sábado, 30 de julho de 2011

O Espiritismo: uma avaliação* – Parte 1

“Estas páginas visam o essencial, não o acidental... 


pretendem ser um esquema de vários aspectos do espiritismo e não o tratado exaustivo de qualquer de seus aspectos. Resumir fontes, não expandi-las.


... buscar a verdade, não ferir adversários.


Nomes de autores e de médiuns aparecem quando tal se faz necessário à clareza do exemplo ou da argumentação. Queremos comparar idéias, não julgar pessoas.


...ser úteis, não originais.


A falar verdade, pouco há aqui de nosso. Alguns comentários; as traduções; o trabalho da síntese; a concepção do conjunto; o esforço da pesquisa; a redação, enfim. Mas, se a linha da costura é nossa, o pano é alheio. Fui reunindo recortes que considerava bons.


...ter leitores amantes da verdade, não fanáticos de suas próprias opiniões.


Antes de tentar combater este livro, o leitor deve tentar compreende-lo. Se qualquer afirmativa contraria o ponto de vista do leitor, o erro pode ser do autor, mas porque não pode ser também estar errada a opinião do próprio leitor?


...ditinguir religião e ciência, não confundi-las, nem divorciá-las.


O espiritismo, ao mesmo tempo que apresenta como religião, pretende ter foros de ciência e de filosofia. Querendo unir tudo isso pode correr o risco de dispersá-los ou de corrompê-las.


... ter coerência dentro da fé, não fora dela.


Ou aceitamos a revelação, ou não. A primeira hipótese é a compatível com a religião. Nesse caso, sendo embora razoáveis, não devemos ser racionalistas. Queiramos ater-nos à razão apenas nas causas imediatas, não nas ultimas; recebamos a revelação através da mente, não de arrepio à mesma. Nem coerência incrédula, nem fé incoerente.


Analisar o espiritismo, submetê-lo ao teste da Escritura Cristã, das conquistas cientificas, do bom senso filosófico- eis o que visam estas páginas.”



Rev. Júlio Andrade Ferreira

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*Estarei postando, talvez a cada 10 dias, partes do livro de Júlio Andrade Ferreira que tem o nome da postagem. O livro é de 1959 e está esgotado, não foi reeditado.
O conteúdo é profundo e esclarecedor. J. A. Ferreira analisa o espiritismo em pelo menos três frentes: em sua abordagem psicológica, científica e religiosa. Não que exista tal divisão em capítulos no livro, mas ele chacoalha o espiritismo dentro dessas perspectivas principais.
Mesmo não concordando com tudo que ele escreveu nesse livro (e na verdade em outros livros de sua autoria), penso que ele apresentou indagações interessantíssimas. Destas, várias que são destruidoras para o espiritismo.
Boa leitura!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Evangelizando as Testemunhas de Jeová: Por que os TJs não participam da santa ceia?

Todos os anos os TJs empregam um grande esforço para convidar as pessoas a assistirem a ‘Comemoração da morte de Cristo’, ou como acostumamos dizer: ‘A Santa Ceia’. Eles relembram a morte de Cristo no mesmo dia que o Senhor morreu, a saber, na Páscoa judaica pelo calendário bíblico. 


Mas ao visitar esse evento, algo de estranho acontece. As Testemunhas de Jeová  não participam do pão e do vinho!

 
Qual motivo? Os Líderes dessa seita inventaram uma doutrina muito estranha (dentre tantas). Eles dizem que os únicos que podem participar dos ‘emblemas’ são os que fazem parte dos 144.000, visto que apenas esses são os irão para o céu! E a ‘ceia’ é o símbolo do pacto do Reino dos céus, que apenas os 144.000 participaram. As Testemunhas chegam a um número de 7.000.000 de adeptos em todo mundo. E destes, apenas, cerca de 10.000 participam da ceia. Obviamente, para você ‘ver’ um desses por aí é achar agulha em palheiro. Mesmo porque, um grande número desses 10.000, está em outros países, principalmente nos EUA (claro!).


Pergunte ao TJ: A celebração da morte de Cristo, segundo Ele mesmo disse, era para ser relembrada. Mas como? Participando ou observando?Veja Mateus 26:26,27.


Tenha a paciência de pedir ao TJ que leia esse texto para você. E destaque o que o Senhor Jesus disse: ‘Comei e bebei’ fazei isso em minha memória.’ Argumente com o TJ que a maneira de ‘relembrar’ não é apenas olhando os emblemas passar de mão em mão.


Em uma seita onde a natureza e obra de Cristo são totalmente distorcidas, isso é apenas um detalhe no montante.


Mas da próxima vez que você receber uma visita dos TJs em sua casa, pergunte a eles sobre isso?

sábado, 23 de julho de 2011

“As 'FALSAS' profecias bíblicas” !?


Quando criticamos as seitas, que não raro aventuraram-se em marcar uma data para o fim do mundo, recebemos como resposta a seguinte objeção: ‘Então Jeremias, Jonas, Natã, os apóstolos, também foram falsos profetas!’


É incrível! Eu já recebi as mesmas respostas por parte dos seguidores de William Marrion Branham, Testemunhas de Jeová e Adventistas! Todos, ao invés de reconhecerem que isso desbancou a pretensão profética do grupo (ou do fundador) continuam tentando de qualquer maneira salvá-los, nem que isso os leve a acusar a bíblia de ‘erros semelhantes’.


Um apologista do Tabernáculo da Fé, que demonstra um amplo domínio dos escritos de WMB, chegou ao absurdo de dizer que o erro de WMB em torno de 1977 é uma prova que Branham é um profeta verdadeiro, ‘visto que todo profeta verdadeiro dá motivo para tropeço!’(VEJA O QUE ELE DISSE NOS COMENTÁRIOS.)
Os Adventistas vão mais longe, dizem que a decepção estava no cronograma de Deus para a obra Adventista. Fazia parte das profecias, ‘o livro amargo’, esse movimento errar com a data de 1844.


O Corpo Governante, dos testemunhas-de-jeová, dizem que os apóstolos também erraram! Mas a desculpa mais comum deles é que eles não são profetas inspirados.
Pretendo tratar de quatro casos que servem de ‘justificativa’ para eles defenderem seus líderes. Visto que, no caso dos seguidores de WMB e dos Adventistas, eles encontram ‘motivos bíblicos’ para esses erros, não sei se tal postagem surtiria algum efeito. 


