quarta-feira, 30 de maio de 2012

Evangelizando com As Cinco Doutrinas da Graça...


1º) Olá Lutero, a Bíblia afirma, e temos experiência própria, que somos pecadores, isso significa uma... Depravação Total (ou Incapacidade Total): Tem haver com a abrangência total do pecado no ser do homem. Deixando-nos incapazes de qualquer bem espiritual que nos capacite mover-nos em direção a Deus corretamente para sermos salvos. Não significa que por causa da influência recebida da família, sociedade, educação, etc. não tenhamos nenhum interesse em Deus (veja Rm 1.19; Tt 1.16). Não significa que todos os homens seriam maus quanto poderiam, porém, explica o porquê muitos são tão maus.




2º) Sabe o que Deus decidiu diante dessa situação? ELE mesmo escolheu, ou seja, é uma Eleição Incondicional: Isso diz respeito ao livre e soberano ato de Deus escolher quem quer que Ele deseje escolher. A razão de Deus escolher vários pecadores perdidos está Nele. Não tendo nada em nós que possa fazer com que Deus se sinta atraído, mas unicamente sua graça e misericórdia em Cristo Jesus (veja Ef 1.4,5,6). Não significa que Deus foi parcial pois, ele escolheu pecadores iguais sob a mesma condição. Os homens não eleitos são deixados no estado de pecado que eles mesmos têm anseio e necessidade de viverem assim.




3º) E Lutero, sabe como Deus efetua isso nós? Expressando sua Graça Irresistível (ou vocação eficaz): Todos os eleitos, e os não eleitos, são convidados a ouvirem o evangelho. O convite é aberto a todo aquele que crê. Mas apenas os eleitos o aceitarão honestamente (Mt 7.21). Para eles, em algum momento da vida (somente Deus o sabe), o convite do Evangelho se torna irresistível e eles se renderão, mais cedo ou mais tarde, aos pés do Senhor Jesus sob a poderosa influência do Espírito Santo, revivificando os que estão mortos para ouvirem o Evangelho no coração (veja At 13.48; 16.14). Não significa que o eleito aceitará a mensagem do Evangelho na primeira vez que ouvi-la (veja At 7.59,60;8.1 compare com At 8.4,5,15; Gl 1.15). Nem que o não eleito jamais se interessará pelas bênçãos Evangelho ( Mt 13.18-23).




4º) A única maneira de salvar os perdidos eleitos é com a Expiação Definitiva, ou Limitada: Cristo não morreu sem saber quem iria crer nele. Ele morreu para garantir a salvação dos que iriam crer, ou seja, dos eleitos. Cristo não morreu para garantir ‘vagas’. Ele contemplou pessoas, todos os que fariam parte da Igreja invisível (veja Rm 8.28-30; Gl 1.15 compare com 2.20). Isto não significa que sempre que os termos ‘mundo’,‘todo’ e/ou ‘todos’ apareceriam na Bíblia, precisariam serem identificados como eleitos (veja Jo 3.16-18; Rm 5.8,17,18; II Co 5.14,15).




5º) Então ele assegura isso ao realizar efetuar Preservação dos eleitos, ou Perseverança dos santos: Quando uma pessoa é verdadeiramente salva, justificada, regenerada, ela jamais cairá desse estado permanentemente (veja Jo 6.37; 10.27-29; Fp 1.6; II Ts 3.3; II Tm 1.12; Jd 24). Não significa que ela se entregará ao pecado por causa dessa garantia, aliás, essa atitude talvez seja indício de que ela ainda não nasceu de novo (Rm 8.5). Não significa que Deus não a estimule nem a ordene a viver em perseverança (I Ts 4.7,8; Hb 10.23, 26, 36-39).




Conclusão: Lutero, a Bíblia diz que se você render-se ao Senhorio de Cristo, externamente e internamente, e crer que Ele ressuscitou dentre os mortos, você será salvo (Rm 10.9-13). Não deixe de se confrontar com isso. Se entregue ao Senhor Jesus,continue conhecendo ele por buscá-lo, por meio da Bíblia e da oração.



