sexta-feira, 29 de abril de 2011

Erros de interpretação de Leandro Quadros - Parte 3

Continuando a série de artigos sobre os "Erros de interpretação de Leandro Quadros", vamos avançar em seu texto.

Hoje falaremos sobre o "endurecimento através das parábolas":

No ponto 6 da sua resposta ao Helder Nozima, Leandro afirma: "Com todo o respeito por sua pessoa, a interpretação que deu a Isaías 6:8-10 e Marcos 4:11, 12 chega a ser blasfema." (grifo meu)

E em seus argumentos para afirmar isso, ele diz: "Como Cristo iria pregar para alguns “endurecerem o coração” se a Bíblia diz que a fé “vem pelo ouvir a Palavra de Deus? (Romanos 10:9). Como o Salvador pregaria para alguns se perderem se a Bíblia é tão poderosa que chega a ser comparada em Hebreus 4:12 a uma espadada de dois gumes que penetra no íntimo do ser?"

Resposta: Pergunte ao Próprio Cristo, ELE afirma em Mateus 13:11: "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;", e isso se referindo justamente à multidão que ouvia as parábolas. Ou seja, Jesus revela os mistérios do Reino de Deus à quem Ele bem quiser. E à outros, ele não revela.
Não estamos dizendo (e nem defendemos) que a Palavra de Deus não tem poder. Ela tem. Mas ela só é efetiva em quem Deus quiser que seja. Essa é a diferença, e Jesus ensinou isso!

Uma simples análise do texto de Marcos 4:11 e 12 mostra como o Professor está errado:
"E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados."

"Para que" signifca "objetivo", ou "a fim de", ou "com o propósito de". Ou seja, Jesus está dizendo que "aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, "a fim de que/com o propósito de que" vendo, vejam e não percebam..."
Pode não ser "gostoso" para o nosso orgulho humano ler isso, mas dizer algo diferente disso é violentar o texto.

Isso demonstra a insinceridade do Professor em interpretar textos. Esse assunto pode incomodar pessoas não cristãs. Mas para os cristãos, isso é motivo de muita alegria; que a graça de Deus se derramou sobre eles, lhes abrindo o entendimento.
Mas para pessoas humanistas (o homem no centro de tudo) a verdadeira Teologia Cristã incomoda a carne. E realmente, ela humilha o homem.
Por isso, tentam de toda forma "fugir" dela, chegando a distorcê-la.

O professor afirma, quanto ao endurecimento:
"O problema não reside na Divindade, mas, no indivíduo, no “vaso” que recebe o Espírito."
Vejo 2 erros nessa frase:

1-Ninguém disse que "o problema" se acha em Deus. O "problema" (cegueira, surdez, coração duro) se acha no homem, ninguém discorda disso.

2-Se a pessoa "recebe" o Espírito, logo, é um convertido. Se não recebe, não é um convertido. É possível uma pessoa possuir o Espírito Santo e não ser um convertido? Pode uma pessoa possuir o Espírito Santo e ainda assim ir ao inferno?Se o professor defende isso, isso sim é que é blasfêmia!


Continua na parte 4, se Deus quiser.

Continua na parte 4

Autor: Neto

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Sábado não SALVA, mas SALVARÁ - bobagens de Ellen White

“O sábado é a grande questão decisiva. Ele é a linha de separação entre os leais e sinceros e os desleais e transgressores. Este sábado foi ordenado por Deus, e os que afirmam ser observadores dos mandamentos e crêem que estão agora sob a proclamação da terceira mensagem Angélica, verão a parte importante que o sábado do quarto mandamento mantém nessa mensagem. Ele é o selo do Deus vivo. Eles não diminuirão as reivindicações do sábado para acomodá-lo a suas conveniências. Manuscrito 34, 1897, Mensagens escolhidas vol. III pág. 423 par. 4

"Pergunto aos que afirmam ser adventistas do sétimo dia: Podeis reivindicar o selo do Deus vivo? Podeis afirmar que estais santificados pela verdade? Não temos, como um povo, dado á lei de Deus a preeminência que devíamos dar. Estamos em perigo de fazer nossa própria vontade no dia de sábado. Carta 258, 1907., Mensagens Escolhidas, Vol. III, p. 258

“Não há nisto nada que não sustentemos ainda. Referências as nossas obras publicadas mostrarão nossa crença de que os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus. “ Mensagens escolhidas vol. I pág. 66 par 4
(negritos meu)

É algo confuso. Os Adventistas e até mesmo a falsa profetisa Ellen White dizem que os que guardam o Domingo hoje, ou nem guardam dia algum, podem ser salvos sob a 'luz' que eles receberam. No entanto quando a porta da graça fechar (o que já aconteceu em 1844, mas abriram em 1851!) o selo de Deus, a garantia da salvação, será o sábado.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

‘Os Textos que falam da Trindade são poucos!’... SERÁ? Refutação do EPSU - Parte 2

‘Os Textos que falam da Trindade são poucos!’... SERÁ? Refutação do livro Antitrinitário - Eu e o Pai Somos Um.

Ricardo Nicotra analisa o que significa Pai e Filho. E insiste no suposto silêncio da Escritura, que nem sempre acumula informações ‘trinitárias’. Por exemplo, ele mostra que em todas as cartas Paulo introduz fazendo referência ao Pai e ao Filho, mas o Espírito é omitido: “[...]Além desta distinção clara, todas as saudações das cartas de Paulo citam apenas Deus, o Pai, e o Seu Filho Jesus Cristo. Nunca citam o Espírito Santo.” (EPSU, p.33, negrito dele). Isso aconteceu, por razões próprias, mas sem problema algum para doutrina trinitariana. Por que teria?
O argumento é gratuito e pode ser gratuitamente dispensado! Mas não farei isso... Irei considerar o trabalho que o Ricardo Nicotra teve em ‘digitar’ as saudações de Paulo sem menção do Espírito Santo. Irei colocar as várias vezes que Paulo cita o Espírito Santo em trabalho com O Pai e com O Filho. Se o argumento dele fosse correto, ele seria destruído agora. Eu apresentarei 50 (cinqüenta) textos que incluem a menção Trinitária em todo NT. Para o propósito irei apenas colocar as referências Trinitárias e onde estão na Bíblia:

“Jesus... Espírito de Deus... Este é meu Filho.” – Mt 3.16,17
O Batismo Trinitário – Mt 28. 19
“Espírito Santo ... Altíssimo... Filho de Deus” – Lc 1.35
“Jesus... Espírito Santo... Tu és meu Filho” – Lc 3.21,22
“Jesus... Espírito... Tu és meu Filho” – Mc 1.9-11
“Jesus... Espírito Santo... Senhor Deus” – Lc 4.1-12
“E Eu rogarei... ao Pai... Consolador” – Jo 14.16 (17-20 também)
“Consolador... do Pai... Vos ei de enviar” – Jo 15.26
“Consolador, O Espírito... Me glorificará... o Pai” – Jo 15. 7, 13,14, 15
“Jesus... Pai... Espírito Santo” – Jo 20.21,22
“Jesus... Espírito Santo... Reino de Deus” – At 1.1,2
“promessa do Pai... Espírito Santo... Senhor” – At 1.4,5,6
“Ressuscitou Jesus... de Deus, O Pai... Espírito Santo” – At 2.32,33
“nome de Jesus Cristo... dom do Espírito... Deus nosso Senhor” – At 2.38,39
“Deus... Príncipe e Salvador... Espírito Santo” – At 5. 31,32
“cheio do Espírito Santo... e Jesus... à direita de Deus” – At 7.55,56
“Deus... Jesus... Espírito Santo” – At 10. 38
“magnificar a Deus... o Espírito Santo...em nome de Jesus” – At 10. 46-48
“E Deus... o Espírito Santo... do Senhor Jesus” – At 15.8-11
“O Espírito Santo... Senhor Jesus... da graça de Deus” – At 20.23,24
“O Espírito Santo... igreja de Deus... seu próprio sangue” – At 20.28
“reino de Deus... fé em Jesus... falou o Espírito Santo” – At 28. 23, 25
“falou o Espírito Santo... reino de Deus... Senhor Jesus” – At 28.25,31
“[Filho] de Deus... Espírito de santificação... Jesus Cristo” – Rm 1.4
“o amor de Deus... pelo Espírito Santo... porque Cristo” – Rm 5.5,6
“lei do Espírito, em Cristo... Deus enviando” – Rm 8.2,3
“no Espírito... Espírito de Deus... Espírito de Cristo” – Rm 8.9
“o mesmo Espírito... herdeiros de Deus... co-herdeiros de Cristo” – Rm 8. 16,17
“em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” – 1 Co 6.11
“Espírito [Santo]... Senhor [Jesus]... Deus[Pai]” – 1 Co 12. 4,5,6
“Cristo... em um Espírito... Deus colocou” – 1 Co 12. 12,13,18
“em Cristo... Deus... do Espírito” – 2 Co 1. 21,22
A bênção trinitária – 2 Co 13.14
“diante de Deus... Cristo nos resgatou... promessa do Espírito” – Gl 3. 11, 13,14
“Deus enviou... o Espírito de seu Filho” – Gl 4.6
“Deus Pai... Jesus Cristo... com o Espírito Santo” – Ef 1. 2, 3, 13
“ao Pai em um mesmo Espírito... Jesus Cristo” – Ef 2. 18, 20
“seu Espírito... para que Cristo... plenitude de Deus” – Ef 3.16, 17, 19
“um Espírito... um só Senhor... um só Deus e Pai” – Ef 4. 4, 5, 6
“eleição é de Deus... no Espírito Santo... e do Senhor” 1 Ts 1. 4, 5, 6
“amados do Senhor... ter Deus... do Espírito” – 2 Ts 2. 13
“amor de Deus... renovação do Espírito Santo... Jesus Cristo” – Tt 3. 4, 5, 6
“pelo Senhor... também Deus... do Espírito Santo” – Hb 2. 3, 4
“do Espírito... da palavra de Deus... Filho de Deus” Hb 6. 4, 5, 6
“de Cristo... pelo Espírito... a Deus” – Hb 9. 14
“Jesus Cristo... destra de Deus... o Espírito Santo” – Hb 10. 10, 12, 15
“Deus Pai... Espírito Santo... Jesus Cristo” – 1 Pe 1. 2
“com Deus... Jesus Cristo... pelo Espírito” – 1 Jo 3. 21, 23, 24
“seu Espírito... o Pai enviou seu Filho” – 1 Jo 4. 13, 14
“no Espírito Santo... amor de Deus... Senhor Jesus Cristo” – Jd 20, 21


Vimos acima uma lista de 50 passagens bíblicas que mostram com clareza peculiar que o Pai o Filho e o Espírito Santo agem, de maneira livre em um plano comum, Glorificar a outra pessoa na salvação dos Eleitos! Em alguns momentos o que um faz é atribuído a outro, mas em outro sentido mais restrito, um certo trabalho é mais enfático por estar sob a diretriz mais freqüente de uma pessoa.
Acredito que Ricardo Nicotra, e seus comparsas na fé, não pensaram tanto nesses textos bíblicos. Deve ser esse o motivo de ele ter dito: “Alguns versos do Novo Testamento citam Deus Pai, Jesus e o Espírito.” (EPSU, p. 56, negrito meu). Se para ele, os ‘algunssão mais que os ‘muitos’ que ele citou apenas com o Pai e o Filho, o problema dele é matemático e não doutrinário. Numérico e não genérico.

Sobre as referências trinitárias no Apocalipse, e alguns comentários de vários textos citados veja Teologia Sistemática Trinitariana páginas 137 a 178.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Leandro Quadros em: ‘Deus faz as pessoas pecarem?’

Recentemente o irmão Clóvis do blog Cinco Solas solapou o adventista Leandro Quadros, sobre uma postagem ‘psicografada’ de um falso Neemias que criticaria a posição calvinista, entre outras coisas. (Isso não é de estranhar, Ellen White conversou com seu marido depois de morto em um de seus sonhos!!![por favor, entenda a ironia]) O Leandro esbravejou-se muito, é só ver o comentário dele, dizendo que 'queria ter uma oportunidade de com a Bíblia na mão debater com o Clóvis, diante de um público!'

Depois disso o Leandro postou mais um daqueles estudos que enchem os olhos dos adventistas apaixonados (principalmente dos que ele gosta de liberar os comentários). O título da postagem é ‘Deus faz as pessoas pecarem?’.

A argumentação dele é um estupro hermenêutico.


Primeiro ele faz um apelo para servir de camisa de força quando diz que se ‘Deus fizer um homem pecar o diabo terá desculpas.’ Esse é o tipo de argumento que vasa água. Primeiro que Deus é mais soberano do que esse raciocínio, e não está sujeito a arminiano nem adventista, nem mesmo para o originador do adventismo, o diabo, para lhe dar alguma satisfação e dizer o que ele pode ou não deve fazer. Segundo que nenhum Reformado faz tal afirmação que Deus faz uma pessoa pecar.
O Leandro Quadros vive se lamentando que os ‘detratores do adventismo não buscam nas fontes autorizadas’. Mas ele mesmo não faz a lição de casa! Vejamos o que um documento Reformado Calvinista ‘autorizado’, a Confissão de Fé de Westminster, diz sobre a autoria do pecado:

“Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas. Ref. Isa. 45:6-7; Rom. 11:33; Heb. 6:17; Sal.5:4; Tiago 1:13-17; I João 1:5; Mat. 17:2; João 19:11; At.2:23; At. 4:27-28 e 27:23, 24, 34.”

Se lermos At 2.23 e 4.27-28 ficará estabelecido que a crítica inicial do Leandro é um subterfúgio humanista, não uma submissão bíblica.

Ele continua dizendo que a cultura hebraica é um fator que influenciou a expressão ‘Deus endureceu coração de Faraó pois os servos de Deus não faziam distinção entre aquilo que Deus permitia e aquilo que ele predeterminava!’ Veja, o que ele está dizendo é que dizer que Deus endurece o pecador por parte dos calvinistas ‘é diabólico’, mas a mesma expressão quando aparece na bíblia foi uma expressão limitada, ou mesmo errada, de algo que Deus permitiu mas não fez!

