntos: a volta de Cristo em 1844, a doutrina de 1844, o ministério profético de Ellen White, sábado, alma, inferno e inerrância bíblica. Usarei para representar o Cristianismo Protestante o fictício Lutero (o mesmo da conversa com o Francisco da CCB) e para representar o Adventismo uma mulher adventista chamada Helena (!). Lutero sempre falará em negrito, e Helena em azul.



Helena: Oi ‘irmão’ Lutero, como vai a família? Tudo bem?

Lutero: Graças a Deus tudo bem.

Helena: Lutero, eu estou com alguns livros aqui sobre saúde. Que mostra como usar de maneira plena os recursos naturais. Será que poderia te mostrar? Além disso, se você comprar os livros sobre saúde você ganha o livro que é um Best-seller mundial, O Grande Conflito.

Lutero: Helena, não me interessa no momento. Mas sobre o livro o Grande Conflito (GC), acho que temos algo para conversar... Você é Adventista?

Helena: Sim! Nunca tivemos a oportunidade de conversar sobre isso, mas sabia que você é protestante. Você conhece a Igreja Adventista?

Lutero: Sim, tenho lido algumas coisas sobre o Adventismo. Muitas coisas me incomodaram e seria até bom se pudesse esclarecer... Por ex: O adventismo pregou a volta de Jesus para 1844?

Helena: Não, não... nunca! Olha Lutero, nós fomos organizados como igreja em 1863, como é que pregaríamos a volta de Cristo em 1844? Quem pregou isso foi o BATISTA Miller bem como os presbiterianos, metodistas e congregacionais que se uniram a ele. Mas nós, Os Adventistas do Sétimo Dia (ASD) nunca!

Lutero: Helena, essa resposta é evasiva e contraditória. Primeiro que nenhum grupo nasce organizado. Ele surge com seus ideais e só algum tempo que existe a institucionalização. Segundo, Ellen White conta no GC que o movimento adventista, e especialmente Miller, foram usados por Deus para pregar a mensagem da volta em 1844! Terceiro, Ellen White teve uma visão que diz que Miller era como um homem com a vassoura que limparia a casa de Deus. Quarto poderia me mostrar em uma Confissão oficial dessas igrejas, Presbiterianas, Batistas, Metodistas, etc. que prove que eles como grupo organizado, representando oficiamente suas igrejas de origem, pregaram a volta de Cristo para 1844? As pessoas dessas igrejas que seguiram os cálculos proféticos de Miller, e de outros anteriormente, na verdade se desviaram da verdade bíblica.

Helena: Mas não foram os ASD, foram eles! Mas o estudo de Miller foi conduzido por Deus, porém ele se equivocou em achar que Cristo voltaria em 1844.

Lutero: Continuo esperando resposta das objeções que coloquei... Mas já que mudou de assunto. Você sabia que antes de Miller um teólogo de nome John Áquila Brow, na Inglaterra escrevia um periódico escatológico que trouxe a interpretação de Daniel 8.14 que influenciou a muitos, e provavelmente Miller, a pensar que Dn 8.14 se cumpriria em 1844?

Helena: Francis Nichol cita ele rapidamente, bem como vários outros. Era um movimento mundial em torno de 1844!

Lutero: Ou seja, Ellen White se enganou quando dizia que Miller chegou a essa conclusão sozinho...? Ela disse que foi Deus e anjos que conduziram a pesquisa de Miller, o que resultou em falsa profecia?

Helena: Foi um erro mesmo. Mas nossa profetisa corrigiu isso. Ellen White jamais pregou a volta de Cristo para alguma data especifica, nem A Igreja Adventista!

Lutero: Ela não corrigiu isso. No GC ela chega ao ponto de dizer que mesmo o texto de Mt 24.36, que Jesus disse não saber o dia e hora da volta era um texto mal entendido por outros e que os adventistas explicavam de uma maneira que 1844 não era prejudicado. E a senhora Ellen White sustentou que a porta da graça estaria fechada até 1851.

Helena: Pelo que sei da história da ASD, o erro de Miller foi que ele entendia que o santuário era a terra, por isso ele achou que Cristo voltaria.

Lutero: Olha Helena, até hoje ninguém provou que Miller pensava que o santuário era a terra.

Helena: Mas Lutero, seria bom e correto concentrarmos nos ensinos atuais da ASD, o passado é passado. Foi amargo. Entendemos Dn 8.14 como tendo-se cumprido em 1844, com a entrada de Jesus no Santíssimo Celestial.


Lutero: Tudo bem Helena, qualquer grupo que no passado profetizou o fim do mundo para certo período especifico, como as Testemunhas de Jeová, deve ser esquecido, certo?

Helena: As Testemunhas de Jeová sim são falsos profetas.

Lutero: (Fica admirada com o julgamento parcial, os ‘dois pesos duas medidas’...)

Helena: Irmão Lutero, já que está nos criticando, me dê uma explicação de Daniel 8.14? Não conheço ninguém que explique isso mais biblicamente do que a Igreja Adventista.

Lutero: A explicação dos intérpretes Protestante dessa passagem é que os 2300 dias são literais e se cumpriu no período de perseguição desferido por Antíoquo Epifânio aos judeus, entre os anos 175 a 167 a.C, sem ‘mistérios’, sem cálculos cabalísticos. A maioria esmagadora dos teólogos cristãos pensa assim dessa passgem de Daniel 8.14. os ASD estão sozinhos. [No fim do diálogo tem informações adicionais sobre A. Epifânio.]

Helena: Sempre essa explicação!? Isso não faz sentido Lutero.

Lutero: Por que não?

Helena: Eu tenho um livro aqui de um erudito adventista, C. Merril Maxwell, que apresenta muitas objeções contra essa interpretação. Vamos ver se você será capaz de refutá-las:

1) Ele diz que o termo chifre em Daniel sempre é um reino e nunca um rei especifico (Uma Nova Era Segundo As Profecias de Daniel p. 158 [colocarei apenas ‘Maxwell’ como referência desse livro de sua autoria])

Lutero: Que bom Helena que você não fará uso apenas das interpretações da profetisa Ellen White, que nem mesmo usou o contexto de Daniel 8. Mas vamos lá para a primeira objeção de Maxwell: Primeiro, tal objeção carece de base, pois a Bíblia nunca diz que chifre é sempre reino e nunca o rei de tal reino. Quem estabelece isso é Maxwell, e não uma afirmação bíblica. Segundo, ou ele se esqueceu, ou desconsiderou, o que escreveu no mesmo livro:


“[...] os dois chifres desiguais de um carneiro são explicitamente identificados como os reis da Média e da Pérsia” (Maxwell p.109, 110).


Isto, por certo também pode estar certo no caso de Daniel 8.14. Os intérpretes pensam no rei que é o representante de tal reino. A contradição de C. M. Maxwell ainda pode ser observada nas páginas 145,146 onde ele interpreta vários reis como sendo tais chifres.




Helena: Isso ficou um pouco estranho mesmo, mas irei pesquisar isso depois... mas ele apresenta mais objeções. Segundo Maxwell outro problema para sua interpretação está na cronologia. Visto que Antíoco IV está no meio cronológico da dinastia Selêucida, então ele não deve ser o chifre de Dn 8.13 (Maxwell p. 158).

Lutero: Essa é uma inteligente objeção Helena, mas não é verdadeira! O versículo não diz que a manifestação do ‘chifre’ seria no fim da supremacia selêucida. O texto diz assim: “Mas, no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei feroz catadura e especialista em intrigas.” Leia atentamente Daniel 8.20 ao 23. Quando o rei feroz surge? No fim do reinado Grego. O profeta diz que quando ele se revela é no termino do que restou da dinastia Grega, seus vestígios políticos estariam em declínio. A proposta de Maxwell desconsidera o contexto bíblico.

Helena: Você está entendendo errado Lutero.

Lutero: Onde? O que estou entendendo errado?

Helena: Deixa eu apresentar as outras objeções de Maxwell, depois agente conclui.

Lutero: Tudo bem, vamos lá...

Helena: Maxwell indica uma falta de sintonia entre as informações bíblicas e o reinado de Antíoco IV dizendo: “Tampouco se pode dizer que ele “prosperou” ( verso 12), ou que se “tornou muito forte”(verso 9)...” Depois informa da fraqueza de Antíoco IV e o modo como seus inimigos o tratava com desdenho. ‘Isso não poderia ser dito de alguém tão forte’, raciocina Maxwell.

Lutero: Helena, o problema dessa crítica dele é que ele desconsidera o versículo 24 que diz que o chifre (Antíoco IV) não seria forte com sua própria força. Dessa forma, sua fragilidade é garantida na própria Escritura. Segundo, o texto diz sim que ele se tornou forte, mas em comparação a o quê? Prosperou em comparação com o quê? Isso não foi estabelecido. Mas ainda assim, o jesuíta John L. Mckenzie informa que Antíoco Epifanes “era capaz de bárbaras crueldades, que chegaram a desfigurar sua época.” (Dicionário Bíblico, p.50). Alguém que desfigurou uma época, não era tão fraco.