1) O conselho de Natã: Davi expressou ao seu conselheiro a intenção de construir um templo ao SENHOR. Natã disse para Davi ‘faça o que está em seu coração, pois o SENHOR tem sido com você’. Após esse momento, Deus veio a Natã e disse que não seria Davi o construtor do Templo. Natã então foi a Davi e disse o que O SENHOR ordenou.
Visto que no primeiro momento Natã disse que  era para Davi concluir o intento de seu coração, Adventistas, Testemunhas de Jeová, etc, dizem que os enganos cometidos por seus ‘profetas’ são da mesma maneira. Se estes são falsos profetas, Natã também o foi!


RESPSOSTA: No caso em apreço (2 Sm 7.1-17) Natã não expressou nada mais que um conselho. Em momento algum Natã estava dizendo o que ‘iria acontecer’, ele incentivou a Davi fazer para o SENHOR aquilo que, como servo de Deus e um grande rei, deveria fazer para o Deus que tanto o havia livrado. Natã não emitiu o conselho baseado em uma interpretação de alguma profecia da Escritura, ou de uma visão pessoal. O conselho do profeta foi: ‘Davi Deus tem te abençoado tanto! Faça isso que está no seu coração, é uma forma de gratidão! Ele está com você em tudo, faça isso!’ Depois Deus disse a Natã que Davi não construiria a Casa para adoração. 


Que semelhança existe nisso com as profecias dos ‘profetas’ que estamos criticando? Usarei Miller como exemplo: Imagine, quantos conselhos pessoais Miller deu na vida a outras pessoas? Será que pelo fato de Miller prever a volta de Cristo para março de 1843, março de 1844 e outubro de 1844, significaria que todo seu conselho era tomado como interpretação do futuro? Claro que não!!!
Natã não serve aos falsos profetas!


2) A profecia de Jeremias a respeito dos 70 anos: Idolatria, imoralidade, injustiças, transgressão do sábado, indiferenças para com os preceitos do SENHOR, levaram Deus desferir uma punição dura contra o Seu povo. Eles seriam exilados para Babilônia e a terra de Judá. Nabucodonosor atacou Judá em 586/7 a.C. E os medos-persas derrubaram Babilônia em 539 a.C, permitindo o retorno dos judeus por volta do ano 537 a.C. Perfazendo no máximo, 50 anos de cativeiro e não 70 anos, conforme predito por Jeremias 29.10. Jeremias seria um falso profeta?


RESPOSTA: Primeiro que isso depende da maneira de como se entende profecia dos 70 anos. 


A) Se você entender os 70 anos como uma referencia ‘redonda’ mas não precisa, tal como o Salmo 90.10, não encontrará dificuldade alguma com a profecia. E se você começar contar desde quando Nabucodonosor ‘atacou’ Judá em 605, levando alguns utensílios e alguns nobres de Judá, chegará por volta de 68 anos, confirmando assim a proposta acima. Acreditamos que Daniel 2.1, “... no segundo ano do reinado de Nabucodonosor...”, seja uma evidencia que no primeiro ano de Nabucodonosor ele já teria investido contra Judá e levado ‘cativo’ alguns de Judá. 


B) A outra maneira de entender a profecia é que os 70 anos estariam ligados ao período de domínio Babilônico no mundo, incluindo Judá. A profecia diz:
“... setenta anos para Babilônia...” Jr 29.10. O profeta Isaias disse que Tiro ficaria esquecido por 70 anos, ‘o período de um rei’ (Is 23.15).  Levando ao pé da letra, podemos considerar que o pai de Nabucodonosor destruiu a Assíria em 609 a.C, segundo algumas fontes históricas, e cairia em 539 a.C diante do rei Ciro. Sendo 70 anos de domínio! Sendo esse o entendimento correto, o termo ‘desolação’ deve ser entendido como uma referência do esvaziamento da autonomia monárquica. Visto que Ezequiel 33.24 fala de ‘moradores destes lugares desertos’, o termo ‘desolação’ não significa um total esvaziamento.


C) Por ultimo, a profecia também pode ser entendida como tendo cumprindo de 587/6 a.C até 516 a.C. Visto que templo foi reconstruído em 516 a.C, na época de Ageu e Zacarias, teríamos 70 anos de desolação daquilo que era mais importante em Judá, o templo! Interessante que Zc 1.12 diz algo que pode favorecer esse entendimento:
“Então, o anjo do SENHOR respondeu: Ó SENHOR dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais está indignado faz setenta anos?” 


Observe que as cidades ainda eram alvos de indignação de Deus, mas o povo estava lá! Por setenta anos! Mas eles estavam pensando assim por causa da ausência do Templo. Por isso mais adiante Deus disse “... a minha casa será edificada...” (16). 

Como podemos ver, existem maneiras de entender a profecia, mas jamais incorrer na blasfêmia de dizer que ‘houve um erro profético!’ (Das três propostas acima prefiro a letra A.)



3) A profecia de Jonas: Deus enviou Jonas a pregar para Níneve que em 40 dias a cidade seria destruída (Jn 3.4). Segundo Ronaldo Lidório, Jonas fez isso ‘correndo’. Provavelmente por medo. Passaram 40 dias e isso não aconteceu! Jonas seria um falso profeta?


RESPOSTA: A mensagem condenatória era corretiva e condicionalmente apocalíptica. O próprio Jonas ‘sabia’ que isso iria acontecer (Jn 4.2)! Jeremias expressou assim: “No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar,  derribar e destruir, se tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.” Jr 18.7,8


A) Para que a mensagem dos Adventistas de 1844, dos Testemunhas de Jeová em 1914 [e tantas outras], ou de 1977 de WMB, fosse análogo ao caso de Jonas, o requerimento era muito simples:Houve conversão da nação?’
Um punhado ridículo de fanáticos seguiu esses movimentos apocalípticos! Não houve conversão em massa de uma nação inteira juntamente com seus governantes!


B) A justificativa deles na época não foi a conversão do mundo, para os quais eles pregaram, tal como foi Jonas. Antes foi a alegorização de suas mensagens! Isto é, nem mesmo eles na época viram o que alguns apologistas estão vendo hoje. Claro que não.