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Prova de que os Líderes das Testemunhas de Jeová “usaram material apóstata”


A maioria das pessoas não sabem que as Testemunhas de Jeová são proibidas de lerem qualquer livro, site, etc. de cunho crítico e “apóstata”. Sob a ameaça á de expulsão, que no caso delas é o total ostracismo, devem queimar ou jogar no lixo os materiais que recebem:

"Seria muitíssimo perigoso raciocinar que ler tal matéria não o afetará. (1 Cor. 10:12) Nutrir a mente com raciocínios apóstatas pode fazê-lo cair vítima de sérias perguntas ou dúvidas. (Tia. 1:15) Não conclua que tem de ler um livro ou um panfleto cheio de calúnias e de meias-verdades para poder refutar falsas afirmações e ensinos de opositores. Tampouco fique tentado pela curiosidade. Lembre-se dos conselhos que Jeová provou em sua Palavra em Romanos 16:17, 18; 1 Coríntios 5:11 e 2 João 9, 10. Se por curiosidade lesse a literatura apóstata, seria como se convidasse um inimigo da verdadeira adoração à sua casa — um desassociado ou dissociado — para se sentar consigo e expor suas idéias apóstatas. Há apenas um lugar apropriado para tal tipo de matéria — jogue-a fora, no lixo!" - Fonte: Nosso Ministério do Reino 1/87, página 2.
No entanto, o Corpo Governante não "leva" isso a sério, ou seja, eles proíbem os seus seguidores terem tais livros, mas eles mesmos fazem uso dos mesmos ou de casos que se assemelham ao que proíbem. Dois pesos, duas medidas...

Se quiser saber como, e ter provas, leia nesse link AQUI, do site IndiceTJ.

(O texto é de minha autoria com a preciosa ajuda do autor do site.)

terça-feira, 22 de maio de 2012

‘Os TITÃS Adventistas’: Na mira da verdade!


Um adventista comentou aqui no MCA, que teria um programa Adventista que entrevistaria alguns apologistas adventistas de peso, e queria saber se o MCA seria capaz de criticá-los.

Encontrei tempo e assisti três partes do tal programa (AQUI). E quero fazer agora minhas observações, mas antes quero destacar um fato interessante. Um dos apresentadores do programa Na Mira da Verdade, o coadjuvante do Leandro Quadros, o Sr Tito, chamou os convidados de ‘TITÃS’ (uma alusão aos grandes heróis da mitologia grega AQUI). Os Titãs são: Leandro Quadros, Luis Gonçalves, Rodrigo Silva [esse é bom], Ivan Daraiva, Arilton Oliveira e Kléber Gonçalves.

A formação acadêmica de cada um foi destacada pela apresentadora do programa “Todos na Mira da Verdade”. Pois bem, se são Titãs, eu não sei, mas dois assuntos que trataram chamaram-me a atenção... e eu gostaria de entrar nessa brincadeira... quem sabe um ‘Aquiles’ deixou o tornozelo para fora...

1) Somente os adventistas serão salvos?: Quando essa pergunta foi feita, o indagador apresentou o texto de Rm 9.27 onde nos afirma que o ‘remanescente é que será salvo’. Associando a nomenclatura ao que é a Igreja Adventista, a igreja remanescente (para eles, é obvio), surgiu a questão: Apenas os adventistas serão salvos? O Titã mitológico, ‘Quadros’, apresentou a resposta ao ressaltar ‘que o manual da igreja adventista não ensina que apenas os adventistas serão salvos’.

O sentido é propositalmente dúbio. Obviamente o exclusivismo soteriologico é omitido quando os adventistas do markenting da ‘boa vizinhança’, destacam que ‘existem muitos servos filhos de Deus em todas as denominações’. Até dizem que a ‘Irmã White diz que muitos que guardam o domingo serão salvos’!

Não sei se devo acreditar no Titã, mas preciso dizer que isso é uma tapeação barata daquilo que se propõem ser a Igreja Adventista.

É obvio que esses não adventistas que serão salvos, segundo eles, são aqueles que não entenderam a mensagem adventista, nem a ouviram. Mas os que entendem plenamente a mensagem adventista e não se afilia ao uma Igreja Adventista, está na Babilônia (Ap 18.4), sem chances de salvação, caso o tempo da aflição chegue.

E isso é tanto verdade que o outro Titã,  foi um pouco mais incisivo dizendo que ‘as ovelhas que não estão no aprisco, ouvirão a voz e virão para ser um só rebanho’. Esse comentário está em harmonia com o que o Nisto Cremos na página 199 diz:

“... Deus conduz Seu povo da Igreja invisível para uma união com Sua Igreja visível. “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haveráum rebanho e um Pastor” (João 10:16). É somente na Igreja visível que eles poderão experimentar plenamente as verdades de Deus, Seu amor e companheirismo, já que Ele concedeu à Igreja visível os dons espirituais que edificam seus membros coletiva e individualmente (Efés. 4:4-16). Após a conversão de Paulo, Deus o colocou em contato com a Igreja visível e então lhe indicou a missão que deveria desempenhar em favor da Igreja (Atos 9:10-22). Da mesma forma pretende Ele hoje conduzir Seu povo para a Igreja visível, caracterizada pela lealdade aos mandamentos de Deus e pela posse da fé de Jesus,de modo que todos possam participar no término de Sua missão sobre a Terra (Apoc. 14:12; 18:4; Mat. 24:14; veja o capítulo 12 deste livro).