Os cristãos confiam plenamente na verdade bíblica, e mesmo que não tenham informações suficientes para dizer onde e como exatamente foi que esse prognóstico se cumpriu em Antíoco IV, eles sabem que isso aconteceu. O que se tem da história são os atos que ele fez contra o povo de Deus (Dn 8.9-12). Outros detalhes não são claros, nem necessários. Mas os que estão descobertos nos são suficientes.

Helena: Não sei não Lutero. Acho que os protestantes exagerem sobre Antíoco. Veja Maxwell diz que até mesmo o ataque contra os Judeus não foi tão bem sucedida quanto se pinta (Maxwell p.159).

Lutero: Helena, ele desconsidera flagrantemente o que o anjo disse: “[...] será quebrado sem esforço de mãos humanas” (Dn 8.25b). Na verdade ele está desesperado para salvar a interpretação adventista de Ellen White. O pressuposto doutrinário está vestindo a camisa de força hermenêutica. 

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Algumas informações históricas sobre Antioco IV:



Sobre Antíoco IV existem fatos que são muito marcantes, para a interpretação tradicional. Quando assumiu o governo por volta de 175 a.C. notou que seu reino carecia de estabilidade política. A religião foi seu instrumento para alcançar a estabilidade. Assumiu e conclamou-se como o Deus manifesto (Theos Epifânio), embora inimigos o chamasse de homem louco. Seu objetivo era a helenização de Jerusalém.

Antíoco IV em 170/169 a. C. Proclamou-se rei do Egito, após invadir o Egito com um grande exército. Mas sob ameaça dos Romanos, deixou o Egito.

Quando houve uma tentativa de transferir o sacedórcio a um interessado, houve rebelião em Jerusalém. Ele foi á Jerusalém com 22000 soldados com a pretexto de manter a paz em Jerusalém. Mas o que aconteceu foi de fato, uma desolação conforme predito em Daniel 8.13,14 atacou Jerusalém num dia de sábado:


Mulheres e crianças foram tomadas como escravas, e a cidade foi saqueada e queimada. Logo depois, em 167 a.C., Antíoco decidiu exterminar a religião judaica, proibindo que os judeus vivessem de acordo com suas leis ancestrais. Proibiu a guarda do sábado, os festivais tradicionais, os sacrifícios e a circuncisão das crianças, além de ordenar que as cópias da Torah fossem destruidas. Altares pagãos foram edificados e os judeus eram obrigados a oferecer sacríficiops impuros e a comer carne de porco (2 Mac 6.18) (Enciclopédia Cultura Cristã, p. 342).

Observe que ele proibiu normas exigidas pela lei de Deus. E especificamente a proibição de sacrifícios! Convém lembrar os textos do profeta Daniel:

“Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo” (Dn 8.10,11).

Os que não obedeciam eram mortos. Porém, um dos atos mais marcante nas ações de Antíoco IV nessa investida contra os judeus, foi sacrificar um porco (uma porca) no altar judaico e transformar o templo sagrado como templo de adoração pagã, adorando a Zeus (Enciclopédia Cultura Cristã, p. 342). Ele levou uma estátua de Júpiter para dentro do Santo dos Santos (Dicionário John Davis, p. 41). A avaliação que E. A. Judge faz dessas ações de Antíoco é reveladora. Segundo ele, Antíoco IV imaginava que os atos religiosos praticados em Jerusalém eram vestígios da dinastia dos Ptolomeus: “Jamais reconheceu o significado da religião judaica” (Enciclopédia Cultura Cristã, p.342).

O fim dele foi sem esforço: “[...] morreu louco em Tabee/Gabae, Pérsia, na primavera/verão de 163 a.C.” (Enciclopédia Cultura Cristã,p.343). Mais uma vez a profecia bíblica disse sobre ele na parte final de Dn 8.25: “[...] será quebrado sem esforço de mãos humanas.”

É verdade que Judas Macabeus o derrotou. Mas em Dn 8.25 foi sua morte predita e não a derrota diante dos macabeus. A expressão ‘quebrou’, pode também ser símbolo de queda de reinado, ou derrota militar, mas nem sempre. Em Dn 8.8 ao dizer ‘quebrou o chifre’, está claro que seria a morte de Alexandre: “[...] na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre. Quando suas próprias tropas se recusaram a avançar ainda mais para o Oriente, Alexandre voltou para Babilônia, onde morreu com a idade de trinta e três anos.” (BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA, 1999, p. 1106).

Não é sem razão que a maioria dos comentaristas, se não todos, afirmam que o chifre pequeno representa Antíoco Epifânio, o governante sírio (cerca de 175-164 a.C.) que oprimiu o povo de Deus e profanou o templo.O esforço de Maxwell, e de outros teólogos adventistas, é contra o mundo ortodoxo e principalmente contra a evidência. Tudo pela doutrina de Ellen White, o sustentáculo do Adventismo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A IPB aceita o batismo da Congregação Cristã no Brasil !...?

Estou postando isso como apelo para que o assunto tome algumas proporções Conciliares, se Deus quiser. Certo missionário da IPB conversando comigo sobre as inúmeras fragilidades doutrinárias da CCB, além do misticismo impregnado em torno de ‘buscar a Palavra na Congregação’. Lembrei-me de que o batismo da CCB é ainda aceito na IPB.

O que temos é a seguinte posição, antiga, mas que até agora desconheço alguma mudança:

"SC-54-137 - Quanto às consultas dos Presbitérios de Niterói, de Sorocaba e da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo sobre como devem ser recebidos na IPB membros de igrejas pentecostais, congregação cristã ou Assembléia de Deus, bem como pessoas que professam a fé em igrejas reconhecidamente evangélicas mas que não pertencem à Confederação Evangélica do Brasil e também não concedem carta de transferência para outras denominações, o SC resolve responder que essas pessoas sejam recebidas por pública profissão de fé, independente de novo batismo." (negrito e itálico meu)


Como podemos ver, a IPB considerou a CCB como uma dentre várias igrejas pentecostais. Mas uma diferença marcante na CCB é que eles pregam a salvação batismal, além de sua exclusividade.
O que fica difícil para estabelecer algo, é que em um dos seus ‘12 pontos de fé’ eles dizem que a salvação vem por meio da fé! Veja:

5. Nós cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, só se recebe pela fé em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoriua, justiça, santificação e redenção. (Rom. 3:24 e 25; I Cor., 1:30; II Cor., 5:17)


Ou seja, é pregado uma heresia, mas é oficialmente ensinado outra coisa... Embora documentos internos da CCB ensinem a salvação batismal, o que chega ao público externo é o Hinário com os ‘’12 pontos’’. (Além disso o Batismo na CCB é uma inovação, eles batizam ‘Em nome de Jesus e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!’ Acho que isso foi inventado no inicio do século XX.)

O que fazer? Por enquanto temos que seguir a sugestão do SC, embora casos particulares possam ser examinados e conselhos locais propor, em base individual, um Batismo verdadeiro. Mas não existe uma posição oficial da IPB sobre isso. Ou seja, não devem ser batizados aqueles que saem da CCB e se tornam Presbiterianos.

A IPB se posicionou sobre a Igreja Mundial e IURD. Obviamente a Internacional da Graça e Renascer em Cristo, que são da mesma linha, por inferência também recebem a mesma classificação. São seitas. A Congregação Cristã não pode ser deixada de ladom, pois é uma denominação extremamente exclusivista, com uns três milhões (3.000.000) de membros fora as crianças e frequentadores.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ellen White: A união sexual de pessoas e animais geraria ‘filhos’!?

A postagem ‘Ellen White ou era louca ou empesteada de demônios’ tem recebido um grande e número de acessos. Sei que o título é agressivo, porém não menos que a proposta dela em sugerir o que escreveu. Agora, para um maior esclarecimento, irei postar todo o estudo de Dirck Anderson sobre esse assunto. Caso queira o livro A Nuvem Branca em pdf é só me enviar um e-mail blogapologetico@gmail.com (se você for adventista jamais divulgarei seu e-mail).



“A afirmação da Sra. White acerca do amálgama entre seres humanos e bestas era, não só uma das mais controvertidas que ela já fez por escrito, mas também uma das mais embaraçosas para a igreja.

Em 1864, a Sra. White escreveu o seguinte:



"Mas se há um pecado acima de todo outro que atraiu a destruição da raça pelo dilúvio, foi o aviltante crime de amálgama de homem e besta que deturpou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte”.


"Toda espécie de animal que Deus criou foi preservada na arca. As espécies confusas que Deus não criara, resultantes da amálgama, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amálgama de homem e besta como pode ser visto nas quase infindáveis variedades de espécies animais e em certas raças de homens”.