C) A volta do Senhor Jesus é para o Dia do Juízo Final. Sendo assim, não é da mesma categoria daquelas mensagens dos profetas do VT. A analogia é ilegítima.


4) Os apóstolos também erraram: Os apóstolos acharam que o Reino de Deus se manifestaria em Jerusalém e outros acharam que João viveria até a volta de Cristo. Os enganos deles são semelhantes aos nossos.


RESPOSTA: Em nenhum desses casos os apóstolos ‘pregaram como mensagem bíblica, ou revelada, ou interpretação apostólica’, que Cristo viria em certa data! Qualquer dessas imprecisões, se assim fossem, seriam apenas conversas particulares sobre os sinais que estavam observando, nunca uma mensagem que contrariasse as palavras do Senhor Jesus em Mateus 24.36 ou uma desobediência ao que Cristo advertiu a eles em Atos 1.7.


Jesus certa vez, ao perceber que o momento o local poderia parecer propício para um engano, contou uma parábola para dissipar a expectativa errada (Lc 19.11). Após ficar bem claro ele continuou a jornada (Lc 19.28).


CONCLUSÃO:


Um profeta é caracterizado por sua mensagem, dita por revelação, interpretação bíblica, sonhos, etc. Se ele anuncia algo para o futuro e as pessoas o olhem como profeta/mensageiro do Senhor, e assim ele usufrua desse status, ele deve ser esmiuçado e escrutinado pelos padrões bíblicos. Devemos esmagá-lo com proposições bíblicas até que não sobre nada, a não se a verdade. Se ele resistir a tudo isso, podemos mesmo assim dispensá-lo e dizer que temos a Bíblia (2Tm 3.14-17)! Que ele sirva de profeta para si mesmo!

 
Mas nenhum deles tem sido dispensado sem erros proféticos... Parece que Deus tem cuidado para que, por melhor que seja, ‘o rabo fica de fora’, para alertar os verdadeiros servos de Deus para que não caiam na cilada do diabo.


Os erros dos falsários, não deveriam ser misturados com a Bíblia, nem buscar nela justificativas. Seria, no mínimo ‘cristão’, rejeitar seu ‘profeta’, com base na Bíblia. Mas visto que eles não são cristãos, jamais sentiram essa necessidade.


“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” A Palavra de Deus!


SE O ESPÍRITO SANTO NOS DISSE ISSO HÁ QUASE DOIS MIL ANOS É POR QUE NÃO TERÍAMOS MENSAGENS DE PROFETAS NESTE TEMPO,  A NÃO SER DE FALSÁRIOS!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Batismo Infantil e a ‘imersiolatria’: O tropeço Batista.

Não fosse os hereges anabatistas, a doutrina do Batismo Infantil talvez jamais seria questionada. Caso a heresia da regeneração batismal não fosse fomentada por Tertuliano, o batismo dos filhos de crentes não seriam protelados. Não fosse o gradual abandono da correta concepção da unidade entre o VT e o NT, abrindo o caminho para o dispensacionalismo, teríamos um consenso nesse assunto.


Mas infelizmente não podemos desfrutar dessa paz sacramental. Seria uma paz, pois no assunto da Santa Ceia as igrejas não estão divididas se o vinho é alcoólico ou não, se o pão tem fermento ou não, se a ceia pode ou não ser de dia ou à noite, todo domingo, uma vez no mês ou anualmente, etc.


TEM ALGUMA IGREJA CRISTÃ QUE REJEITA A VALIDADE DE OUTRA COM BASE NA FORMA QUE SE MINISTRA A SANTA CEIA?


É um conto de fadas, ouvir os batistas dizerem que ‘o rastro de sangue’ (lamentamos) não tenha um rastro de heresias também. Servetus era um anabatista. Nem mesmo a forma do batismo poderia ser discutida como herança ‘anabatista primitiva’. O caso era mais a expressão de fé do que, imersão ou derramamento. No passado os Batistas foram mais exclusivistas (mas muitos ainda são) a ponto de dizerem: ‘Não somos protestantes!’ isso eles diziam muito por causa do Batismo infantil...


Mas não é sobre os anabatistas que quero discorrer. É sobre o Batismo Infantil. Perguntar se existe base bíblica para o batismo infantil, quando inúmeros pedobatistas dizem que ‘não existe um exemplo claro’, não seria chover no molhado?


Começo a dizer a esses pedobatistas, que em nome de uma união submissa, e medo de serem identificados com a mentira que somos ‘iguais aos católicos’, e ficam se escondendo desse assunto. Seria bom agirem com coragem. Quero postar algumas coisas que acho interessante sobre o batismo infantil.


As objeções:


‘AS CRIANÇAS NÃO TÊM FÉ, LOGO NÃO DEVEM SER BATIZADAS!’ – Visto que o batismo é precedido por fé, essa objeção parece ser a que mais tem intimidado os pedobatistas.


Sem rodeios podemos apresentar algumas respostas:


1) O reino de Deus pertence às crianças (que vão à Cristo). Mas ninguém que não nasce de novo entrará no Reino do Céu. Quando uma criança (eleita) morre, ela vai para o céu sem nascer de novo? O novo nascimento também não é precedido pela fé?


2) Romanos 4.11 que Abraão “recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé ...”. Se A BÍBLIA diz que a circuncisão era ‘um selo da justificação da fé’, e esse mesmo selo foi dado ao filho pequeno de Abraão que não tinha fé aos 8 dias de nascido, qual motivo teria eu de negar o batismo aos meu filhos? Visto que A BÍBLIA mostra que a real circuncisão é hoje cumprida na comunidade cristã: ‘Nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus’ Fl 3.3.


‘Nós é que somos a circuncisão’... ora, ora, irmãos batistas, somos a circuncisão excluindo nossos filhos do sinal de ingresso na igreja visível???


‘NÃO EXISTE ORDEM NO NT PARA BATIZAR CRIANÇAS’!


Essa indagação é inútil. Quantas coisas podem ser concluídas da Escritura corretamente? Mas como resposta, dizemos que o NT não precisa repetir aquilo que está no VT, embora faça em muitos casos. O Batismo Infantil é pressuposto, praticado e teologicamente substanciado no NT. Por isso não existe uma ordem!


‘NÃO EXISTE UM EXEMPLO DE BATISMO INFANTIL DO NT’!


Na verdade não existe um exemplo sequer de um crente que nasceu em um lar Cristão e foi batizado apenas na idade adulta !!!