O capítulo 12 do livro ensina sobre ‘O remanescente e sua missão’.


E a Crença Fundamental 13 diz:

“A Igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente crêem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora, a fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Este remanescente anuncia a chegada da hora do Juízo, proclama a salvação por meio de Cristo e prediz a aproximação de Seu segundo advento. Essa proclamação é simbolizada pelos três anjos de Apocalipse 14; coincide com a obra de julgamento no Céu e resulta numa obra de arrependimento e reforma na Terra. Todo crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho mundial.”

E quem é esse remanescente fiel? É A igreja adventista a remanescente por apenas guardar o sábado? NÃO!!! A Crença Fundamental número 18 diz:

“Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. (Joel 2:28 e 29; Atos 2:14-21; Heb. 1:1-3; Apoc. 12-17; 19:10).”

Quando a apresentadora perguntou ‘que história é essa de que apenas os adventistas serão salvos’, como que se fosse uma acusação falsa, poderíamos esperar dos “Titãs” uma defesa mais contundente do que dizer que ‘existem entre os católicos e pentecostais os que serão salvos’... poderiam dizer: ‘Muitos deles serão salvos pois muitos serão adventistas!’

2) ‘A profecia das setentas semanas faz parte de uma profecia maior’: Embora o tema tratou de diversos assuntos, eu vi como os “Titãs” estão bem condicionados ao ‘Espírito de Profecia’ (ainda que sejam inteligentes... mas inteligência não é sinal de Sabedoria Divina, AQUI). Um dos “Titãs” disse que ‘as setenta semanas fazem parte de uma profecia maior, a de Daniel 8.14’.Vamos fazer uma simples leitura dos textos de Daniel, para encontrar se existe mesmo nos 2300 dias as Setenta Semanas . (Na observação abaixo existe outros apontamentos).

A) O início dos períodos: Se você ler Dn 8.8 ao 12 perceberá que o chifre que causa assolação saiu do bode que segundo o profeta inspirado por Deus, era o império Grego, mais especificamente o grande Alexandre: “... o bode peludo é o rei da Grécia...” (Dn 8.21). A história confirma o início do período grego por volta de 330 a. C. O chifre assolador surgiu c. 165, ou seja, Antíoco Epifânio. Comparando com o início das Setenta Semanas, que segundo Dn 9.25 começaria com a ‘saída da palavra para reconstruir Jerusalém’. Essa ordem se deu por volta do ano 445. (Outros defendem c. 455/7, etc.).

Portanto, os 2300 dias estão dentro das Setenta Semanas!

B) O santo dos santos: Outra evidência (poderiam aparecer outras!) é que segundo a IASD, no fim dos 2300 dias-anos, em 1844, Jesus entraria no ‘santuário celestial’, para dar continuidade ao seu trabalho iniciando a segunda fase do seu julgamento. Por isso existe a doutrina do Juízo Investigativo. Mas no fim das setenta semanas, aconteceria o que acaba sendo um descompasso com essa interpretação, impedindo a afirmação que as setentas semanas fazem parte dos 2300 dias, visto o que se fez no fim deste período (70 semanas) esperava-se acontecer no outro (2.300 dias-anos). Leia Dn 9.24: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo."

De maneira simples, os 2300 dias fazem parte das Setenta Semanas e não ao contrário, como querem os Titãs (Veja Nisto Cremos p. 422). Obvio, que o malabarismo com texto bíblicos entra em cena para solucionar, ou melhor, torcer, a evidência (II Pe 3.16).

Um dos Titãs (O MELHOR!) disse que não aceita a interpratação dispensacionalista sobre as Setenta Semanas pois um dos seus 'inventores marcou a volta de Cristo' (Veja aos quatro minutos do segunto vídeo AQUI). Se ele fosse coerente com isso, o que diria de Ellen White e de 1844 !?!?!?