Nestas afirmações, a Sra. White descreve o amálgama como "um pecado" bastante grave para requerer "a destruição" da raça humana. Ela diz que era um "aviltante crime”, que "deturpou a imagem de Deus”. Diz que ocorreu tanto antes como depois do "dilúvio", e que seus efeitos podem ser vistos "em certas raças de homens”.

A afirmação da Sra. White parece indicar que ela cria que a união sexual entre seres humanos e bestas antes e depois do dilúvio produziu espécies diferentes, amalgamadas. Este era um antigo mito que circulava entre pessoas incultas no século dezenove, mas que não tem base científica. Na realidade, a ciência tem demonstrado que é impossível que a união entre seres humanos e animais produza descendência.

O fato de que o mito do amálgama circulava em princípios do século dezenove é corroborado pelo fictício Livro de Jaser, publicado em 1844 – um livro que alguns dizem que a Sra. White usou para extrair material para seus livros (ver o capítulo anterior). No relato do livro sobre a época antediluviana, encontramos estas palavras: "E seus juízes e governantes iam às filhas dos homens, e pela força lhes tiravam as esposas aos maridos, segundo lhes parecia, e naqueles dias os filhos dos homens tomavam o gado da terra, as bestas do campo, e as aves do céu, e ensinavam a mescla de umas espécies de animais com outras..."

Sem se levar em conta as fontes, as afirmações da Sra. White deram lugar a algumas perguntas sérias. Por exemplo: Que raça é resultado do amálgama? A Sra. White disse que os resultados do amálgama podem ser vistos "em certas raças de homens”. As pessoas começaram a perguntar: Quais raças são o resultado da amálgama?

As amargas críticas contra Ellen White na década de 1860 obrigaram os dirigentes da igreja a tentar defender sua profetisa. Em 1868, quatro anos depois que as afirmações sobre amálgama apareceram impressas pela primeira vez, o dirigente adventista Urias Smith (que nesse tempo professava crer em Ellen White como profetisa) publicou sua ardente defesa de Ellen White. Nesse livro, Smith conjecturava que a união entre seres humanos e bestas havia criado raças como as dos "bosquímanos da África, algumas tribos de hotentotes, e talvez os índios digger de nosso próprio país, etc.”

Tiago White revisou "cuidadosamente" o livro de Smith antes que fosse publicado, e a seguir o recomendou em termos entusiásticos aos leitores da revista oficial da igreja, Review and Herald:

"A Associação acaba de publicar um panfleto intitulado The Visions of Mrs. E. G. White, A Manifestation of Spiritual Gifts According to the Scriptures [As Visões da Sra. E. G. White, uma manifestação dos dons espirituais segundo as Escrituras]. É escrito pelo redator da Review. Enquanto lia cuidadosamente o manuscrito, senti-me muito grato a Deus por nosso povo poder ter essa apta defesa daqueles pontos de vista tão amados e entesourados, enquanto outros os desprezam e a eles se opõem. Este livro está destinado a ter ampla circulação.” — Tiago White explica com abundância de detalhes que Smith não publicou este livro sem uma cuidadosa revisão. É inconcebível que as afirmações acerca dos índios e bosquímanos da África passassem despercebidas a Tiago White. Seu respaldo do livro indica que aprovava a explicação. Na realidade, porque estabelecia as afirmações da Sra. White, Tiago e Ellen levaram 2.000 exemplares do livro de Smith consigo para oferecê-los durante as reuniões ao ar livre [campais] aquele ano!

Ao promover e vender o livro de Smith, os White puseram seu selo de aprovação a essa explicação da afirmação sobre o amálgama.

Apesar de que a explicação a respeito "dos bosquímanos da África" era o bastante boa para os White e para Smith, com o tempo perdeu favor com os dirigentes adventistas do sétimo dia. A afirmação voltou a ser publicada em 1870 no livro Spirit of Prophecy, Vol. 1, e continuou causando controvérsia. Tornava-se mais e mais difícil explicar essas afirmações dentro de uma denominação mais e mais educada e racialmente tolerante. Conquanto Tiago e Ellen White, Urias Smith, o filho dela, W. C. White, e sua secretária, D. D. Robinson, nunca tivessem dúvidas de que, ao escrever, Ellen havia tido em mente o cruzamento entre seres humanos e animais, os ulteriores defensores da Sra. White em anos recentes empreenderiam grandes esforços para tentar convencer as pessoas de que o amálgama se referia ao matrimônio entre as raças – seres humanos com seres humanos. Contudo, esta explicação dava lugar a mais perguntas do que respostas. Como poderia o casamento entre as raças humanas desfigurar a imagem de Deus no homem? Como poderia um ser humano (criado à imagem de Deus) casado com outro ser humano (criado à imagem de Deus) deturpar a imagem de Deus? Se o matrimônio entre raças é "pecado" e "um aviltante crime”, então por que nunca é assim descrito Bíblia? Muitos eruditos bíblicos crêem que Zípora, a esposa de Moisés, era de uma raça diferente. Eram os filhos de Moisés uma espécie amalgamada? Nesse caso, porque ofereceu Deus fazer dos filhos de Moisés uma grande nação? Por que não os destruiu Deus por cometer um crime aviltante?

Um crime aviltante é um ato de imoralidade vil. A Sra. White usa a frase "aviltante crime" só noutra ocasião em seus escritos. Usou a frase para descrever o vil intento da mulher de Potifar de cometer adultério com o jovem José. Como poderiam as relações matrimoniais entre as raças ser descritas como crimes vis ou aviltantes? Desde quando são crimes infames as relações sexuais entre os membros humanos de um casal no matrimônio? Não honra Deus o matrimônio, sejam ou não ambos da mesma raça ou religião? A Bíblia é muito clara em que as relações sexuais entre seres humanos e animais são um crime vil e infame. Esse crime é condenado na Bíblia como abominação (Levítico 18:23, 20:16) merecedora da pena de morte. O fato de que a Sra. White descreve o amálgama como um aviltante crime é evidência irrefutável de que ela se referia à bestialidade, não ao matrimônio entre seres humanos de diferentes antecedentes raciais. Surgiram mais perguntas em vista da afirmação da Sra. White de que o amálgama foi a principal razão do dilúvio. Se a Sra. White está certa ao dizer que o amálgama era "um pecado acima de todo outro que atraiu a destruição da raça" por que esse pecado nunca foi mencionado em Gênesis? Moisés menciona os pecados de corrupção e violência (Gên. 6:11-13), mas nunca o de amálgama. É de se pensar que, se o amálgama foi "um pecado acima de todo outro" que trouxe o dilúvio, Moisés pelo menos o teria mencionado! Como pôde ter-se esquecido desse horrendo pecado sem mencioná-lo? A afirmação tornou-se tão controversa que finalmente decidiu-se omiti-la quando o livro foi reimpresso em 1890 sob o título de Patriarcas e Profetas. Depois de ter o livro sido publicado, alguns adventistas observaram que faltavam as afirmações. A muitos isso pareceu uma admissão de que as afirmações eram realmente falsas. Os crentes na Sra. White perguntavam por que essas afirmações "inspiradas" haviam sido eliminadas da edição seguinte do livro. Se as afirmações acerca do amálgama eram certas, por que não foram deixadas no livro? Por que foram removidas? Se este pecado causou o dilúvio, as pessoas deviam inteirar-se disso para não repeti-lo. Se os bosquímanos da África são o resultado da união entre seres humanos e animais, as pessoas têm o direito de saber. Que precedentes há para eliminar os escritos de um profeta? Nenhum dos profetas bíblicos teve que retroceder e alterar seus escritos para retirar afirmações. Por que tinha que fazê-lo a Sra. White? A eliminação das afirmações relativas ao amálgama criou tal controvérsia que o White Estande decidiu ser importante proporcionar uma explicação das omissões. O filho de Ellen, W. C. White, tenta dar a explicação: “Com relação aos dois parágrafos que se encontram em Spiritual Gifts e

também em The Spirit of Prophecy concernentes ao amálgama, e a razão por que foram omitidos dos livros posteriores, e a pergunta quanto a quem assumiu a responsabilidade de omiti-los, posso falar com perfeita clareza e segurança. Foram omitidos por Ellen G. White. Ninguém relacionado com sua obra tinha qualquer autoridade sobre esse assunto, e nunca ouvi que alguém lhe oferecesse conselho em relação com isso”. “Em todas as questões desse tipo, pode ter a certeza de que a irmã White era responsável por omitir ou acrescentar as questões desse tipo em edições posteriores de nossos livros”. "A Sra. White não só tinha bom juízo baseado numa compreensão clara e abarcante das condições e as conseqüências naturais de publicar o que escrevia, como muitas vezes recebia instruções diretas do anjo do Senhor em relação com o que devia ser omitido ou acrescentado nas novas edições”.