Mas temos vários exemplos do Batismo Infantil no NT.


1) “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, e para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.” Atos 2.38,39


A teologia da Aliança responde satisfatoriamente o assunto do batismo infantil. Até mesmo os batistas, que não são ‘dispensacionalistas’, e subscrevem a teologia da Aliança, rejeitam a conclusão do batismo aos filhos menores, mesmo que a circuncisão tenha sido substituída pelo batismo.( Os ‘batistas reformados’ tem um maneira mais branda de tratar-nos, temos uma aproximação mais tranquila com eles. É o tipo de J. Bunyan que embora imersionista, olhava os aspersionistas como batizados no Espírito.)


Já foi dito, como objeção, que a Igreja continuou a praticar a circuncisão por algum tempo, e nunca os apóstolos argumentaram a nulidade da circuncisão por causa do batismo. Essas são questões interessantes.


Mas esse silêncio também pode nos favorecer. Sendo um argumento flexível. Por exemplo: O assunto não foi abordado nessa perspectiva porque a inclusão dos filhos dos crentes era evidente!

Posso também acrescentar que a circuncisão, quando era tratada, na maioria dos casos, tinha mais um pano de fundo negativo; a identificação nacional em detrimento com a universalidade da Igreja, do que com seu símbolo positivo – o ingresso na comunidade dos salvos. No entanto, em alguns casos percebemos essa interação positiva. Veja Cl 2.11; Fl 3.3; com At 15; Gl 6.15.


2) Atos 10.24,44-48;11.14: O texto confirma que ‘a casa’ foi batizada. Não teriam crianças? Antes de concluir qualquer coisa, parte do versículo 24 diz que Cornélio convidou ‘amigos e parentes’. Não tinha crianças? Vamos ver ainda alguns versículos para tirarmos conclusões evidentes...


3) Atos 16.15: “Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa...” Segundo Phillipe Landes a antiga versão Peshita Siríaca traduziu assim esse texto: ‘Ela foi batizada e as crianças da sua casa.’ Isso é evidencia que a perspectiva pedobatista é tão antiga! A palavra ‘casa’ usada nesse texto significa ‘família’. E essa mesma palavra é usada para descrever família com crianças.


4) Atos 16.33 “... ele foi batizado e todos os seus.” A objeção mais comum que os batistas fazem do uso desse versículo é que no 34 esses ‘seus’ haviam crido em Deus. Logo, eram adultos. Ledo engano! Quando eu digo: Minha casa SERVE a Deus! Minha casa CRÊ em Deus! Mesmo tendo 2 filhos pequenos, todos sabem que essa é uma classificação genérica e inclusiva.


Tenho um filho de 3 anos. Falo do Senhor para ele, e sei que tudo é ‘fantasioso’ para ele. (Julguem-me corretamente! estou dizendo que quando conto histórias bíblicas para ele, e falo da morte de Cristo, a sua capacidade de percepção não é amadurecida ainda.) ‘Eu e minha casa cremos em Deus’, exclui esse meu filho? Obvio que não!


5) Atos 18.8 ‘Crispo com toda sua casa creram e foram batizados’ O versículo inclui ‘também vários dos coríntios’. O uso de ‘casa’ para representar a família de Crispo é relevante quando considerado que outras pessoas, várias delas, estavam sendo batizadas. Para que citar a casa de Crispo quando esses eram adultos responsáveis por si mesmos? Não havia escravos? Não havia crianças? Não tinha esposa? Todos estes submissos!? Compare com Atos 19.7 onde Paulo batizou 12 homens, discípulos. Esses eram independentes, mas não está incluindo família, ou casa.


6) 1 Co 1.16: “Batizei também a casa de Estéfanas...” Pense no motivo de Paulo incluir a casa ou família de Estéfanas. Caso tivessem crianças na família, e dizer que eles serviam ao Senhor, os Batistas não teriam dificuldades em pensar que, em uma época onde não havia métodos contraceptivos tão simples, seria evidente que o esforço de dizer ‘família’ não rejeita a inclusão de crianças. Mas quando diz ‘foram batizadas’, o pressuposto já determina que nessa casa devia ter apenas adultos!


‘O ARGUMENTO DE BATISMO DE FAMÍLIAS INTEIRAS É BASEADO NO SILÊNCIO!’


Ao contrario, a inclusão do termo família, ou casa, em cerca de 5 casos relacionado ao batismo, para nós, é suficiente para rejeitar o absurdo que em todos esses casos não havia crianças!


‘BATISMO INFANTIL É HERANÇA CATÓLICA’!


Os batistas e pentecostais ficam tão perto dos adventistas nesse ponto, quando estes dizem que o Domingo é herança católica! Rejeitam a evidência Histórica e a legitima conclusão bíblica. O místico Champlin chega a dizer que ‘a tradição que confirma a apostolicidade do batismo infantil apenas atesta que os apóstolos podem ter errado!’ Mas qualquer leitor, livre de preconceito, verá que o batismo infantil estava no ceio do cristianismo mesmo antes de surgir o catolicismo romano. Orígenes foi batizado na infância por volta do ano 185 AD!



A FORMA: IMERSIOLATRIA


Somos tão agredidos pelos nossos irmãos batistas e pentecostais nesse assunto, que em alguns momentos fico pensando se vale a pena ser tão inclusivo e aberto, como é praxe da fé Presbiteriana Brasileira.


Mas pensando sobre a forma do batismo, temos outra coisa a dizer. Primeiro que se o batismo por imersão é tolerado por nós presbiterianos, ele é quase idolatrado nos círculos batistas e por ‘seus filhos’, os pentecostais.


O sermão é o mesmo: ‘Batismo significa imersão!’ Mas o significado etimológico inclui outros sentidos, não só esse. Mas o que nos importa são duas questões:


1) Houve orientação de como devia ser o batismo?

2) O NT usa batismo no sentido de imersão?


Antes de tratarmos essas duas indagações, gostaria de dizer o motivo de postar ‘imersiolatria’. Infelizmente, os batistas afastam da comunhão cristã os que não batizam por imersão (dependendo de qual ‘Convenção’, eles não aceitam nem o batismo de imersão de outra igreja, quer seja batista ou pentecostal!). Os batistas entram em Igrejas Presbiterianas, Metodistas, etc e desfrutam da ‘mesa’ do Senhor desses que eles mesmos não aceitam em sua comunhão. Como se ‘A Mesa’ fosse deles e não do Senhor. Não importa o que tentam minimizar com essa atitude medíocre e exclusivista. Existe aí uma ambivalência, dois pesos e duas medidas. Triste, muito triste.