Que fique bem claro que ao dizer que "Deus endurece um pecador" é diferente de dizer que Deus é autor do pecado praticado. É claro que o pecado existe porque Deus diz que é pecado, quando ele proíbe por meio de lei uma atitude, pensamente, etc.

Leandro Quadros diz que Ex 7.3 deve ser entendido com outras partes bíblicas que ‘são claras’. Ele disse que Ex 7.3 é um texto que os calvinistas usam, mas disse; ‘entre outros’. Parece-me que o que ele fez foi apenas selecionar quais seriam do interesse de sua interpretação, lançar argumentos humanos, e fazer com que os textos que ensinam a predestinação, sejam obscuros por causa da cultura ou por causa de argumentos humanistas!

Deixando a conturbação lógica que ele pretendeu, a Bíblia diz que tanto Deus endureceu a Faraó como o próprio Faraó se endureceu. Parece que tal sentimento e ordem se mesclam. Para os calvinistas ambos são verdadeiros, sem problema algum. Não existe contradição em nada, pois Deus usa os meios para os fins que Lhe agrada.

NO ENTANTO, quando Paulo leu esses textos e foi inspirado a escrever sobre isso, ele disse de uma maneira que não agrada muito o Leandro Quadros. Falando sobre Faraó, Paulo cita: “[...] Para isso te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda terra.” (Rm 9.17).

Se fosse psicografar Paulo, (as vezes temos umas pitonisas por aí na web), talvez ele daria um puxão de orelhas no Leandro Quadros!

Por último, Leandro Quadros diz que um absurdo crer que Deus ‘endurece alguém depois diz para esse mesmo se converter’! “Como é possível crer em uma coisa dessas?” pergunta. ‘Como?’ Eu respondo Leandro: É só se submeter ao que Deus revelou, se você for cristão, observe que em Rm 9.17 Deus levanta Faraó para tal propósito, mas ao mesmo tempo condena Faraó por isso. Como crer em uma coisa dessas Leandro?


*AS SEITAS E A QUESTÃO DA PREDESTINAÇÃO

Tenho percebido que a maioria das seitas são arminianas em sua abordagem. Russel fundador das Testemunhas de Jeová deixou o presbiterianismo por causa disso. O Adventismo é arminiano. Isso não significa que a predestinação não agrada algum grupo sectário. Parece-me que o Tabernáculo da Fé pensa assim. Um grupo confuso, mas eu não acho que é uma seita, a Congregação Cristã, dizem que ‘são chamados’, mas seu exclusivismo denominacional confunde se acreditam nisso mesmo, pois eles dizem que pessoas perdem a salvação quando ‘pecam’.

O servo de Deus J. Wesley era um arminiano, não do tipo que hoje vemos, mas era. Ou seja, não penso que arminianismo e/ou a rejeição do calvinismo possa estabelecer se um grupo é ou não uma seita. Por isso as razões que apresento na apresentação desse blog são, para nós (MCA/APRENDEI), mais seguras.
Rejeito como definitivas também as chamadas marcas de uma verdadeira igreja proposta por Lutero e outros Reformadores, pois são quase subjetivistas.

1) Uma seita pode dizer que prega a Palavra e administra corretamente os sacramentos, além de excomungar seus rebeldes.

2) Especialmente sobre os sacramentos a celeuma vira regra. O Batista pode dizer o que dos Presbiterianos? Ou nós podemos tratá-los como uma seita, visto que rejeitam a água do batismo aos seus filhos? Usaremos pão com ou sem fermento? O vinho é suco de uva?

Aquelas marcas de Lutero e de Calvino, nunca me convenceram. Se bem que nas Institutas Calvino traça detalhes dessas marcas que ficam claro que pra ele, essas não seriam tão suficientes assim.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Refutação do livro antitrinitariano: Eu e o Pai Somos Um

Um ex-adventista tradicional de nome Ricardo Nicotra, hoje da ‘Igreja’ Cristã Bíblica Adventista, testemunha que abandonou a doutrina depois de muita pesquisa bíblica. Ele então publicou uma extensa pesquisa pessoal em forma de livro. Estarei a partir dessa postagem apresentando respostas aos seus questionamentos. O site da seita é: 

Para quem quer uma pesquisa Trinitariana, o irmão Cláudio do blog Aprendei/MCA, disponibilizou uma profunda pesquisa nessa área. É só deixar seu e-mail que enviaremos o pdf da ‘Teologia Sistemática Trinitariana’.

Óbvio que o irmão Cláudio estará sendo consultado na pesquisa que pretendo fazer do livro ‘Eu e o Pai somos um’. Na verdade o trabalho do irmão Cláudio supera incomparavelmente o livro de Nicotra. Para os que são seguidores das idéias dele podiam ler e comparar.

Deus nos abençoe.

Usarei a sigla EPSU para o livro do Ricardo, ‘Eu e o Pai Somos Um’. Espero a compreensão dele e de seus comparsas na fé. Outra questão que espero a compreensão é que para mim todo antitrinitariano não é cristão, e a medida de tal consciência também entendo que os tais irão para o inferno. Pode acontecer que em vários momentos uma avaliação reflita essa minha perspectiva. Espero que não se sintam ofendidos.

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Refutação do Livro – Eu e o Pai Somos Um – Parte 1

Para começar, quero dispensar seu testemunho pessoal. Podemos apresentar vários que eram contra a trindade e hoje são trinitarianos convictos, muitos desses com muito custo pessoal.
Vamos aos fatos apresentados.

O maior problema da doutrina da Trindade não é o fato dela conter um mistério, mas o fato dela conter contradições lógicas cuja resolução é impossível.” (EPSU, p 13).

O Ricardo afirma que a Trindade é um problema por ser um mistério. É um pequeno problema, mas é. Mas, por que é um problema? Por exemplo, a eternidade de Deus também é um mistério, a onisciência também é um mistério.

O Ricardo acrescenta algo que é sem razão, mais parece que sua percepção é a medida da verdade:

Há muitos mistérios para os quais não há explicação na Bíblia. O que não podemos fazer é transformar tais mistérios em doutrinas fundamentais.” (EPSU, 13).

Absurdo! Não há em um mistério bíblico sinônimo de heresia, mas de incapacidade humana e grandiosidade divina. Mas ele acrescenta isso como em um passe de mágica, algo que caiu do nada, sem razão e conexão.

Quem é ele para dizer que mistérios não devem ser doutrinas? E quem disse que doutrinas fundamentais são feitas, produzidas por nós cristãos? Ele também calúnia a trindade quando diz que nela ‘existe contradições lógicas’. Quais?

Ele continua sua investida, agora contra os trinitarianos:

Os crentes que preferem acreditar numa doutrina fundada sobre um mistério e amparada na falta de lógica são aqueles que infelizmente não buscam o conhecimento por si mesmos, mas se acomodam e preferem aceitar os dogmas impostos pela liderança espiritual. Afinal de contas, há pastores e professores de religião com mestrado e doutorado, experts em divindade que são pagos com o dízimo para estudar e nos dizer qual é a verdade. Eles não podem estar errados, podem? (EPSU, p 13 ).

Nessa sentença ele fala várias coisas que desafiam nossa inteligência, pois ele diz:

1) trinitariano não busca conhecimento!