Nessa carta, W. C. White nos informa que é provável que um anjo dera instruções a Ellen White para omitir as afirmações sobre o amálgama na edição seguinte do livro. Isto dá lugar a outra pergunta: Por que não lhe deu o anjo instruções para omitir as linhas antes que fossem publicadas no primeiro livro? Com certeza, isto teria evitado muitas explicações, muita confusão, e muita controvérsia! Os adventistas continuaram defendendo a afirmação acerca do amálgama como a união entre seres humanos e bestas até 1947, quando um biólogo adventista, o Dr. Frank Marsh, convenceu um painel de adventistas do sétimo dia de que isto não era possível. Isso ocorreu décadas depois que os

cientistas haviam demonstrado que o ser humano não pode cruzar com animais.”

Referências: Ellen White, Spiritual Gifts, Vol. 3, p. 64, 1864. Ibid., p. 75. Book of Jasher, 4:18, 1844. Uriah Smith, The Visions of Mrs. E. G. White, p. 103, 1868. Tiago White, Review, 15 de ago. de 1868. "Amalgamation of Man and Beast: What did Ellen White Mean?", Spectrum, jun., 1982, p. 14. Ibid., p. 11. Signs of the Times, 8 de jan. de 1880. W.C. White, Mensagens Escolhidas, Vol. 3, p. 452. "Amalgamation of Man and Beast: What did Ellen White Mean?", pp. 16,17.



Dirk Anderson – A Nuvem Branca



Amigo adventista, a Crença Fundamental número 17 diz, e ordena a crença a todo Adventista:



“Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma característica da igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência. - Crenças Fundamentais, 17.[negrito meu].



Vários adventistas dizem que guardam o sábado, e essa é a verdade que os seguram no Adventismo. Caso seja esse o fato, eu sugiro a esses que se tornem Batistas do Sétimo Dia. Pelo menos não terão que engolir a falsa profetisa, Ellen White.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O rebatismo Adventista realizado em adventistas!

Lembro-me de um pastor dizer que os Adventistas rebatizam pessoas de suas próprias fileiras que caíram em pecado ou que se desviaram. Acreditei, mas ainda tinha alguma suspeita se aquele pastor estava exagerando algum caso isolado. Pois bem, eu estava errado. De fato a seita Adventista de Ellen White, afirma ser correto rebatizar pessoas adventistas que fracassam na obediência. Veja o que o livro Nisto Cremos diz:

“As Escrituras nada dizem que possa levar-nos a negar o rebatismo a indivíduos que romperam sua relação de concerto com Deus através de pecados danosos e apostasia, e que experimentaram reconversão e o desejo de renovar seu concerto (veja Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia [Casa Publicadora Brasileira], edição de 1986, págs. 64, 65 e 201; E. G. White, Evangelismo, pág. 375).”

O mesmo livro diz que ‘um maior compromisso, uma maior compreensão da verdade pode levar a pessoa desejar ser batizada novamente’. Eu sei que isso é uma estupidez teológica. Claro que os eruditos adventistas também sabem disso, mas se Ellen White ensinou isso, eles devem repetir a futilidade. Não existe necessidade alguma de refutar esse erro. Só estou divulgando.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Atrocidades na Bíblia – Genocídios e matanças! Parte 1

Introdução

Um amigo enviou uma pergunta que leva em conta o tema da postagem. Citou uma passagem bíblica que diz e parte que ‘Deus enviaria seu povo para violar e matar mulheres, crianças, bem como matar adúlteros, quem não guardasse o sábado, etc.’

Pretendemos comentar algo sobre a passagem, ou as passagens citadas. Mas antes precisamos estabelecer alguns limites para uma compreensão mais exata de tais relatos.

A Bíblia foi escrita em uma época diferente da nossa. Estamos distanciados de maneira significativa do que se escreveu, e isso se torna em barreiras para compreendermos as razões e detalhes de certas palavras, atitudes e eventos. Fique bem claro, antes de prosseguir, que em todos esses casos é possível extrairmos lições implícitas de cunho doutrinal e moral. Mas nosso problema é com o ‘grosso desses relatos’.

Vejamos os distanciamentos: Estamos distanciados politicamente. A concepção de governo na época era bem diferente da nossa, e mesmo dentro das épocas bíblicas que abrange um período de mais de 1500, houve mudanças políticas. Desde seus primórdios quando um tipo de governo regional era quase que familiar e patriarcal, chegamos ao Império Greco-romano, sem precedentes na história. Também, religião e política era quase a mesma coisa. A crença em Deus, em deuses, em mitos e lendas, permeava a medicina, ciência e vida das pessoas, de uma maneira incomparavelmente superior a que conhecemos hoje, mesmo em países religiosos. Também emocionalmente. Uma coisa é ler algo, criticarmos quando não é em nós, em nossos parentes, e outra é viver aquilo que está relatado. Talvez teríamos atitudes piores do que aquelas que ali estão registradas. Muitas vezes os sentimentos não são apresentados. Na teologia também estamos bem distantes. As pessoas na Bíblia vivenciaram acontecimentos que é objeto de estudo para formulação de conclusões doutrinárias. Enquanto para os teólogos eram dados bíblicas para as pessoas eram lágrimas, suor, alegrias e tristezas. Também estamos historicamente e geograficamente afastados daquelas terras e acontecimentos. Os detalhes dos relatos bíblicos misturam-se com os locais e os momentos vividos pela pessoa ou nação. Por último e importantíssimo, a cultura. Esse aspecto faz com que qualquer caso que seja estranho na Bíblia, tenha uma explicação satisfatória dentro das perspectivas experimentadas. Impossível ‘criticar’ a Bíblia ou mesmo entendê-la amplamente, se o mínimo de consciência da diferença cultural não estiver presente na mente do leitor. O irmão Lucio, integrante do blog MCA, classifica o exposto acima de ‘distanciamento hermenêutico’.

Podemos prosseguir...? Ainda Não! Talvez pense: “Se temos tais dificuldades, por que ainda precisaríamos da Bíblia? É impossível entendê-la?” Creio que podemos responder.

1) Imagine que você vivesse na época, entenderia se Deus lhe dissesse: “Mande um e-mail e envie o pendrive com essas informações pedagógicas para os Brasileiros!” Nada seria assimilável, pois no passado é impossível investigar e codificar termos desconhecidos e locais inexistentes que surgiriam apenas no futuro. Nem precisamos ir tão longe se levarmos em conta que em muitos lugares hoje um celular ou computador são coisas de outro mundo! Mas quando a Bíblia diz: “Escreva uma carta, com esses estatutos e mandamentos para ensinar o povo de toda tribo.” Hoje, por mais alienado do passado que as pessoas vivem, é possível captar o mínimo dessa sentença, e possível entender os termos ali usados com um estudo simples.

2) Estamos diante de um livro que é sustentado como A Palavra de Deus. E assim sendo, temos um incomensurável conteúdo, que levou em conta os limites culturais de cada época, escreveu-se para eles naquele contexto, mas seus princípios, Leis e juízos são eternos, a medida que a Dispensação do Novo Testamento refinasse tais aplicações.

Para ilustrar o que foi dito acima veja: ‘Eu bebi água e tomei banho no rio Tietê.’ Talvez você dirá “que nojo!” Tudo bem, mas onde eu bebi a água do rio Tietê? Em sua nascente, ou mesmo antes de ser aquele pântano de poluição na região de São Paulo?

Vemos assim que a contextualização dos fatos podem fazer uma grande diferença.



O nosso amigo inquiridor apresentou o texto de Isaias 13.16, onde disse que ‘crianças seriam esmagadas e mulheres violadas’. Ele nos disse que Deus ‘ordenaria seus servos fazerem isso’. Primeiro, não foram os servos de Deus que ‘receberam a ordem’, embora no versículo 3 afirme dei “ordens aos meus consagrados”, o versículo 17 diz que são os Medos que fariam tal ataque sangrento. Ou seja, ‘meus consagrados’, nesse caso, são os guerreiros da Média que atacaria Babilônia. Essa profecia foi emitida quase 200 anos antes de isso acontecer! Que forte evidência da fonte divina dessa profecia!

Pois bem, sem esquivar-nos da questão, até porque em outras partes da Bíblia isso foi feito por servos de Deus a mando de Deus. Com exceção da violação das mulheres. Apresentamos as seguintes sugestões para entender essas passagens difíceis:

1) Em todos os casos que Deus ordenou, não se tratou apenas de guerras mas de um julgamento divino contra aquele povo.

Justificando – Deus decidiu executar um julgamento severo neles usando a pena de morte por meio dessas guerras. Ilustrando: Imagine que daqui a 100 anos alguém vasculhasse os anais da história e descobrisse que nos EUA usava a cadeira elétrica que fritava, e quase que explodia criminosos, que passavam minutos a fio sentindo correntes elétricas contorcendo seus nervos e derretendo seus miolos e olhos!? Poderão assustar! Sim e assustarão... mas perceba, ainda que isso, mesmo hoje, é uma ‘atrocidade’, ninguém questionará o direito soberano de uma nação de condenar de maneira justa o crime.