1) Houve orientação de como devia ser o batismo?


Resposta: Não houve! Na Santa Ceia ‘Cristo tomou o pão, deu graças partiu e disse... Semelhantemente tomou o cálice’, etc... Mas como foi instruído o batismo? O que eu li na Bíblia é que Jesus mandou Batizar assim: ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’ mais nada! – em uma polêmica discussão ainda temos a prática de batizar em Nome de Jesus amplamente, praticado em Atos dos Apóstolos. Em todos esses casos não existe ordem de como batizar, muito menos exemplificado!

ATENÇÃO: Existem mais evidências do batismo infantil, quando se fala de batismo de famílias inteiras, do que a maneira que era realizado o batismo!


2) O NT usa batismo no sentido de imersão?


Pode usar em alguns casos, isso prova que os autores bíblicos usaram o termo batismo tendo em mente o sentido de lavar ou molhar, porém com uma conotação sacramental e não ‘profana’, comum. ‘Você não pode dizer isso sem apoio de um Dicionário linguitico!’ Talvez me questionem. Mas ninguém precisa de dicionários para saber disso. As traduções da Bíblia, cujos tradutores eram e são peritos em línguas originais, são provas à mão. Irei usar uma prova bíblica:


“E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao principio. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados com Espírito Santo.” Atos 11.15,16


Lucas e o apóstolo Pedro não eram batistas. Afinal, como Pedro se lembraria do BATISMO com Espírito Santo quando esse CAIU sobre as pessoas na casa de Cornélio?


Estou usando um texto cujo contexto é o uso da palavra Batismo. Não estou forçando o texto. Ele é simples e conclusivo.


Agora usemos a forma literal, que segundo os batistas existe: ‘Quando caiu o Espírito Santo sobre eles lembrei-me da imersão’. Não é a imersão aqui ilustrada.


AS EVIDÊNCIASHITÓRICAS ANTERIORES AOS (ANA)BATISTAS


Eu estou muito satisfeito com Atos 11.15,16. Mas para corroborar a conclusão (não a evidencia, a Bíblia é suficiente) o Didaquê mostra como o uso da palavra ‘batismo’ não tinha ligação necessariamente e em todos casos com a imersão. Esse documento do início do segundo século (talvez 90 a 110 AD) diz que o batismo poderia ser efetuado por “derramar água na cabeça”!


Existe uma figura do batismo de João no segundo século onde ele batizava derramando água na cabeça de Jesus. Segundo o Rev. Herminsten Maia, esse ‘desenho’ aparecia na primeira edição do Dicionário Davis, quando esse não estava em domínio da Editora Batista Juerp. Depois foi removido! E ainda é interessante o tal Dicionário possui uma nota no verbete ‘Batismo’, rejeitando a conclusão de John Davis o batismo.


‘O BATISMO INFANTIL FARIA UMA GERAÇÃO DE PESSOAS NÃO CRENTES NA IGREJA’


Isso é risível. Quem diria isso aos puritanos? Quem diria isso aos Calvinistas de Genebra? Bem ao contrário, nunca antes na história tivemos tantos ‘batistas’ dentro do cristianismo (inclui-se os pentecostais) e ao mesmo tempo um cristianismo tão medíocre e carnal.


CONCLUSÃO:


Eu concluo essa postagem fazendo uma apologia militante em favor do Batismo Infantil. Que os pastores Reformados, (e apenas os que defendem o Batismo Infantil tem esse direito nato de ser, por isso agente vê por aí ‘spurgionistas de 5 pontos’) preguem mais isso. Ensinem mais isso como requisito de Deus para as famílias cristãs genuínas. Os que não fazem isso estão em desobediência ao pacto do Senhor, quer sejam Batistas ou Pentecostais. Nenhuma família que rejeita o batismo infantil aos filhos está dentro dos padrões divinos da Aliança.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cristo, o bode, azazel, o diabo e os Adventistas do Sétimo Dia

A doutrina de 1844 gerou outra conclusão da obra ‘iniciada’ por Cristo em 1844. Ellen White produziu (ou melhor, codificou de outros) um conceito que os pecados serão lançados finalmente sobre Satanás. Essa interpretação eles tem do bode emissário do Dia da Expiação em Israel. Ellen White ensina isso no livro O Grande Conflito, capítulo 41. Também o livro oficial Nisto Cremos capítulo 23 ensina isso, declarando: 

O exame cuidadoso de Levítico 16 revela que Azazel representa Satanás, e não Cristo, conforme alguns têm imaginado.”

Os adventistas insistem que tal castigo de nossos pecados lançados sobre Satanás não é expiatório, mas punitivo. Isso não muda em nada a questão. Pois foi Cristo que foi punido pelos pecados de Seu povo, somente assim proporcionando a expiação (Is 53.5).
Vejamos as três razões apresentadas pelos eruditos adventistas, intercalando com nossas objeções:

Os argumentos que apóiam esta interpretação, são: “(1) o bode emissário não era morto como sacrifício, e assim não poderia ser usado como um meio para trazer o perdão, uma vez que ‘sem derramamento de sangue, não há remissão’ (Heb. 9:22);

RESPOSTA: Esse bode morreria no deserto, levando a iniqüidade do povo de Deus. A Bíblia diz que o envio para o deserto seria para fazer expiação” (Lv 16.10). O sofrimento no deserto seria uma punição dos pecados do povo do Senhor. Devemos lembrar que Cristo não apenas morreu pelos pecados, mas sofreu a punição de nossos pecados. Os dois bodes foram escolhidos para prefigurar isso. Sofrimento e morte do Senhor Jesus.

Em uma nota o Nisto Cremos faz uma pergunta imprudente: 


Se Azazel representa Satanás, como podem as Escrituras (Lev. 16:10) conectá-lo com a expiação?”

Se a pergunta fosse feita com base na Bíblia, e não apenas em opiniões humanas de teólogos, ou de possível tradução, teríamos a seguinte conclusão: Se tal bode está ligado à expiação, logo ele não é figura do diabo!