2) são preguiçosos!

3) são cegos-submissos aos líderes!

4) aceitam uma doutrina que tem como patronos apenas os mercenários...

Concordo que esses são defeitos encontrados em muitos desses, mas os que não são trinitarianos, da própria ‘igreja’ dele, também não escapam da crítica.

Mas quero dizer ao Ricardo que o trabalho do irmão Cláudio está fora de sua critica. Cláudio não é pastor, ou seja, não é mercenário conforme classificou Nicotra. O Cláudio também não é preguiçoso, produziu um trabalho por uns seis anos com quase 400 páginas. Ele não é cego-submisso aos líderes, seus artigos no Blog Aprendei demonstra respeito aos lideres evangélicos, mas submissão ao Deus Bendito. Por último, ele como ‘leigo’ disponibilizou uma pesquisa singular no Brasil.

Ele (Ricardo) concluiu esse capítulo dizendo que as ‘pessoas precisam ser humildes e ter o Espírito de Deus para entender a verdade’ e, obviamente o que quer dizer, deixar de ser trinitariano!

Ricardo Nicotra inicia assim seu livro de uma maneira aparentemente piedosa, no entanto, caluniosa, subestimando a inteligência, diligência de todos os trinitarianos, além de acusar de mercenários todos os mestres trinitarianos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Sociedade Bíblica, A Bíblia na Linguagem de Hoje e os Adventistas... algo curioso.

Sabemos que Daniel 8.14 é de importância nevrálgica para os Adventistas. Os 2300 dias ali preditos são para os seguidores de Ellen White 2300 anos. Alguns intérpretes consideram tais dias como 1150 dias. Por causa dos dois sacrifícios diários.

A Sociedade Bíblica do Brasil chegou a publicar uma tradução da Bíblia que traduzia assim esse texto:

E ouvi a resposta: Tudo isso só vai acabar depois de mil cento e cinquenta dias, e durante esse tempo não serão oferecidos os sacrifícios da tarde e da manhã. Depois disso o Templo será purificado.” 

Daniel 8.14. A Bíblia na Linguagem de Hoje.

Essa tradução evidentemente, não agradou a comunidade Adventista. Recentemente a Sociedade Bíblica do Brasil substituiu essa tradução, A Bíblia na Linguagem de Hoje, pela Nova Tradução na Linguagem de Hoje que manteve a forma mais tradicional: ‘dois mil e trezentos dias’. Não sendo divulgado o motivo da mudança. Nas notas introdutórias da NTLH apresenta outros motivos, tal como o tradicional uso do termo ‘SENHOR’ e não ‘O Deus Eterno’, como tradução do Tetragrama. Mas Dn 8.14... não sabemos.

Pois bem, espero que tal retorno ao antigo modo não tenha sido compromisso editorial, vendas, divida moral com a Casa Publicadora Brasileira...

Mas a dúvida fica no ar...

Deus sabe de tudo.

O assassino de Realengo e as Testemunhas de Jeová

Sexta-feira um irmão me ligou dizendo que o Caio Fábio tinha dito que o ‘Wellington teria sido Testemunha de Jeová’. Eu disse que pelo menos o que tinha sido divulgado até então, e também eu não sabia de tudo que estava sendo divulgado, não me deram essa impressão. Ontem o Fantástico divulgou que o assassino teve alguma influência religiosa das Testemunhas de Jeová. Pretendo dizer algo a respeito.


Primeiro que seu ato insano não tem ligação alguma com os ensinos das Testemunhas de Jeová, nem mesmo com o Islã, segundo atestado pelo representante do islã na reportagem. Isso é fato.

Mas, se a família dele é Testemunha de Jeová, ele provavelmente quando criança também era. No entanto, sua linguagem demonstra que conhecia algo, limitado, das Testemunhas de Jeová. Quando chamou o local de reunião dos TJs de ‘igreja’, fica claro que sua influência não foi tão grande, ou se foi, ele não captou bem as informações. Mas ele em outro momento disse ‘congregação’.

O isolamento dele é típico das Testemunhas de Jeová. Eles não possuem ‘amigos fora da organização de Jeová’. A aproximação de TJ aos que não são, é quando muito, sob pressão de negócios, inconveniência, etc... Quando adolescente, os relatos sobre a personalidade dele poderiam provar que ele era um TJ, visto que seu isolamento e bom comportamento podem ser ligados a um TJ. Mas é claro que isso nem de longe sugere loucura.

Quero ressaltar aqui que a pressão interna‘Tjoteana’ podem causar transtornos em adolescentes. Isso digo, pois qualquer idéia de abandono da seita por um adolescente, a punição é o total ostracismo. As pessoas que são TJ têm medo de abandonar a seita por que perderão todos seus amigos da noite para o dia!!! Imagine isso na cabeça ‘conturbada’ de um adolescente...? Mas com respeito ao assassino de Realengo, isso pode ser apenas um agravante? Você que está lendo esse post, note que ele está ameaçado de ser enterrado como indigente. As Testemunhas de Jeová não se apegam muito aos que não são TJs, se ele foi TJ mesmo, e foi desassociado, ele estava recebendo o tratamento interno que os Líderes TJ ordenam! Mesmo que ele não tenha sido batizado, se foi ‘publicador não batizado’, um abandono é natural.

Visto que ele não quis mais ir ao tratamento por volta de 17 anos, pode indicar que ele estava se afastando da influência da mãe.

O REPRESENTANDE DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ MENTIU QUANDO DISSE QUE NENHUMA TESTEMUNHA DE JEOVÁ PODE SER EXPULSA DA CONGREGAÇÃO!

Isso ele disse para amenizar o problema. Quando uma pessoa discorda das crenças dos Líderes das Testemunhas de Jeová ele é expulso, mas o anúncio é feito assim: “ Beltrano NÃO É mais Testemunha de Jeová!. Ou seja, a carta lida que Wellington NÃO É Testemunha de Jeová, não diz nada 
(http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/10/representante-das-testemunhas-de-jeova-nega-que-atirador-foi-expulso-de-congregacao.jhtm)

É bom lembrar que Michael Jackson foi TJ quando criança e sob muita pressão.

Os Líderes das testemunhas de Jeová escondem informações das autoridades. Os casos de pedofilia nos EUA entre as Testemunhas de Jeová são uma prova disso.
Veja: http://www.youtube.com/watch?v=Eo_GKXuYSWY

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ao Leandro Quadros: Ellen White, a profetisa da porta fechada – Parte 1

Estudo completo de Dirck Anderson sobre a doutrina da Porta Fechada de Ellen White. Espero que os adventistas apaixonados que estão lendo a série de defesas de Ellen White, do Leandro Quadros, leiam alguma coisa fora da caverna. O estudo é muito grande para uma postagem, para isso irei dividir em várias partes. Postarei na última parte a bibliografia.