Pois bem, ainda nessa questão, recebendo o crédito da semelhança – Deus é o Governo Soberano – Ele decidiu executar daquela maneira aqueles que Ele considerou criminosos.

2) Os povos que foram alvos desses julgamentos de Deus tinham um histórico que lhes conferiram tal julgamento justo. As pessoas que estranham tais julgamentos de Deus, não se preocupam em perceber qual a postura de tais nações antes de serem executadas. Tal questão poderia lançar luz em muito daquilo que não se entende hoje.

3) Existe um fator muito importante que as pessoas que não entendem a Bíblia desconsideram. O direito de Deus como de Soberano infalível de julgar as profundezas do coração! Vivemos numa época que isso foi despojado da mentalidade das pessoas. Mas caso não tivéssemos explicações sobre a natureza daquelas nações, ainda assim pensando que Deus é justo e bom, podemos inferir corretamente que tais julgamentos foram justos e bons, no mesmo sentido que Deus o é, embora nos escape a plenitude disso.

4) Os pecados cometidos, todos eles, são cometidos contra Deus em ultima instância. E visto que é assim, o pecado contrai uma divida a altura do ofendido. Isso coloca o pecador em um delito gravíssimo cuja penalidade é incalculável.

5) Por ultimo: ""...é irracional rejeitar uma religião simplesmente porque ela defende o uso da violência, quer seja ou não para o propósito de promover a religião. Alguém que diga que uma religião é errada porque promove violência pressupõe um padrão de étia pelo qual julga essa religião, e é sobre a veracidade desse padrão de ética que devemos argumentar em primeiro lugar. [...] Se uma determinada religião é verdadeira, e se permite ou ordena o uso da violência para um determinado propósito, então seu endosso à violência é aceitável" (Confrontações Pressuposicionalistas, p. 17). Essa é uma resposta filosófica e de pressuposto, não que exista alguma necessiadade disso.



Tudo bem, podemos conceber isso de homens malvados, pecadores, sejam ‘bons’ ou ruins, cuja ofensa foi lançada contra Deus, que é Soberano...



Mas e as crianças?



Honestamente precisamos reconhecer nossa limitação nesse assunto. O que podemos apresentar não são argumentos filosóficos, reflexões em torno de justiça e direito Soberano de Deus. Agora pedimos aos críticos que nos dê o direito de dar uma resposta com um raciocínio bíblico. Pois, somente assim é que encontramos a resposta.

Deus trata as crianças na perspectiva familiar. Existem exceções. Mas em última análise, quando Deus executava uma criança era em conexão com seus pais. E visto que sempre isso ficou claro, tanto na concepção humana bem como na perspectiva bíblica, os pais eram os responsáveis finais da morte de seus filhos. Ao mesmo tempo, quando os pais eram fieis a Deus, seus filhos menores, dependentes, recebiam os benefícios de tal obediência. Quando havia exceção, os filhos a seu tempo podiam responder por seus próprios atos, assim as punições não seguia o resto de sua vida.

Terminamos essa introdução, de uma série de postagens que continuaremos sobre ‘Atrocidades na Bíblia’. Examinaremos as partes na Bíblia que relatam tais ocorridos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Evangelizando as Testemunhas de Jeová: O Espírito Santo. Parte 2

Sobre a divindade do Espírito Santo, não temos afirmações tão abundantes como se tem a respeito de Jesus Cristo. Mas o testemunho bíblico é tão suficiente que a divindade do Espírito Santo pode ser percebida claramente nas Escrituras Sagradas, além de ser deduzida abundantemente conforme o uso de nomes, atributos, que pertence unicamente a DEUS. Ao fazer as perguntas que se seguem, analise você também sobre as verdades explicitas nos textos bíblicos.

Se o Espírito Santo não é Deus, por que ele é colocado de pé de igualdade, com o Pai e o Filho, em textos bíblicos como Mateus 28:19, II Cor 13:13 , Judas 20,21 , etc.? (Existem pelo menos 50 passagens bíblicas no NT que o Espírito Santo é colocado de pé de igualdade funcional com o Pai e com o Filho!) Não é uma colocação tão simples, como querem os Líderes TJ. Essa maneira de listar essas pessoas é recorrente nas Escrituras, ou seja, existem vários outros textos como esses. Além disso, o gênero que coloca essas pessoas juntas exige uma igualdade singular. Como argumentou certo autor: ‘Estariam os Cristãos sendo batizados em nome do Deus Todo-Poderoso (=o Pai) e em nome de um anjo(=o Filho) e em nome de uma força ativa (= o Espírito Santo)?' É evidente que essa construção admite igualdade. Outra passagem que assegura a divindade do Espírito Santo é Atos 5.3,4. Onde vemos que os Espirito é chamado de Deus.

A Bíblia nem sempre usa o artigo definido ao se referir ao Espírito Santo, fato esse que segundo o Corpo Governante, prova que ele não é uma pessoa. Então o inverso seria verdadeiro, quando aparece o artigo prova que ele é uma pessoa?

É um absurdo esse argumento usado pela Liderança TJ. Como se a presença de artigo confirmasse personalidade. Mas como destacado na pergunta, eles tem um sério problema. Muitas vezes na Bíblia o Espírito Santo é precedido pelo artigo definido, mais vezes até mesmo do que a quantia que ele aparece sem artigo. Ou seja, os Líderes TJ nem mesmo se deram conta que tal argumento é quantitativamente inferior ao oposto. Curioso até mesmo é notar como às vezes o texto original grego traz a qualificação do Espírito Santo dizendo; O Espírito O Santo!!!

Mas essa interpretação dos Líderes TJ é muito trágica. Como se o artigo determinasse quem é pessoa. O que faz de algo um Alguém, são seus atributos pessoais. E a personalidade do Espírito é tão abundante na Bíblia, que somente os que o diabo cegou, é que não notam isso na Escritura. Somente o contexto de certa passagem pode determinar se o artigo foi usado para destacar personalidade, não uma doutrina preconcebida.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O ADVENTISMO NEGA A INERRÂNCIA BÍBLICA – PARTE 2

Na primeira postagem sobre esse tema, mostrei que o motivo principal do Adventismo negar a inerrância bíblica é o compromisso doutrinário com a inspiração de Ellen White. O erudito adventista Samuelle Bacchiocchi, mostra isso ao dizer que



“ 5 — Uma razão final para a rejeição da inerrância absoluta, no caso dos adventistas, são os ensinos de Ellen White, e o exemplo da produção de seus escritos. Ela claramente reconhece o papel humano na produção da Bíblia.” (Fonte)
O segundo motivo é o verdadeiro motivo, a saber; ‘o exemplo da produção de seus escritos’. Como já postei , ele demonstrou os erros de Ellen White. E fato é fato.

Isso na verdade deveria ser o único motivo, caso fossem mais honestos com a verdade e com o Cristianismo. Visto que o próprio Bacchiocchi desbaratou muitas informações históricas que Ellen White ‘revelou’ em seus livros, ele precisou salvar seu emprego e a sustentação da seita Adventista do Sétimo Dia, por atacar a inerrância bíblica. E o próprio Walter Rea quando publicou A Mentira Branca deixou a inspiração de Ellen White não apenas como um mito, mas como criminosa!

Pretendo, com a ajuda de outros, refutar o que ele escreveu contra a inerrância bíblica. Mas antes dessa tarefa, precisamos pensar como se define a Inerrância bíblica. A Declaração de Chicago sobre a Inerrância (para facilitar usarei a sigla DCI) diz:

“Artigo IX

Afirmamos que a inspiração, embora não outorgando o¬nisciência, garantiu uma expressão verdadeira e fidedigna em todas as questões sobre as quais os autores bíblicos foram levados a falar e a escrever.

Negamos que a finitude ou a condição caída desses escritores tenha, direta ou indiretamente, introduzido distorção ou falsidade na Palavra de Deus [...]

Artigo XII

Afirmamos que, em sua totalidade, as Escrituras são inerrantes, estando isentas de toda falsidade, fraude ou engano.

Negamos que a infalibilidade e a inerrância da Bíblia estejam limitadas a assuntos espirituais, religiosos ou redentores, não alcançando informações de natureza histórica e científica. Negamos ainda mais que hipóteses científicas acerca da história da terra possam ser corretamente empregadas para desmentir o ensino das Escrituras a respeito da criação e do dilúvio.”



Esse pensamente piedoso sobre a Escritura é o que o Espírito Santo tem orientado os fiéis servos de Deus diante aos ataques intelectuais lançados contra a Bíblia. Mas tanto teólogos liberais bem como os adventista a exemplo de Bacchiocchi, estão a serviço do diabo, blasfemando a Palavra escrita de Deus.