(2) o santuário era inteiramente purificado pelo sangue do bode do Senhor antes que o bode emissário fosse introduzido no ritual (Lev. 16:20); 

RESPOSTA: Essa prova é arbitrária. Se é que pelo menos é prova para alguma coisa. Após o envio do bode ao deserto, Arão ainda devia fazer ofertas pelos pecados (veja Lv 16.23,24,25,26). Mas eu acho que isso dito pelos teólogos adventistas é gratuito. Ler o versículo seguinte (16.21) leva a uma cena interessante. O evento não terminou. O sacerdote acabou de matar um dos bodes e agora ele vira-se para o bode vivo e coloca as mãos em sua cabeça e ‘confessa’ os pecados de Israel sobre ele!

(3) a passagem trata o bode emissário como um ser pessoal que é o oposto, e se opõe, a Deus (Lev. 16:8 diz, literalmente: ‘Um para o Senhor, o outro para Azazel’).

RESPOSTA: Isso está acarretando conceitos preconcebidos. ‘SE OPÕE’ a Deus parece ser um exagero. Mas o que o texto está dizendo simplesmente é: um bode será sacrificado e outro será levado para o deserto.
Este último apresenta alguns argumentos que no máximo provariam que Azazel em Levítico 16 trata-se de algum símbolo do mal.

ADVENTISTAS! O texto diz que o bode foi levado ‘para’ Azazel, e não que era Azazel! Veja queos eruditos adventistas, e Ellen White, fazem uma mistura de quem era o bode com para quem era o bode!

Por isso a conclusão do Nisto Cremos é precipitada: 

Portanto, na compreensão da parábola do santuário, é mais coerente ver o bode do Senhor como símbolo de Cristo e o bode emissário – Azazel – como símbolo de Satanás.” 

Um entendimento melhor desse assunto pode ser percebido em Isaias 53.4 onde o profeta revela que o Servo ‘levaria sobre si as nossas dores’. 
Por último, devemos lembrar que a exposição inspirada sobre a expiação é a carta aos Hebreus. Em momento algum o autor da carta sequer insinuou tal conceito sobre a obra de Cristo. Visto que o bode emissário é tão importante no principal dia de expiação de Israel, seria uma omissão muito estranha. O autor dessa carta é o que mais fez uso do VT nos escritos do NT. 
Visto que ali apenas Cristo foi prefigurado, o autor inspirado concentrou-se no único significado do Dia da expiação – A suficiente morte expiatória de Cristo pela igreja!

Esse absurdo doutrinário tem levado alguns críticos a dizerem que os Adventistas consideram o diabo co-redentor! Acredito que seja uma conclusão correta, mas não que seja a intenção Adventista dizer isso, muito menos crer nisso. Mas se essa é uma conclusão inevitável, eles deveriam abandonar essa interpretação. O que jamais farão tendo em vista que tal ensino foi codificado por Ellen White. Infelizmente, o Nisto Cremos chega dizer que tal punição no diabo faz parte da expiação!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Evangelizando as Testemunhas de Jeová – Os ‘ungidos’.

Um breve esclarecimento: As testemunhas de Jeová são governadas por um grupo de homens em sua sede mundial. Esse é chamado de ‘Corpo Governante’. Porém, as pessoas desse ‘Corpo’ são provenientes de uma classe espiritual. Eles são os restantes dos 144.000, chamados de Escravo Fiel e discreto. Termos como ‘ungidos’, ‘Escravo’,  podem ser sinônimos de Corpo Governante. Vamos então prosseguir:
Segundo o Corpo Governante, Jesus é o mediador somente dos 144.000 ungidos. Se você não é dos tais, quem é seu mediador?
Esse assunto para nós protestantes, é um escândalo. Mas para os TJs o foco não é tão sério assim. Em sua maioria, os TJs são pessoas que tem esperança de viver no paraíso na Terra. Para elas, a mediação de Cristo tem haver em levar esses 144.000 para o céu. No entanto, não é apenas isso que a Bíblia diz! A mediação tem haver com a salvação eterna. Para as Testemunhas de Jeová eles serão favorecidos por Jeová para o Novo Mundo porque eles estão na organização do Escravo! A Organização Religiosa da Liderança das Testemunhas de Jeová serve como mediador entre as Testemunhas de Jeová e Cristo. Eles dizem isso! Precisa levar o TJ a pensar que isso é igual o pensamento católico sobre Maria. Pergunte: 
Não estaria o Corpo Governante na suposta autoridade de “escravo fiel”, usurpando o lugar de Jesus?
Fico pensando: ‘Para onde irá as testemunhas de Jeová com ‘esse mediador’?’
Para as Testemunhas de Jeová, os filhos de Deus são apenas o restante ungidos. A maioria dos TJs, são considerados como ‘amigos de Jeová’. Não filhos! Então pergunte:
Romanos 8:14 diz que todos os que são guiados pelo Espírito esses são “filhos de Deus”. Você anda pela “carne”? Somente os 144.000 são filhos de Deus?

Mostre para o TJ que a filiação não é privilégio de um grupo dentro da Igreja de Deus. Na verdade só temos dois grupos, os filhos de Deus e os do diabo. E como sabemos? Pela maneira que vivemos. Se pela carne ou pelo Espírito. São filhos de Deus estes, que andam conforme a adoção divina.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma época em que Os TJs podiam aprovar e decidir receber sangue!

As Testemunhas de Jeová são conhecidas por seu trabalho 'de casa em casa'. Mas o que mais causa polêmicas é a recusa de transfusões de sangue. Na verdade, essa proibição surgiu na Segunda Guerra, ou antes. Porém, a imposição sob ameaça de expulsão, começou apenas na década de 60. Antes disso, as Testemunhas de Jeová eram apenas desestimuladas a receberem sangue. Caso isso continuasse, muitas vidas poderiam ser poupadas. Apresento um trecho de uma revista A Sentinela de 1959, página 255 que diz que uma pessoa que fazia parte ‘dos 144.000 que vão para o céu’, recebeu sangue e não podia ser desassociada. Veja:

[...] nunca se deu instrução às congregações no sentido de desassociarem os que voluntariamente recebem transfusões de sangue ou as aprovam.
Depois os Líderes TJs disseram que Jeová julgará esses transgressores e que tais não deveriam ter responsabilidades no Salão do Reino.
Visto que essa mulher tomava a ‘ceia’, (somente os 144.000 tomam a ceia entre os Testemunhas-de-jeová) a Sentinela concluiu: 