“Quando Cristo não regressou no tempo em que era esperado em 22 de outubro de 1844, houve grande confusão entre os seguidores de Guilherme Miller. Nos meses seguintes, a maioria dos mileritas regressou a suas igrejas, mas outros estavam demasiado envergonhados para admitir seu erro ou sentiam-se demasiado humilhados para regressar. Alguns sentiram que suas antigas igrejas os haviam tratado com um espírito nada cristão, e preferiram adorar com os que tinham experimentado uma peregrinação semelhante. Estas pessoas eram conhecidas como "adventistas", e foi entre elas que o ensino da "porta fechada" se desenvolveu por primeira vez. O ensino da "porta fechada" se baseia na parábola das dez virgens de Mateus 25. De acordo com a parábola, os mensageiros do Esposo clamam à meia-noite que o Esposo, que representa a Jesus, vem à festa das bodas. (Mat. 25:6). Muitos adventistas continuaram crendo que o movimento de 1844 anunciando o regresso de Cristo era o clamor da meia-noite. Os seguidores da porta fechada ensinavam que o Esposo veio à "ceia das bodas" em 22 de outubro de 1844:

“E saindo elas [as virgens insensatas] para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta!”Mat. 25:10”.

Ensinavam que o versículo anterior se cumpriu em 22 de outubro de 1844, quando Cristo se levantou no santuário celestial e passou do Lugar Santo ao Lugar Santíssimo. Ao fazê-lo, Cristo fechou a porta da salvação para todos, exceto para "as virgens prudentes", os crentes adventistas que haviam participado do movimento de Guilherme Miller de 1844. Criam que Jesus agora estava "encerrado" com seu povo especial, preparando-o e purificando-o por meio de uma série de provas e tribulações para que fosse digno de receber o Seu reino. Criam que, desde 22 de outubro de 1844, Cristo estava ministrando só a Israel – os crentes adventistas. Ensinavam que Cristo estava provando Seus filhos sobre certos pontos da verdade, como o sábado, e que Sua obra em favor da salvação dos perdidos havia terminado. A princípio, Guilherme Miller ensinou a doutrina da porta fechada, como se pode ver no artigo que escreveu em dezembro de 1844:

"Ao advertir os pecadores e tentar despertar uma igreja formal, cumprimos nossa obra. Em sua providência, Deus fechou a porta; só podemos instar-nos mutuamente a ser pacientes."

Em 19 de fevereiro de 1845, Miller expressou sua crença de que nenhum pecador se havia convertido na terra durante os últimos cinco meses:

"Não vi nenhuma conversão legítima desde então [22 de outubro de 1844]”.

No entanto, pelo final de 1848 quase todos os crentes na porta fechada, incluindo Miller, haviam abandonado a doutrina. No entanto, havia uns poucos adventistas que persistiam na doutrina da porta fechada. Joseph Bates era um firme crente na doutrina da porta fechada. Sustentava que haveria um período de sete anos durante o qual Cristo provaria Seus filhos. Cria que ao final desse período, em 1851, Cristo regressaria à terra. Em 1847, Bates escreveu:

"A porta aberta de Paulo, então, era a pregação do evangelho aos gentios. Feche-se esta porta, e a pregação do evangelho não terá nenhum efeito. Isto é exatamente o que dissemos que ocorre. A mensagem do evangelho terminou no tempo assinalado com a terminação dos 2300 dias [em 1844]; e quase todos os crentes honestos que estão observando os sinais dos tempos o admitirão”.

Como Bates, Tiago e Ellen White eram ardentes partidários da doutrina da porta fechada. Já em 1845, Ellen estava recebendo visões que mostravam que a porta da salvação estava fechada. Uma senhora que vivia no Maine, e que tinha mais ou menos a idade de Ellen, era Lucinda Burdick. Ela descreve como conheceu Ellen:

"Ouvi falar pela primeira vez da Srta. Ellen G. Harmon (depois Sra. Ellen G. White) em princípios do inverno (janeiro ou fevereiro) de 1845, quando meu tio Josiah Little veio à casa de meu pai e informou que havia visto uma tal Ellen Harmon no ato de ter visões que ela assegurava receber de Deus. Meutio disse que ela afirmava que Deus lhe havia revelado que a porta da misericórdia tinha-se fechado para sempre, e que de agora em diante não havia mais salvação para os pecadores. Isto me causou grande inquietude e angústia mental, porque eu não havia sido batizada e meu jovem coração se preocupou muito pelo que sucederia com a minha salvação se a porta da misericórdia estivesse realmente fechada”.

Ter a informação de que a porta da salvação estava fechada para os pecadores deve ter sido angustioso para a jovem Lucinda. Ela recorda mais experiências espantosas com a profetisa:

"Ellen estava tendo o que se conhecia como visões: Dizia que Deus lhe havia mostrado em visão que Cristo Jesus se levantou no dia décimo do sétimo mês de 1844 e fechou a porta da misericórdia; que havia abandonado para sempre o trono mediador; que o mundo inteiro estava condenado e perdido, e que jamais se salvaria qualquer outro pecador”.

A mensagem de Ellen White para seus seguidores era de que não restava qualquer obra por fazer a favor dos não-adventistas. O ministro adventista Isaac Wellcome recorda tê-la ouvido relatar esta mensagem em visão em 1845:

"Amiúde, estive em reuniões com Ellen G. Harmon e Tiago White em 1844 e 1845. Várias vezes a sustive enquanto caía ao solo, -- às vezes quando desmaiava durante uma visão. Ouvi-a relatar suas visões destas datas. Várias foram publicadas em panfletos, dizendo que todos os que não apoiavam o movimento de 1844 estavam perdidos, que Cristo havia abandonado o trono da misericórdia, que todos os que seriam selados o haviam sido, e que ninguém mais se arrependeria. Ellen e Tiago ensinaram isto por um ou dois anos. Recentemente, em suas visões publicadas, chamadas ‘Testemunhos,’ suas visões diferem amplamente, e contradizem suas visões anteriores direta e patentemente”.

Em princípios de 1846, Ellen escreveu acerca de uma experiência em que suas visões ajudaram a convencer almas que duvidavam de que a porta da salvação estava realmente fechada:

"Enquanto em Exeter, Maine, ao estar reunida com Israel Dammon, Tiago, e vários outros, e muitos deles não criam numa porta fechada. Eu sofria muito no início da reunião. A descrença parecia estar por todo lado. Havia uma irmã ali que era considerada muito espiritual. Tinha viajado e fora uma poderosa pregadora pela maior parte do tempo durante vinte anos. Ela havia sido verdadeiramente uma mãe em Israel. Mas uma divisão havia surgido no grupo sobre a questão da porta fechada. Ela tinha tido grande misericórdia, e não podia crer que a porta estava fechada. (Eu nada soubera da diferença entre eles). A irmã Durben levantou-se para falar. Sentia-me muito, muito triste. Minha alma parecia em agonia o tempo todo, e enquanto ela falava, caí de minha cadeira ao chão. Foi então que tive uma visão de Jesus erguendo-Se de Seu trono de Mediador e indo para o Lugar Santíssimo, como o Noivo indo receber o Seu reino. Todos estavam profundamente interessados na visão. Todos disseram que era algo inteiramente novo para eles. O Senhor operou com grande poder estabelecendo a verdade em seus corações. A irmã Durben sabia o que era o poder do Senhor, pois o havia sentido muitas vezes; e pouco tempo depois que eu caí, ela foi atingida, e caiu ao chão, clamando para que Deus tivesse misericórdia dela. Quando eu saí da visão, meus ouvidos foram saudados com o cântico e clamores da irmã Durben em alta voz. A maioria deles recebeu a visão, e ficaram estabelecidos quanto à porta fechada”.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