Sobre o que a DCI diz acima, Bacchiocchi assevera:

“Inerrância Absoluta

É a posição de que a Bíblia em seus autógrafos originais, em sua inteireza é inerrante, sendo livre de toda falsidade, fraude, ou engano, e apropriadamente interpretados, será constatada como verdadeira e fiel em tudo quanto afirma concernente a todas as áreas da vida, fé e prática. Ou seja, que a Bíblia não contém erro de espécie alguma, seja de história, geografia, astronomia, cronologia, ciência, ou qualquer área que seja.

A aceitação dessa posição é vista por muitos evangélicos como um divisor de águas da ortodoxia. Igualam a autoridade da Bíblia a sua inerrância, porque presumem que se não se puder demonstrar ser a Bíblia isenta de erros em questões não-religiosas, então nela não se pode confiar nas áreas religiosas mais importantes. Chegam ao ponto de reivindicar que os cristãos não podem ser legitimamente considerados evangélicos a menos que creiam na inerrância absoluta da Bíblia. A negação de tal crença supostamente conduziria à rejeição de outras doutrinas evangélicas e ao colapso de qualquer denominação ou organização cristã.

Então, ele introduz a sua concepção de Inerrância Limitada dizendo:

“Inerrância Limitada

É a posição que defende a inspiração conceitual, não verbal, e aceita exatidão da Bíblia somente em questões de salvação e ética, mas não a sua inerrância. A inspiração divina não impediu que os autores bíblicos cometessem “erros” de natureza histórica ou científica, uma vez que estes não afetam nossa salvação. A Bíblia não é inerrante em tudo quanto diz, mas é infalível em tudo quanto ensina com respeito a fé e a prática.”(negrito acrescentado)

Irmãos, e amigos adventistas, isso é uma das provas que colocam o adventismo dentro de um bojo sectário, junto aos Espíritas, Mórmons e parcialmente aos Testemunhas de Jeová.

Bacchiocchi apresenta o fator humano como garantia que houve erros no escritos bíblicos. Visto que todo homem é imperfeito, logo o que esses produzem deve ser imperfeito. Quais as provas que ele apresenta? Segundo ele:

“É evidente também no pobre estilo literário de tais livros como o Apocalipse, que tem um vocabulário limitado e alguns erros gramaticais. Aparece no uso de tradições orais por homens como Lucas, ou de registros escritos pelos autores de Reis e Crônicas. É também refletido na expressão de emoções humanas em lugares como o Salmo 137 que descreve o sentimento dos cativos hebreus em Babilônia, dizendo: “Filha de Babilônia, que hás de ser destruída. (…) Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra“! (Sl.137:8–9). Tal linguagem violenta expressa emoções humanas de profunda mágoa, antes que o divino amor por amigos e inimigos.”

Para ele, a simplicidade do koiné é uma prova de erros! Para ele, um vocabulário limitado é evidência de erros (Atos 4.12)! Por último, ele diz que os erros gramaticais é mais uma das provas de erros que a Bíblia possui, o que ajuda-o a negar a inerrância bíblica! As duas primeiras provas é uma estupidez que nem merece atenção. A última é uma suposição, se tais erros gramaticais nas cópias estavam no autógrafos. Mas ainda que possa ser levado adiante essa postura, a DCI diz algo que livra qualquer dúvida sobre erros gramaticais e inerrância bíblica:

Negamos ainda mais que a inerrância seja contestada por fenômenos bíblicos, tais como uma falta de precisão técnica contemporânea, irregularidades de gramática ou ortografia, descrições da natureza feitas com base em observação, referência a falsidades, uso de hipérbole e números arredondados, disposição tópica do material, diferentes seleções de material em relatos paralelos ou uso de citações livres.”

Os chamados erros gramaticais que o vocabulário limitado poderiam inserir na escrita não anulam a preservação da exatidão da mensagem escrita. Vamos dar um exemplo mediano:

Nóis vus ezortamos que ameís uns aus otrus.’

Mesmo que chegasse a tanto, o que duvidamos, tais ‘erros’ não altera em nada o que se foi escrito. Agora, onde é que tais erros podem ter dado inexatidão da mensagem, ou tirado a veracidade do conteúdo histórico, geográfico ou científico?

Com respeito aos imprecatórios, quer eles tenham sido inspirados ou não, como as palavras do diabo, o escrito foi inspirado! Nesse momento Bacchiocchi comete um erro grosseiro em confundir, (propositalmente?) o conteúdo com a escrita.

Não existe prova alguma que realidade da limitação humana na composição da Escritura tenha garantido erros nesses escritos.

A CFW é muito mais crente, na verdade cristã, do que Bacchiocchi e diz que a  “completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus [...]” 1.V.

A posição Reformado está indo mais além, indica a completa perfeição da Escritura como prova de sua origem Divina!

Mas como foi escrito de maneira inspirada? O Dr Paulo Anglada esclarece várias coisas desse assunto dizendo:

“Isto não significa que cada palavra foi ditada pelo Espírito Santo, de modo a anular a mente a personalidade daqueles que a escreveram [...] Não somente as idéias gerais ou fatos gerais foram revelados, mas as próprias palavras foram escolhidas pelo Espírito Santo, pela instrumentalidade dos escritores.”

Anglada mostra que a doutrina Reformada está embasada na Escritura, especialmente quando Jesus disse “a Escritura não pode falhar.” (Jo 10.35). Mas para o adventismo, que não é de Cristo, ela pode falhar!
(Fonte: Paulo Anglada)


Para encerrar essa segunda postagem sobre Inerrãncia e Adventismo. Quero apresentar duas defesas para Inerrância diante das acusações de Bacchiocchi:



1) Caso a Bíblia tenha erros humanos inseridos em suas exposições cientificas e históricas, aquilo que ela diz sobre a Criação poderia estar errada? Ou seja, a luta do Adventismo em favor do Criacionismo seria vã, sendo que a exposição cientifica não seria verificada em Gn 1. Se houvesse erros históricos, qualquer doutrina bíblica que de alguma maneira está ligada a história estaria em risco, tendo em vista que muitos ensinos e milagres estão ligados a eventos históricos. As palavras de Deus e de Jesus nos Evangelhos, poderiam estar afetadas por esses erros?



2) Quando a Bíblia afirma que toda Escritura é soprada por Deus está garantindo o quê?

( 2 Tm 3.16) O que se diz da letra se diz do ensino em 2 Tm 3.15.

A Bíblia diz que tudo o que foi ESCRITO foi para nosso ENSINO. Como desvincular a escrita imperfeita do ensino perfeito? (Rm 15.4)

É relevante notar que 1 Co 10 é uma exposição doutrinária com base em fatos históricos. Aliás, a maior parte da Bíblia extrai ensinos infalíveis de registros históricos... Falíveis?!?.

Sei que muitos adventistas não sabem que a Inerrância é negada pela sua religião por causa de Ellen White. Que Deus conduza esses para a libertação do Adventismo Blasfemador! (Jo 8.32). E se alimentem de cada palavra que sai da boca de Deus, visto que nem mesmo uma letra fracassará (Mt 5.18).

quinta-feira, 3 de março de 2011

Evangelizando as Testemunhas de Jeová: O Espírito Santo

É uma pessoa ou não?
A terceira pessoa da Trindade também foi alvo das distorções doutrinarias que o diabo colocou na mente das Testemunhas de Jeová. Usando os Lideres TJ, o inimigo da verdade não deixou de obscurecer na mente dessas pessoas, a realidade pessoal do Espírito Santo. O conceito da Liderança TJ sobre o Espírito Santo pode ser resumido assim :

‘O espirito santo não é uma pessoa (motivo pelo qual nas obras literárias da Torre de Vigia ele é escrito com iniciais minúsculas) é a força ativa de Jeová que realiza todo o querer de Deus. Não é um poder somente, mas uma energia ativamente capacitada. Sem vontade própria, nem deveria, pois não é uma pessoa como o Pai e o Filho’.

Com isso em mente iniciemos com essa pergunta: Você poderia ler João14.26 e 16.7 ao 15. Acha mesmo que uma ‘força ativa’ faria isso!? COMO?

Com certeza o TJ te responderá que uma força ativa pode sim fazer aquilo, ele está preparado em responder que ‘o espírito santo faz isso por meio de homens e anjos’. Acrescente que Deus Pai sempre usou homens e anjos e nem por isso perdeu sua personalidade. Portanto a resposta dele não é decisiva. Continue com muita calma e paciência:
Se o Espírito Santo não é uma pessoa poderia me explicar Romanos 8.26,27 de um modo bem claro?
Faz-se necessário aqui a insistência. Essa passagem bíblica causará problemas sérios para o TJ que está sendo evangelizado. Lembre que na pergunta anterior, ele respondeu que é por meio de agentes pessoais que o Espírito Santo se manifesta, agora como o Espírito aqui em Romanos intercede por nós? Seria por meio de outros agentes pessoais? A leitura atenciosa desses versículos com o TJ causará mais embaraço para a ‘teologia’ dele. Mais um aspecto de refutação será perguntar ao TJ: Quando o Espírito se entristece é por meio de anjos e/ou por meio de homens!?