Por enquanto, eu não me impressionei com os Titãs humanos, nem sei se acontecerá... ainda acho que é um mito ou ainda uma ‘história em quadrinhos’.
(Obs: Eu já comentei sobre ‘inversão do tempo dominante’ em uma postagem aqui no MCA e irei reproduzir: “Outro modo adventista de interpretar o número indicado nesse versículo [Dn 8.14] é o bem usado dia-ano para um período profético. Tem-se dito que Ezequiel 4:7 é a base de computar um dia por um ano. Ellen White no livro indica isso como descoberta independente de Miller (O Grande Conflito,1975, p.323). No entanto, isso não é verdade como já foi provado. Mesmo antes do início do século 19 encontra-se ainda essa prática. Em 1796 por George Bell em Londres, no século 12 pelo abade católico Joaquim de Flora, bem como no século 9 por rabinos judaicos. Não se pode negar que a influência desses tenha invadido as aspirações, interpretações e sonhos de Miller. Provavelmente, John Aquila é o pai dos cálculos Adventistas (Crise de Consciência, 2002, p.180,181). Além de Ezequiel 4.7, Ellen White indica Números 14. 34 que trata mais de uma maldição do que períodos proféticos. Concentrando atentamente em Ezequiel, não é dito que essa é uma ‘regra’ e sim que naquele caso, um dia seria, ou representaria, um ano. Não se deve negar, porém, a possibilidade de que em outros casos não se aplica essa regra. Mas por si só, Ezequiel 4:7, não garante que os 2300 dias de Daniel 8.14 sejam anos, ou que devam ser assim interpretados. Piorando ainda mais a interpretação de Ellen White e dos Adventistas atuais, essa passagem demarca, com certa medida de precisão, que os 2300 dias eram dias literais, pois a expressão ‘tardes e manhãs’ tem a intenção de dizer o que? Outro indício que aponta para a conclusão de que se tratava de dias literais de 24 horas é que os sacrifícios eram feitos diariamente e os sacrifícios são parte integrante desse período. Algo que pode contribuir para provar que se trata de dias literais é que um anjo afirma no versículo 26: “A visão da tarde e manhã, que foi dita, é verdadeira: tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias mui distantes.” Observe que o anjo disse se refere 'a dias'. A corrente adventista guardadora do sábado afirma que a expressão ‘tarde e manhã’ em Gênesis confirma que os dias criativos eram dias de 24 horas, mas agora em Daniel 8.14 isso não serve. Por quê? Segundo eles, em Daniel são dias proféticos e em Gênesis não. Uma pergunta pertinente: Dias profetizados são necessariamente dias proféticos? Como os adventistas conseguem diluir essas dificuldades? Ellen White fez com que o período das 70 semanas de Daniel 9 seja misturado com os 2300 dias, como se fossem ligados necessariamente, perfazendo um montante de números proféticos, nos quais as 70 semanas, seriam partes desses 2300 anos. Inclusive é com a declaração de Daniel 9.25 que eles começam a contagem dos 2300 anos, dito por eles, como sendo a profecia de Daniel 8.14. Ellen White faz essa mistura no livro: “Setenta semanas, representando 490 anos[...] devem ser portanto parte dos 2300 dias[...] Declara o anjo datarem as setentas semanas da saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Se se pudesse encontrar a data desta ordem, estaria estabelecido o ponto de partida do grande período dos 2300 dias (O Grande Conflito,1975, p.325). Assim Ellen White faz do período menor de 2300 dias, o maior, e do período dominante, as 70 semanas, o período dominado. Com essa inversão, os leitores fieis dela, alimentam a ideia que os 2300 dias devem ser 2300 anos.” [Para os se interessarem por um estudo extenso sobre 1844, veja a série “A igreja Adventista é uma seita?”, em sete partes aqui no MCA]).




sexta-feira, 18 de maio de 2012

O uso do véu... mais uma vez.

Não existe povo evangélico mais exclusivista do que os membros da CCB [Depois destes apenas os Batistas Fundamentalistas]. Esse exclusivismo tem arrastado essa denominação para a classe de ‘grupo controvertido’ e/ou ‘seita’. Entre os assuntos mais explorados deles é I Co 11. 1-16 rendendo-lhes o apelido de ‘Igreja do Véu’. Mas outros também poderiam ser citados como ‘Igreja do Beijo’, ‘Igreja do Joelho’, ‘Igreja’ do anti-pastor, anti-dízimo, etc, etc.

No entanto, precisamos reconhecer que o assunto do Véu não é apenas uma bandeira deles. Esse assunto ocupa uma parte da Escritura Sagrada de maneira significativa e com uma explicação razoável para reconhecermos que a prática da CCB neste assunto não é errada em si mesmo. Eu tenho dito que esse é o único ponto que a CCB tem razão em praticar, mas não em contrapor com os cristãos protestantes por causa de sugestões viáveis de interpretações.