'O QUE A PRÓPRIA LEI DIZ?' - uma aula Teonomista

Aqui há algo extraordinário, algo que os teólogos não podem ignorar se quiserem entender corretamente a intenção divina em relação à lei do Antigo Testamento. Paulo sabia pela sua experiência que ele precisava morrer para o legalismo, para o uso da lei como um meio de mérito próprio ou justificação diante de Deus. E, exatamente, onde e como Paulo aprendeu essa lição fundamental? Observe cuidadosamente o que ele diz em Gálatas 2.19: “Pois, por meio da Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus”. Foi a própria lei que ensinou Paulo a não buscar a justiça e a aceitação de Deus por meio de obras da lei! A lei do Antigo Testamento nunca foi legalista em sua natureza e intenção, embora os judeus a tenham pervertido nesse propósito interesseiro. Eles simplesmente não perceberam que “o fim da Lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê” (Rm 10.4). Paulo lamentou que “até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança […] até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações” (2Co 3.14,15). Paulo claramente classificou e incluiu a aliança mosaica — a aliança da lei, que tinha edificado um muro entre judeus e gentios e alienado os incircuncisos da “comunidade de Israel” — como parte integrante do que ele chamava de “alianças da promessa” (Ef 2.12). Havia muitas alianças (plural) no Antigo Testamento, mas todas eram administrações de uma promessa (singular) subjacente de Deus. Os teólogos podem até falar apropriadamente de “lei” e “graça” como rótulos convenientes para as duas administrações da aliança (que são, nova aliança e antiga aliança), mas a Bíblia afirma enfaticamente que as duas são administrações da graça (ou promessa) como o único caminho para aceitação diante dele. A aliança da lei foi uma manifestação da promessa de Deus, não de legalismo. A administração da lei da antiga aliança (ou a própria administração mosaica) não ofereceu uma forma de salvação nem tampouco ensinou uma mensagem de justificação que difere daquela encontrada no evangelho da nova aliança. Ao reconhecer que diante de Deus ninguém podia ser justificado (Sl 143.2), a antiga aliança prometeu justificação fundamentada no nome: “O SENHOR é a Nossa Justiça” (Jr 23.6). O testemunho da antiga aliança era que a justiça tinha de ser imputada, até mesmo ao grande pai dos judeus, Abraão (Gn 15.6; v. Rm 4.3; Gl 3.6). Por conseguinte, a literatura do Antigo Testamento fornece evidências suficientes de que os santos de Deus eram pessoas de fé (v. Hb 11). Paulo compreendeu muito claramente que o próprio Antigo Testamento ensinava que os justos viveriam pela fé (He 2.4; v. Rm 1.17; Gl 3.11). O profeta Isaías proclamou: “Mas no Senhor todos os descendentes de Israel serão considerados justos e exultarão” (Is 45.25); e mais adiante: “Esta é a herança dos servos do SENHOR, e esta é a defesa que faço do nome deles, declara o SENHOR” (54.17). Se permitirmos que a Bíblia se interprete a si mesma e não introduzirmos nessa interpretação uma antítese teológica preconcebida entre a nova e a antiga aliança (lei2 e evangelho), somos levados a concluir que a antiga aliança — a lei de Moisés — foi uma aliança de graça que ofereceu salvação com base na graça por meio da fé, assim como o faz a boa nova encontrada no Novo Testamento. A diferença é que a aliança de Moisés ou da lei olhava para a frente, para a vinda do Salvador, administrando, assim, as alianças de Deus por meio de promessas, profecias, ordenanças rituais, tipos e prefigurações que anteviam o Salvador e sua obra redentora. O evangelho ou a nova aliança proclama a realização daquilo que a lei antevia, administrando a aliança de Deus por meio da pregação e dos sacramentos. A essência do relacionamento salvador de Deus e da aliança é a mesma sob a lei e o evangelho.

As Escrituras não apresentam a aliança de Moisés ou da lei como fundamentalmente opostas à graça da nova aliança — uma perspectiva errônea (essencialmente dispensacionalista) que está no cerne de tantas convicções mal-orientadas sobre a lei hoje. Por exemplo, reflita sobre Hebreus 3—4. De acordo com o Novo Testamento, por que Deus estava insatisfeito com os israelitas a ponto de não permitir que entrassem na Terra Prometida? A resposta é que eles foram desobedientes (Hb 3.18), mas isso é a mesma coisa que dizer que lhes faltou fé (3.19)! Eles ouviram o evangelho pregado a eles assim como nós o ouvimos (4.2), mas eles falharam ao não aceitar a provisão prometida por Deus porque não tiveram fé (4.2) — ou seja, foram culpados de desobediência (4.6)! Não podemos jogar a fé contra a obediência na antiga aliança; elas são diferentes lados da mesma moeda, como na nova aliança (Tg 2.14-26).

Por isso Paulo chegou a perguntar tão incredulamente: “Então, a lei opõe-se às promessas de Deus?” Será que a graça da aliança abraâmica deveria ser contradita pela lei revelada por Moisés? A resposta do apóstolo foi um categórico: “De maneira nenhuma!” (Gl 3.21). A lei nunca teve a intenção de ser um caminho para a autojustificação, como Paulo revela logo a seguir. Por intermédio do seu esforço autojustificador de ganhar mérito e favor diante de Deus por meio da obediência à lei, os israelitas não atingiram a lei de forma alguma (Rm 9.31)! E por que não? “Porque não a buscava[m] pela fé, mas como se fosse por obras” (v. 32).

Fonte: Monergismo.com

terça-feira, 5 de abril de 2011

O CRISTÃO PODE SER POLÍTICO: uma reflexão teonomista

“Aos cristãos é licito aceitar e exercer o ofício de magistrado, sendo para ele chamado; e em sua administração, como devem especialmente manter a piedade, a justiça, e a paz segundo as leis salutares de cada Estado, eles, sob a dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente fazer guerra, havendo ocasiões justas e necessárias.”
(Confissão de Fé de Westminster)

PRIMEIRAMENTE, lamentamos que alguns ratos chamados evangélicos, devoram os recursos públicos sem a mínima misericórdia dos que são pobres, roubam descaradamente. Fique claro que não é a esses que a Bíblia autoriza preceptivamente governar, a não ser que sejam ‘diabos’ nas mãos de Deus para julgar o povo.
Observe que ser político é uma vocação de Deus – ‘sendo para ele chamado’.

O que a Confissão de Fé de Westminster diz acima é de suma importância, e que os Presbiterianos Calvinistas, sejam mais audaciosos e pensem em entrar na política com a perspectiva cristã. Caso desonrem depois a Palavra de Deus, sem arrependimento e correção, ficará claro que são répobros no meio da Igreja, destinados ao inferno.

Mas vejamos que o governo deve ser feito conforme as ‘leis salutares de cada Estado’. Tais devem ser para manter a piedade. Ou seja, a SANTIDADE. Vemos que o que está proposto para o governante cristão é a santidade como norma de governo. Pode um cristão aprovar uma lei que garanta o aborto ou homossexualismo?