Visto que a pessoa não é desassociada por causa de ter recebido voluntariamente uma transfusão de sangue ou ter aprovado que um ente querido seu aceitasse uma transfusão de sangue, não se tem o direito de excluir essa irmã da celebração da Refeição Noturna do Senhor.
Isso soaria hoje para as Testemunhas de Jeová como uma apostasia diabólica! No entanto, para elas isso é resultado de ‘a luz que clareia mais e mais’...
Por que isso não continuou? Infelizmente, as seitas não conhecem limites. Seus lideres são sedentos por poder. E no caso das Testemunhas de Jeová, cada época que o diabo colocou uma pessoa para governá-las, outras luzes, pisca-pisca, produziam mais mortes e incoerências.
Não muito tempo depois, eles emitiram o juízo: 

Se, no futuro, ele persistir em aceitar transfusões de sangue ou doar sangue [...] deve ser cortado por ser desassociado.” A Sentinela de 1961 página 736.
Nesse momento a Liderança TJ ‘selou’ a vida de muitos com a morte, talvez milhares.
Embora, nos últimos anos essa seita abandonou quase todas as doutrinas que causavam mortes e transtornos.
‘Hoje’, as Testemunhas podem receber transfusões de frações de sangue, transplantes de órgãos, vacinas, contraírem casamento, servir a pátria com serviço militar alternativo.
Quem sabe um dia, essa seita abandone essa ‘doutrina da morte’ e permita seus adeptos a terem o mínimo de liberdade, especialmente crianças.

sábado, 2 de julho de 2011

‘Como Deus pode ser um e ser três?’

Um leitor do blog, defensor de Willian Marrion Branham (WMB), questionou a veracidade da doutrina da trindade com base nessa questão ‘lógica’. (Esse tipo de questionamento também é comum vindo das Testemunhas de Jeová.) Gostaria de oferecer uma resposta a esse questionamento tão antigo, mas tendo em mira a doutrina modalista.

Para receber gratuitamente um estudo completo sobre a Trindade é só deixar seu e-mail no comentário que enviaremos a ‘Teologia Sistemática Trinitariana’, de autoria do irmão Cláudio dos Anjos, integrante do MCA e do blog Aprendei.

Os seguidores de WMB são modalistas, isto é, eles acreditam que Deus não é três pessoas mas, manifestou-se de três modos. Em um dado momento Deus era o Pai, depois ele tornou-se o Filho e por último ele manifestou-se como Espírito Santo. Ilustrando: Um homem é pai, ao mesmo tempo em que é filho e também é um esposo! Ele tem ‘três funções’, mas é uma única pessoa. 

Nossa resposta:

A) A doutrina da Trindade defende que Deus é UM em certo sentido, e é TRÊS em outro sentido diferente. Reconhecemos que o eixo do mistério está nisso: ele é distinto pessoalmente, mas essa distinção não separa sua essência Divina.
‘Não há lógica nisso!’ No entanto, visto que se afirma que Deus é três em um sentido diferente que ele é um, não existe necessariamente contradição

B) Qual evidência bíblica em favor da distinção pessoal e unidade da divindade? Muitas. Vamos nos concentrar em apenas três, visto que essa postagem será a primeira dentre várias.
Lembrando de duas coisas: 1) Que na maioria das vezes a distinção não abrange as três pessoas. 2) E nem sempre as passagens bíblicas que destacam a unidade está preocupada em mostrar a distinção. Desta maneira, é preciso reunir partes da Escritura que tratam desse assunto.

1) João 8.17,18: “Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai que me enviou, também testifica de mim.”
Esse texto esmaga definitivamente a doutrina de WMB. Precisa escrever mais alguma coisa? Se o Pai e o Filho fossem apenas funções da mesma pessoa como haveria, segundo o uso que Cristo fez, duas testemunhas? Será que em um litígio judicial um homem por ser pai e filho poderia ser considerado duas testemunhas?

2) João 1.1: “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus.
Estamos com uma prova clara da distinção pessoal e união da divindade. Ele está com quem? E ele é quem? No original a segunda ocorrência do termo ‘Deus’ não usa o artigo, mas usa mesma palavra para mostrar com QUEM o Verbo estava. O texto reza literalmente assim:

O Verbo estava com O Deus e Deus era o Verbo.

O Verbo é uma pessoa e O Deus com que ele está é outra! Não obstante, o que O Deus é, o Verbo é. Ou seja: Deus!

3) João 16. 13,14: “o Espírito... Ele me glorificará” A distinção entre o Filho e o Espírito aqui é biblicamente estabelecido.
Ele me’... !

Em João 16.16 o Senhor Jesus diz: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador...” A função é uma atividade da pessoa, e ela não existe fora da pessoa, muito menos se relaciona com outra função da e na mesma pessoa. Onde na Bíblia diz que é assim?
Espero que essa postagem possa abrir a oportunidade para nos concentrar mais nesse assunto de suma importância.

TEXTOS QUE ELES USAM

Apresentei algumas passagens bíblicas que destroem o ensino modalista-unicista de WMB. Esperemos as respostas de seus defensores. Gostaria de olhar com mais atenção para duas passagens bíblicas que eles gostam muito de ressaltar. Mas a bem da verdade TODA a Bíblia confirma a Trindade. Veja:

João 10.30: “Eu e o Pai somos Um.” 

Cristo Jesus não está unido com o pai apenas em missão e planos. Existe uma união muito mais envolvida nesse versículo. E o seu argumento anterior corre em direção à conclusão trinitariana. Ou melhor, é o apoio dela. Mas os seguidores de WMB vêem nesse versículo Jesus dizendo:
EU SOU O PAI – Definitivamente não foi isso que Jesus disse, para a tristeza dos modalistas! Cristo disse: EU E O PAI SOMOS...! 

João 14 .7,8: Jesus disse “quem me vê, vê o Pai que me enviou.” O Senhor Jesus é muito mais que um representante de Deus, ele possui a própria Divindade (Cl 2.9). Ele está dizendo que em caráter e em essência ele é a expressão exata de Deus Pai (Hb 1.3). 

Mas sobre João 14.6, já foi dito por alguns que Jesus não disse: ‘Ninguém VAI ao Pai’ e sim ‘Ninguém VEM ao Pai’.