Por favor, leia Atos 13.2 e 15.28. Como o Espírito Santo está se comportando aqui, como pessoa poderosa ou como força ativa impessoal?
Reflita com o TJ que houve um consenso entre pessoas aqui. Não seria justo para a leitura se julgássemos que “algo” está aí com as pessoas se relacionando tão claramente.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O mau uso da probabilidade por parte dos evolucionistas

A origem da vida continua a ser um problema grave para os naturalistas. Para além de não haver a mínima evidência para os poderes criativos das forças naturais, existem linhas de pensamento que claramente mostram que o naturalismo não tem respostas para a origem da vida.

A implicação disto é que se o naturalismo não consegue explicar a origem dos sistemas biológicos, então não há nenhuma razão cientifica para se discutir a Biologia apenas dentro do mesmo naturalismo.
Uma das formas através das quais os naturalistas tentam defender o seu naturalismo é através da má interpretação da probabilidade. Eles fazem-no porque em termos probabilísticos, a noção de que as forças da natureza conseguirem gerar uma única célula é manifestamente ridícula.
Embora a probabilidade seja frequentemente ignorada, as distorções são profundas e sérias. Alguns evolucionistas atacam frontalmente a ciência da Probabilidade, o que nada mais é que um ataque à própria ciência. Por exemplo, o eminente e falecido ateu evolucionista Stephen Jay Gould afirma:
Uma probabilidade não pode ser calculada para um evento singular conhecido apenas após se ter verificado (embora probabilidades possam ser associadas a previsões feitas no princípio da sequência).
(Stephen Jay Gould,1991, “Bully for Brontosaurus: Reflection on Natural History, pág 324)
Tal como a nossa experiência nos mostra, o evolucionista Gould estava errado. Um corpo morto, uma janela partida, uma mancha de sangue, um atiçador de lareira em falta – sem testemunhas oculares – são dados que podem ser usados para testar as probabilidades de uma dada hipótese explicativa.
Pode-se perguntar: “Quais são as probabilidades desta morte ser um evento acidental?”. Usando a probabilidade, podemos ver que a morte foi o resultado de “design inteligente” (assassínio) e isso levar à prisão (ou pior) de uma ou mais pessoas.
Stephen Jay Gould estava errado ao afirmar que “uma probabilidade não pode ser calculada para um evento singular conhecido apenas após se ter verificado”.
A ciência é um empreendimento tentativo levado a cabo por pessoas limitadas possuidoras de observações limitadas. Factos empíricos nunca são estabelecidos com certezas perfeitas e formais. Pelo contrário, um facto é algo que foi confirmado tantas vezes que seria perverso suspender assentimento provisional.
Por exemplo, é um facto que um tornado num ferro velho nunca irá formar um avião, uma casa ou um relógio. Para um cientista seria perverso assentir no contrário. No entanto, os evolucionistas assentem no contrário. Para eles não há probabilidades demasiado baixas para a evolução.
Um exemplo disto é o evolucionista Robert Steiner e as suas respostas às críticas feitas aos modelos naturalistas no que toca à origem da vida. Um criacionista argumentou que as probabilidades contra a formação natural de uma única proteína por meios aleatórios são maiores do que 1 em 1067. Steiner respondeu:
E depois? Pensem em qualquer coisa que tenha de facto ocorrido. Se olharmos para trás no tempo o suficiente, as probabilidades da ocorrência da sequência de eventos necessários para tal evento ocorrer são infinitesimais.

Baralhem um conjunto de cartas. A probabilidade de teres a ordem de cartas a que chegas é de uma em 8 seguidos-por-67-zeros. Isto é, a ocorrência [da origem aleatória da mais simples molécula de proteína] é oito vezes mais provável do que a disposição de cartas a que tu chegas depois de baralhares as cartas.
Imagina os teus 4 avós e o seu tempo de nascimento. Com todas as escolhas e chances na vida, sem contar com o número de espermatozóides que não chegaram a fertilizar o ovo, quais são as probabilidades de duas gerações depois tu estares exactamente aqui e agora, a ler este artigo? No entanto, aqui estás tu.

(Robert Steiner, 1981, “The Facts Be Damned!”, Reason Magazine – December, página 31)
No seu esforço de evitar o argumento dos criacionistas, Steiner tenta pôr em causa a validade da ciência da probabilidade. No entanto, o seu argumento está carregado de erros:
Dado que alguma coisa aconteceu, qual é a probabilidade da ocorrência da sequência de eventos necessários para tal evento ocorrer? Exactamente 1 – certeza absoluta – e não “infinitesimal” como sugerido por Steiner.

Baralhem um conjunto de cartas. Qual é a probabilidade de teres a disposição de cartas que realmente tens? É exactamente 1 – certeza absoluta. Tu vais sempre ter a disposição de cartas que realmente chegas a ter – é impossível fazer o contrário. A probabilidade não é uma em 8×1067 como sugeriu Steiner.

Dados os teus quatro avós, qual é a probabilidade de duas gerações depois tu surgires ? É 1. Se assim não fosse, eles não seriam teus avós, e portanto destruiria a pressuposição inicial.

Qual é a probabilidade de tu estares aqui e agora a ler estas palavras? Mais uma vez, é exactamente 1 – certeza absoluta – e não “infinitesimal” somo sugerido por Steiner.

Steiner alega que resultados altamente imprevisíveis podem surgir, mas em cada um dos exemplos dados o resultado é garantido pela premissa. O resultado está presente logo nas suas pressuposições iniciais no entanto Steiner erradamente calcula probabilidades extremamente baixas.

Conclusão:

Porque é que os naturalistas distorcem a probabilidade (e a ciência em si) no seu esforço de defender a sua fé materialista? Porque, de outro modo, a sua fé ficaria exposta por aquilo que é: uma negação da realidade como forma de se rejeitar o Criador.

Os cientistas já afirmaram de variadas formas que a origem da vida naturalista tem probabilidades tão baixas que pode-se concluir que não aconteceu. Mas os naturalistas não aceitam o que a ciência mostra.
A vida não é o resultado de processos sem inteligência e sem plano, mas sim o resultado de plano e visão. Isto é tão óbvio que alguns ateus do passado começaram a sugerir que a vida tinha vindo do espaço (extra-terrestres).
Quando ateus começam a brincar com a ideia da vida ter sido posta na Terra por seres de outros planetas, nós podemos concluir que eles estão cientes das limitações das forças naturais.
Que pena que quando eles olham para o céu em busca respostas, procurem entrar em contacto com ETs e não com Aquele que de facto os criou: o Senhor Jesus Cristo.
"Eu [DEUS] fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo Meu Grande Poder e com o Meu Braço estendido"


Jeremias 27:5

Fonte: http://darwinismo.wordpress.com/

terça-feira, 1 de março de 2011

O Mito do Livre Arbítrio

Water Chantry


(Walter Chantry, nascido em 1938, foi pastor da Grace Baptist Church em Carlisle, PA, EUA por 39 anos, até o ano de 2002. Chantry recebeu seu Mdiv pelo seminário teológico Westminster, PA, foi editor da revista “The Banner of Truth” e é escritor e preletor em conferências teológicas.)

 
A maioria das pessoas diz que crê no “livre-arbítrio”. Você tem alguma idéia do que isso significa? Acredito que você achará grande quantidade de superstição sobre este assunto. A vontade é louvada como o grande poder da alma humana, que é completamente livre para dirigir nossa vida. Mas, do que ela é livre? E qual é o seu poder?

O mito da liberdade circunstancial

Ninguém nega que o homem tem vontade – ou seja, a capacidade de escolher o que ele quer dizer, fazer e pensar. Mas, você já refletiu sobre a profunda fraqueza de sua vontade? Embora você tenha a habilidade de fazer uma decisão, você não tem o poder de realizar seu propósito. A vontade pode planejar um curso de ação, mas não tem nenhum poder de executar sua intenção.


Os irmãos de José o odiavam. Venderam-no para ser um escravo. Mas Deus usou as ações deles para torná-lo governador sobre eles. Escolheram seu curso de ação para fazer mal a José. Mas, em seu poder, Deus dirigiu os acontecimentos para o bem de José. Ele disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn 50.20).



E quantas de nossas decisões são terrivelmente frustradas? Você pode escolher ser um milionário, mas a providência de Deus talvez o impedirá. Você pode decidir ser um erudito, mas a saúde ruim, um lar instável ou a falta de condições financeiras podem frustrar sua vontade. Você escolhe sair de férias, mas, em vez disso, um acidente de automóvel pode enviar-lhe para o hospital.