Se, isso é piedoso, santo, então pode aprovar. (!!!)

Talvez diga: “Mas irmão, um político desses vai ser cassado rapidamente, ou nunca mais vai governar mais nada!”

MAS, E DAÍ?!? A quem ele deve honrar?

A CFW ensina que o governo deve ser feito “sob a dispensação do Novo Testamento” Ou seja, para a CFW as leis e governo do cristão devem ser formulados pela ótica do NT! Isso é espantoso! O que deveriam reger uma nação é a Bíblia! Vejamos que a CFW conclui essa sentença de modo mais coercivo: “sob a dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente fazer guerra, havendo ocasiões justas e necessárias.”

Será que estamos dizendo que para colocar em prática as normas da santidade em uma sociedade, a força pode ser desferida?

Primeiro que não é autorizado ao cristão (ou á igreja cristã alguma) usar força para impor o cristianismo. O que estamos mirando aqui é o que o Estado, dominado por cristãos, deve fazer. O Estado tem de Deus a espada para punir os que são praticantes do mal (Rm 13.1-5). Se um país cristão regulamentar a iniquidade, ele deixa de ser cristão. Se um político cristão votar a favor de uma lei ímpia, ele é um adúltero e infiel a Deus. Ele deixa de ser cristão. Segundo, a força é imposta em todo momento pelo Estado, quer seja em forma de multa, prisão, etc. Ou seja, para impor a paz o Estado usa a força, e isso nenhum cristão critica. Qual motivo de rejeitarem uma visão Teonomista? Se um Teonomista diz que certo pecado poderia e deve ser punido como crime, dizem que é um absurdo. Mas prender alguém que não paga pensão alimentícia, isso pode!? Terceiro, a sentença da CFW não limita a força da guerra apenas ao fato de manter paz com outras nações, observe novamente:
“[...] e em sua administração, como devem especialmente manter a piedade, a justiça, e a paz segundo as leis salutares de cada Estado, eles, sob a dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente fazer guerra [...]”

Caso esteja enganado, peço o esclarecimento a algum irmão. Mas temos que nos lembrar que as forças de um estado também são empregadas contra revolucionários. Se houvesse uma manifestação em massa em favor da legalidade do uso das drogas, seria impróprio usar a força (=guerra) contra tais?

Porém, mesmo que a lei mantenha a piedade isso jamais significará regeneração. Por exemplo, em alguns estados nos EUA onde a pena capital é usada como punição, resulta em uma coerção para impedir o homicídio em vários casos (obvio que não em todos e nem na maioria). Isso não significa que um assassino potencialmente não exista. Ele está lá, no interior do homem não regenerado. Mas a Lei de alguma maneira impede, como uma manifestação da graça comum, que o assassino manifeste ou exteriorize essa sua natureza.

Alguns que são contra esse ponto de vista se esquecem de um fato muito interessante. Quando Jesus veio aos Judeus esses viviam debaixo da Lei de Moisés, dentro dos limites impostos por Roma. Virtualmente, esses Judeus cumpriam as exigências legais da Lei de Deus. Entre os judeus havia uma escola mais minuciosa no cumprimento dessas leis. Esses eram os fariseus. E foi a exatamente a um desses que Jesus disse: ‘Deveis nascer de novo para entrar no Reino de Deus’!(Jo 3.1-15). Ou seja, ainda que a lei norteasse a vida civil, social e familiar deles, jamais isso resultou em regeneração.

Estou postando esse assunto fora do tempo, pois quando nos aproximarmos das eleições no próximo ano, sempre uma grande quantidade de assuntos ‘inflamam/ infeccionam’ a nossa disposição, nos impedido de pensar no assunto de uma maneira mais livre.

Irmão, pense em entrar na política! Caso seja vocacionado para isso, Deus o conduzirá.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O que é A Igreja?

O pastor Esli, postou em seu blog uma definição do que é igreja que na minha ((simples e limitada)) opinião é uma das mais completas. Sem exageros... Fiz um grande esforço para encontrar algum erro na postagem (tenho esse defeito, procurar defeitos) mas não encontrei.
Acredito que tal estudo é importante para os adeptos de seitas que 'procuram uma igreja certa' para seguir, caso saiam do cativeiro exclusivista que seus líderes lhes impuseram!

Recomendo esse texto como material de estudo. O Pastor Esli teve a capacidade, pela graça de Deus, de resumir muita coisa  do pensamento Reformado acerca da ‘Igreja’:

A Igreja

A Igreja de Cristo é o grupo daqueles que Deus acolheu por sua graça através do seu filho Jesus Cristo, em quem todos os mistérios e promessas do Antigo Testamento são cumpridos (2Co 1:20). Um só povo, em diversas dispensações[1], povo de Deus em todos os tempos, frutos de um relacionamento especial estabelecido por Deus com Adão (em seu descendente com Eva) e especialmente confirmado, por Ele a Abraão (Gl 3:15 a 27) no provimento de um povo, e com Moises, no registro desse pacto (Ex 20)[2].

A Verdadeira Igreja, o corpo místico de Jesus, a comunidade dos salvos, é Católica (universal), invisível, atemporal, completa[3] e perfeita[4] (Ef 1: 10, 22-23; Cl 1: 18). É parte do Reino do Senhor Jesus já, agora aqui na Terra – embora ainda não em sua plenitude[5] – e nos Céus (agora) espiritualmente. É a casa e a família de Deus, fora da qual não há possibilidade de salvação.

Nela, todos os eleitos pela Graça, aqueles que pelo mundo inteiro professam (professaram e professarão) verdadeiramente Cristo como único Senhor e Salvador, estão conectados uns aos outros (e a ele – óbvio) e por ele são mantidos conectados. Essa Igreja não é o vínculo, nem instrumento do vínculo, mas é nela que esse vínculo fica evidente e é fortalecido (Ef 4;1 a 16).

Jesus ensina que seu rebanho é conhecido por um critério simples. Todo aquele que ouve a sua voz e o segue (Jo 10;27), é dessa comunidade do pacto, é parte desse rebanho (Igreja). Ou seja, é filhos de Deus, todo o que – pela misericórdia de Deus – simplesmente consegue entender que as palavras de Cristo (hoje preservadas no N.T.) são palavras de Deus e por tanto as obedece – quem não as obedece, na verdade, não as entendeu como palavras divinas, não sendo do povo santo.

Cristo reservou à (chamada) Igreja Visível o ministério, o conhecimento e as ordenanças de Deus, para que, em comunhão, haja o aperfeiçoamento dos santos (que são realmente a verdadeira Igreja de Cristo – chamada, também – Igreja Invisível) aqui e agora – e assim será por toda essa era (Ef 4:11 a 13)! Pela presença espiritual de Jesus e pela atuação direta de seu Espírito (Espírito Santo), essa Igreja é eficazmente capacita para isso, e ela é (presente) competente (eficiente) no cumprimento dessa atribuição exclusiva (Mt 28:18 a 20) na medida que, em suas faces locais, ela está mais próxima ou é mais fiel – mais obediente – às palavras de Cristo ditas nessa presença (de Cristo e do Espírito Santo) atual e atuante, no falar constante, contemporâneo, válido e relevante das – e nas – Escritura Sagradas.