A resposta a isso é simples: Não existe maneira de conhecer a Deus Pai fora de Jesus. Por isso ele disse: eu sou o caminho. O enfoque está em sua exclusividade: ‘Ninguém conhece o Pai se não o Filho e a quem ele quiser revelar. ’ (Mt 11.27). Em João 1.18 nos é dito que ‘o Filho faz a exegese do Pai’.

A união divina é estabelecida e a distinção pessoal preservada.
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sexta-feira, 1 de julho de 2011

'Casal homossexual conversando com o filho'

Não faz muito tempo em que a família tomou novas proporções. O divórcio, a mulher saindo para o trabalho, avós criando netos, etc. Causaram um impacto naquela imagem – de um homem ao lado de uma mulher, atrás de algumas crianças. Mas mesmo nessa nova imagem ‘alterada’, a essência familiar era a mesma. Homem, mulher e filhos (adotados ou gerados).
Visto que agora o Brasil considera o ‘casal’ homossexual com caráter familiar, muitas questões nos circulam e incomodam os que pensam de maneira diferente. E a possibilidade nos vetar o direito de nos expressar contra isso, pode (?) em breve ser aprovado

Gostaria que acompanhasse a conversa fictícia entre um casal homossexual e o filho:

Filho do ‘casal’: Pai, na escola meus colegas tem ‘mães’. Por que eu não tenho?

O pai 1: Filho! De novo essa pergunta... Não fique preocupado filho, as pessoas são diferentes. Acontece que você tem dois ‘pais’ e eles não têm! Além disso, seu ‘pai 2’ é mais que uma mãe para você. Somos a melhor família que você poderia ter.

Filho do ‘casal’: Entendi pai. A diferença é a sua escolha, não a natureza? 

O pai 1: [...] Filho, é a mesma coisa ter dois pais, ou duas mães, ou ter um pai e uma mãe. Você é igual a eles. A diferença é que o pai dele decidiu viver com a mãe dele.

Filho do ‘casal’: Hum... mas pai, que diferença há então entre o pai e a mãe?

O pai 1: Filho, a mãe é algo especial... uma pessoa que agente nunca esquece. Ela gera o filho em seu ventre, amamenta. Ela é especial. Tem algumas que cometem absurdos, mas isso não é a essência da mãe.

Filho do ‘casal’: Pai, eu não tenho uma mãe?

O pai 1: Sim filho. Todos têm uma mãe. Algumas são boas, outras nem tanto. A sua não sabemos quem foi. Ela não pode te criar.

Filho do ‘casal’: Pai, se a sua escolha de se casar com o pai 2, não poderia gerar um filho, nem mesmo permitiria que eu tivesse uma ‘mãe’, isso significa que as pessoas que fazem uma escolha igual a sua, sempre precisarão dos casais ‘normais’ – homem e mulher – para terem filhos?

O pai 1: Sim. Mas nós não somos anormais. Apenas diferentes. E ser diferente não é ser anormal.

Filho do ‘casal’: Então essa escolha não nos permite reproduzir caso eu me tornasse marido de um homem? Sempre eu, e o senhor e o pai 2, precisaremos de [um útero] uma mulher para gerar um filho? 

O pai 1: Filho, eu já te disse que não fique olhando para as demais pessoas que escolheram serem diferentes de nós. É uma escolha delas.

Filho do ‘casal’: Pai, eu tenho feito isso. Mas me parece que essa não é uma simples questão de ‘escolha’, mas sim de natureza. Tanto, que até mesmo ela é capaz de se reproduzir! Mas tudo bem... Pai, gostaria de te pedir para sair esse fim de semana com uma amigo que me convidou para ir em uma igreja protestante.

O pai 1: Filho, quem vai te autorizar isso é o pai 2, eu irei arrumar algumas coisas ali.

O pai 2: Filho, jamais entre em uma igreja cristã. Nós acreditamos em Deus. Mas as igrejas protestantes destroem nossas ‘famílias’. Você quer que nossa família seja destruída?
Filho do ‘casal’: Não pai 2, jamais!!! 

O pai 2: Inclusive filho, essa conversa sua com seu pai 1 me incomodou muito. Esse seu amigo é ‘crente’? Ele anda falando alguma coisa sobre isso que você nos falou?

Filho do ‘casal’: Não... mas pai 2, como é que as igrejas cristãs destruiriam a nossa família?

O pai 2: [...] Eles acham que são os únicos certos. Não respeitam a escolha de outros. Eles nos ofendem dizendo que iremos para o inferno... só por causa da nossa escolha de sermos um casal do mesmo sexo! 

Filho do ‘casal’: Mas pai 2, essa não é uma escolha deles? Criticar os que eles acham que estão errados? 

O pai 2: NEGATIVO!!! Filho, preste atenção, eles não criticam os casais populares, homem e mulher, mas apenas nós! Somos alvo do ódio deles! 

Filho do ‘casal’: Entendi... pai 2. Para eles apenas o que é natural é o certo. Parece-me que eles também dizem que um casal deve ser fiel ao outro... eles também estão errados? Ter um namorado fora do casamento é certo?

O pai 1 entra na conversa: Isso é traição filho! Eu me uni com seu pai 2 pois eu escolhi ele para ser meu companheiro. Não posso amar outro homem além dele.

Filho do ‘casal’: Mas se o pai 2 escolhesse mais um homem para namorar? Nesse caso a igreja cristã serve? Nesse caso ela não destrói?

O pai 1: Filho, vamos mudar de assunto. Tem um ditado que diz que ‘religião não se discuti’. Depois agente conversa sobre isso... agora vamos dormir...

O Filho do ‘casal’ fica pensando na lógica dos ‘pais’. “Como o cristianismo autêntico pode destruir uma família? Se ele prega contra o adultério, contra agressão, contra a fornicação... prega a responsabilidade familiar amorosa...?”

Conversa dos ‘pais’: Pai 2: Teremos que tomar providências contra essa escola!!! Estamos num país laico, como uma escola particular pode permitir esses ‘crentes’ pregar para outros alunos! Pai 1: Amanhã eu irei lá conversar com a diretora, e descobrir quem é esse ‘crentinho’ que está atormentando nosso filho. É um absurdo, em pleno século XXI ainda temos que enfrentar isso.