Por dizer que sua vontade é livre, certamente não estão queremos dizer que isso determina o curso de sua vida. Você não escolheu a doença, a tristeza, a guerra e a pobreza que o têm privado de felicidade. Você não escolheu ter inimigos. Se a vontade do homem é tão poderosa, por que não escolhemos viver sem cessar? Mas você tem de morrer. Os principais fatores que moldam a sua vida não se devem à sua vontade. Você não seleciona sua posição social, sua cor, sua inteligência, etc.


Qualquer reflexão séria sobra a sua própria experiência produzirá esta conclusão: “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Em vez de exaltar a vontade humana, devemos humildemente louvar o Senhor, cujos propósitos moldam a nossa vida. Como Jeremias confessou: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23).


Sim, você pode escolher o que quer e pode planejar o que fará, mas a sua vontade não é livre para realizar qualquer coisa contrária aos propósitos de Deus. Você também não tem o poder de alcançar seus objetivos, mas somente aqueles que Deus lhe permite alcançar. Na próxima vez que você tiver tão enamorado de sua própria vontade, lembre a parábola de Jesus sobre o homem rico. O homem rico disse: “Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens... Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma” (Lc 12.18-21). Ele era livre para planejar, mas não para realizar. O mesmo acontece com você.


O mito da liberdade ética

 
A liberdade da vontade é citada como um fator importante em tomar decisões morais. Diz-se que a vontade do homem é livre para escolher entre o bem e o mal. Novamente temos de perguntar: do que ela é livre? E o que a vontade do homem é livre para escolher?


A vontade do homem é o seu poder de escolher entre alternativas. Sua vontade decide realmente suas ações dentre várias opções. Você tem a capacidade de dirigir seus próprios pensamentos, palavras e atos. Suas decisões não são formadas por uma força exterior, e sim dentro de você mesmo. Nenhum homem é compelido a agir em contrário a sua vontade, nem forçado a dizer o que ele não quer dizer. Sua vontade guia suas ações.

Isso não significa que o poder de decidir é livre de todas as influências. Você faz escolhas baseado em seu entendimento, seus sentimentos, nas coisas de que gosta e de que não gosta e em seus apetites. Em outras palavras, a sua vontade não é livre de você mesmo! As suas escolhas são determinadas por seu caráter básico. A vontade não é independente de sua natureza, e sim escrava dela. Suas escolhas não moldam seu caráter, mas seu caráter guia suas escolhas. A vontade é bastante parcial ao que você sabe, sente, ama e deseja. Você sempre escolhe com base em sua disposição, de acordo com a condição de seu coração.






É por essa razão que a sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua vontade é serva de seu coração, e seu coração é mau. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). “Não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12). Nenhum poder força o homem a pecar em contrário à sua vontade; os descendentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.






Suas decisões são moldadas pelo seu entendimento, e a Bíblia diz sobre todos os homens: “Antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). O homem só pode ser justo quando deseja ter comunhão com Deus, mas “não há quem busque a Deus” (Rm 3.11). Seus desejos anelam pelo pecado, e, por isso, você não pode escolher a Deus. Escolher o bem é contrário à natureza humana. Se você escolher obedecer a Deus, isso será resultado de compulsão externa. Mas você é livre para escolher, e sua escolha está escravizada à sua própria natureza má.






Se carne fresca e salada fossem colocadas diante de um leão faminto, ele escolheria a carne. Isso aconteceria porque a natureza do leão dita a escolha. O mesmo se aplica ao homem. A vontade do homem é livre de força exterior, mas não é livre das inclinações da natureza humana. E essas inclinações são contra Deus. O poder de decisão do homem é livre para escolher o que o coração humano dita; portanto, não há possibilidade de um homem escolher agradar a Deus sem a obra anterior da graça divina.






O que muitas pessoas querem expressar quando usam o termo livre-arbítrio é a idéia de que o home é, por natureza, neutro e, por isso, capaz de escolher o bem ou o mal. Isso não é verdade. A vontade humana e toda a natureza humana é inclinada continuamente para o mal. Jeremias perguntou: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23). É impossível. É contrário à natureza. Portanto, os homens necessitam desesperadamente da transformação sobrenatural de sua natureza, pois sua vontade está escravizada a escolher o mal.






Apesar do grande louvor que é dado ao “livre-arbítrio”, temos visto que a vontade do homem não é livre para escolher um curso contrário aos propósitos de Deus, nem é livre para agir em contrário à sua própria natureza moral. A sua vontade não determina os acontecimentos de sua vida, nem as circunstâncias dela. Escolhas éticas não são formadas por uma mente neutra, são sempre ditadas pelo que constitui a sua personalidade.

 
O mito da liberdade espiritual






No entanto, muitos afirmam que a vontade humana faz a decisão crucial de vida espiritual ou de morte espiritual. Dizem que a vontade é totalmente livre para escolher a vida eterna oferecida em Jesus ou rejeitá-la. Dizem que Deus dará um novo coração a todos que, pelo poder de seu próprio livre-arbítrio, escolherem receber a Jesus Cristo.






Não pode haver dúvida de que receber a Jesus Cristo é um ato da vontade humana. É freqüentemente chamado de “fé”. Mas, como os homens chegam a receber espontaneamente o Senhor? A resposta habitual é: “Pelo poder de seu próprio livre-arbítrio?” Como pode ser isso? Jesus é um Profeta – e receber a Jesus significa crer em tudo que ele diz. Em João 8.41-45, Jesus deixou claro que você é filho de Satanás. Esse pai maligno odeia a verdade e transmitiu, por natureza, essa mesma propensão ao seu coração. Por essa razão, Jesus disse: “Porque eu digo a verdade, não me credes”. Como a vontade humana escolherá crer no que a mente humana odeia e nega?






Além disso, receber a Jesus significa aceitá-lo como Sacerdote – ou seja, utilizar-se dele e depender dele para obter paz com Deus, por meio de seu sacrifício e intercessão. Paulo nos diz que a mente com a qual nascemos é hostil a Deus (Rm 8.7). Como a vontade escapará da influência da natureza humana que foi nascida com uma inimizade violente para com Deus? Seria insensato a vontade escolher a paz quando todo as outras partes do homem clamam por rebelião.






Receber a Jesus também significa recebê-lo como Rei. Significa escolher obedecer seus mandamentos, confessar seu direito de governar e adorá-lo em seu trono. Mas a mente, as emoções e os desejos humanos clamam: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Se todo o meu ser odeia a verdade de Jesus, odeia seu governo e odeia a paz com Deus, como a minha vontade pode ser responsável por receber a Jesus? Como pode um pecador que possui tal natureza ter fé?






Não é a vontade do homem, e sim a graça de Deus, que tem ser louvada por dar a um pecador um novo coração. A menos que Deus mude o coração, crie um novo espírito de paz, veracidade e submissão, a vontade do homem não escolherá receber a Jesus Cristo e a vida eterna nele. Um novo coração tem de ser dado antes que um homem possa escolher, pois a vontade humana está desesperadamente escravizada à natureza má do homem até no que diz respeito à conversão. Jesus disse: “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (Jo 3.7). A menos que você nasça de novo, jamais verá o reino de Deus.






Leia João 1.12-13. Essa passagem diz que aqueles que crêem em Jesus foram nascidos não “da vontade do homem, mas de Deus”. Assim como a sua vontade não é responsável por sua vinda a este mundo, assim também ela não é responsável pelo novo nascimento. É o seu Criador que tem de ser agradecido por sua vida. E, “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co 5.17). Quem escolheu ser criado? Quando Lázaro ressuscitou dos mortos, ele pôde, então, escolher obedecer o chamado de Cristo, mas ele não pôde escolher vir à vida. Por isso, Paulo disse em Efésios 2.5: “Estando nós mortos em nossos delitos, [Deus] nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos” (Ef 2.5). A fé é o primeiro ato de uma vontade que foi tornada nova pelo Espírito Santo. Receber a Cristo é um ato do homem, assim como respirar, mas, primeiramente, Deus tem de dar a vida.






Não é surpreendente que Martinho Lutero tenha escrito um livro intitulado A Escravidão da Vontade, que ele considerava um de seus mais importantes tratados. A vontade está presa nas cadeias de uma natureza humana má. Você que exalta, com grande força, o livre-arbítrio está se agarrando a uma raiz de orgulho. O homem, caído no pecado, é totalmente incapaz e desamparado. A vontade do homem não oferece qualquer esperança. Foi a vontade, ao escolher o fruto proibido, que nos colocou em miséria. Somente a poderosa graça de Deus oferece livramento. Entregue-se à misericórdia de Deus para a sua salvação. Peça ao Espírito de Graça que crie um espírito novo em você.






Traduzido por: Wellington Ferreira






Copyright© Walter Chantry


©Editora Fiel






Traduzido do original em inglês: The Myth of Free Will extraído do site: www.the-highway.com/Myth.html






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