Obviamente – ou melhor – biblicamente, não há mais continuidade nos oficio dos apóstolos (no que se refere à formação do Canon), mas essa Igreja (Visível) é sim apostólica pelo menos em duas assertivas: na continuidade das práticas e doutrinas apostólicas das igrejas do Novo Testamento (Atos 2:42), e; na obediência ao chamado missionário do Senhor Jesus (Mc 16;16). E isso, invariavelmente acontecerá numa igreja local, não porque alguma dessas igrejas é a continuação de alguma das igrejas locais do tempo dos apóstolos ou porque em alguma delas há uma continuidade do oficio de Pedro[6]. Mas simplesmente porque foi assim que Deus quis!

Essa comunidade (grupo por afinidade, parentesco, ou causa denominacional), por ser parte da Igreja Invisível, sempre abençoará a sociedade em que está inserida, ela é voz profética para o mundo, sal e luz (Mt 5;13 a 14). Um instrumento de impacto e avivamento, que resgata vidas e fortalece o compromisso com Cristo e uns com os outros. É uma comunidade crescente, que caminha para a maturidade, onde cada crente é um adorador e juntos desenvolvem, pelo Espírito Santo falando nas Escrituras, o seu potencial, cumprindo o ministério dado por Cristo.

Assim podemos dizer que existem três níveis na Igreja: o intangível e espiritual (Igreja Invisível, católica atemporal, completa e perfeita); a Intangível atual (todos os verdadeiros cristãos enquanto vivem aqui – é também perfeita – chamada igreja visível) e a tangível visível (comunidades locais, organizadas ou não em denominação, federação, associação e etc.). São por erros no entendimento dessas variações (dimensões ou faces) que surgem heresias como o papado (romano ou sua variante ortodoxa), os bispados póspentecostais[7], as seitas sectaristas ou ainda denominações fundamentalistas[8] intransigentes que se julgam como única continuação da ‘Igreja original de Cristo’, afirmando sua que congregação local é a exata expressão (totalidade) da Igreja invisível.
________________________________________

* Pensei em um monte de palavras para compor o título deste post, mas depois de muito pensar percebi que o termo Igreja é bastante completo.

[1] Poderíamos dizer que seriam duas dispensações (ou pactos): das obras e da Graça, mas nada impede que vejamos dentro dessas duas dispensações básicas tantas outras dispensações. Entretanto, é preciso reafirmar que a salvação só acontece pela Graça, e essa está presente em todas as dispensações: seja no Edén (a arvore da vida), seja no conhecimento direto tanto de Adão como de seus filhos, em Enoque ou Noé, no patriarcado de Abraão, Isaque e Jacó, no cativeiro egípcio, na Lei mosaica, ou na era dos gentios (nossa era ou era da Igreja).

[2] Novamente insisto que leiam o artigo Israelense, Israelita, Judeus e Povo de Deus para evitar um eventual mal entendimento acerca desse povo.

[3] Total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão unidos a Cristo.

[4] Sendo por ele santificada através de seu sacrifício perfeito na cruz é (agora, já, no presente) a plenitude da perfeição do próprio Cristo.”

[5] A Igreja Invisível tem sua dimensão temporal – a chamada ‘Igreja Visível’ – essa não goza agora da força plena do Senhor por pura misericórdia de Deus, que pacientemente suporta tamanha oposição por amor aos eleitos que ainda “acordarão” e se reunirão aos demais eleitos. Na plenitude do tempo (juízo final) essas dimensões (eterna e temporal) serão uma só; Deus reinará soberanamente aqui na natureza temporal que será mudada.

[6] Não que haja um oficio de Pedro especificamente em alguma outra comunidade.

[7] Termo ainda não usual para definir as igrejas (heréticas), ditas evangélicas que fugindo de um mínimo bíblico se encarapuçam em milagres para se afirmarem.

[8] Veja o artigo manifesto anti-fundamentalista.

Postado por Esli

Fonte:  http://acruzonline.blogspot.com

sábado, 2 de abril de 2011

Marco Feliciano aprendeu "teologia" com os Mórmons?

Vou reproduzir a carta que está no Blog Cinco Solas.
E para saber mais sobre esse esgoto teológico segregacionista, VEJA AQUI.

"Prezado Deputado Marco Feliciano,

É com grande preocupação que nós, cristãos comprometidos com o Evangelho de Cristo Jesus e os valores da Reforma Protestante, vemos as suas declarações referentes aos negros africanos e o homossexualismo. Ao se definir como pastor evangélico, o senhor assumiu o compromisso de defender as verdades do Evangelho, conforme ensinado por Cristo Jesus e seus apóstolos, no Novo Testamento. No entanto, seus pontos de vista não condizem com a Verdade que o senhor afirma defender.

Nós, cristãos juntos pelo Evangelho, repudiamos qualquer ensino que associe a maldição lançada a Canaã com o povo africano. Em Gênesis 9:24-27, vemos que a maldição é lançada apenas sobre Canaã, e não sobre os demais filhos de Cam e que ela consistiria na servidão aos filhos de Sem e de Jafé, o que acontece quando o povo de Israel conquista as cidades cananeias por meio de Josué. A exegese de Gênesis 10:16-19 mostra que os cananeus habitaram o Oriente Médio e não a África. Além disso, a leitura do Antigo e do Novo Testamento mostra que os cananeus se misturaram com os judeus e que o próprio Senhor Jesus Cristo é descendente da cananeia Raabe (Mateus 1:5).

Nós, cristãos juntos pelo Evangelho, repudiamos a sua declaração de que "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime, à rejeição". Ao contrário, reafirmamos o ensino da depravação total, ensinado por Paulo em Romanos 3:9-18, que mostra que todos os homens, independente de sua opção ou comportamento sexual, são injustos, inúteis, cheios de amargura e prontos a fazer o mal, andando em caminhos de destruição e miséria. Não são os sentimentos homoafetivos, mas sim a nossa morte espiritual e amor pelo pecado (Efésios 2:1-3) que nos tornam praticantes do ódio, do crime e da rejeição.

Nós, cristãos juntos pelo Evangelho, reafirmamos ao senhor e à sociedade que o ensino bíblico é o de que todos os homens, independente de seu povo, etnia, comportamento sexual ou classe social, estão todos, sem distinção, debaixo da ira de Deus porque todos nós pecamos (Romanos 3:23), sendo por isso, dignos de morte (Romanos 6:23). E é com uma ênfase ainda maior que nos lembramos de que Cristo Jesus se fez maldito no lugar de todo ser humano que, independente de seu povo, etnia, comportamento sexual ou classe social (Gálatas 3:13), se volta para Ele, arrepende-se de seus pecados, crê em Sua ressurreição, confessa a Sua divindade e invoca o Seu nome (Romanos 10:9-12). Esse é o verdadeiro Evangelho!

Não aceitaremos mais que a mais bela verdade já ensinada aos homens seja manchada e distorcida publicamente por quem deveria defendê-la. E, por isso, protestamos contra seus posicionamentos e o exortamos, em nome de Jesus Cristo, a arrepender-se deste pecado.

Cristãos Juntos Pelo Evangelho"