A esposa de R. C. Sproul usa o véu na igreja, e ele entende que esse é um mandamento litúrgico transcultural.

Mas gostaria de compartilhar algo desse assunto que creio ser interessante para o tema.

Em resumo, alguns dizem, que as prostitutas e as adúlteras da cidade portuária de Corinto, tinham a prática de ter os cabelos curtos ou rapados, isso as identificava para tais serviços imorais. As mulheres de bem cobriam a cabeça e tinham cabelos longos, diferenciando-as.

1º) I Co 10.32,33: Estava ocorrendo em Corinto problemas de comportamento culturais, morais e teológicos que eram perceptíveis. Neste texto percebemos que Paulo também estava preocupado com a fama que a Igreja poderia ter na sociedade em Corinto, tornando-se um ‘tropeço’ para eles. Ao tratar do Véu, não podemos deixar de perceber que ele tinha algo cultural em mira. Não existe uma indicação patente na explicação de Paulo do costume do uso do véu em Corinto. Com essa omissão, a CCB, e outros cristãos tem sugerido que trata-se de um mandamento para a Igreja Cristã em todos lugares e em todas as épocas. A isso devemos declinar diante da força da argumentação. Mas, além do texto já citado quero indicar três em I Co 11 que podem revelar, a intenção cultural do assunto.

2º) I Co 11.3: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.”

O peso da argumentação é o que ele quer ensinar com isto. ‘Entre tantos assuntos’ poderia se o raciocínio de Paulo, ‘o importante é saber que Cristo é...!’ Os meios que levam a isso podem ser culturais, teológicos (?) ou não, mas tudo deve levar a esse fim supremo. O que devemos saber sobre Deus! O véu ensina isto entre vocês, diz Paulo, não há problema em usá-lo. Afinal esta prática demonstra o que Deus quer que saibamos.

3º) I Co 11.13: “... julgai entre vós mesmos...” Pelo visto, o que ele disse, bem como uma reflexão sóbria do assunto, levaria uma resposta, positiva ou negativa, a essa pergunta. Estaria Paulo deixando um terreno teológico para um cultural? Ou estaria ele apenas estimulando um raciocínio com base (na cultura?) na argumentação teológica proposta por ele anteriormente? Ainda que tenha algum fator contextual é impossível escapar da conclusão que, pelo menos para eles, a questão do véu e/ou cabelo, era muito séria.

4º) “Não diz a própria natureza...?”: Aqui entendo que está o cerne de toda questão (Gordon Clark, ao contrário, entende que o verso 16 resolve quase tudo). A ‘natureza’ a que ele se refere não é a concepção universal da questão. Antes, deve ser, a natureza ou concepção que os corintos tinham do assunto. As razões são bíblicas:

A) O Nazireu tinha cabelo cumprido, embora fosse homem.

B) Quando o voto terminava, rapava-se a cabeça. Se a mulher fosse a ‘votante’, ela ficaria com a cabeça rapada!

Isso posto, torna claro que ‘a natureza’ de 1 Co 11 não é a concepção universal do assunto, nem o que Deus considera sobre o assunto.

Por causa disso, entendo, que temos neste texto (V. 14) a explicação viável para a justificativa de não exigir o uso do véu na igreja. (Sei que com isso, não posso argumentar de maneira alguma que um homem não possa ter o cabelo cumprido.)

Veja a opinião do respeitado Gordon Clark: AQUI.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Em resumo, o que é o inferno?

R: Pode-se definir inferno como o lugar de punição consciente e eterna para os ímpios
Nas grandes religiões (Hinduísmo, Islamismo e Budismo) ou cultura, encontram-se versões de inferno.
Os que negam o inferno negam, não por ser irracional, mas por ser extremamente desagradável.
Vamos ver cinco proposições que falam do inferno e depois duas dificuldades:

QUE É O INFERNO?


I) UM LUGAR REAL CRIADO POR DEUS

a) Ideias errada sobre o inferno:
Que é uma metáfora para demonstrar a infelicidade dessa vida;
Jean-Paul Satre disse: “Nada de enxofre ou grelha. O inferno são os outros”. Para ele é a crueldade com os nossos semelhantes;
As pessoas dizem: “Passei por um verdadeiro inferno”. Experiências ruins como sendo inferno;
O inferno é visto como o lado escuro e sombrio da vida, a tristeza e o sofrimento pelo qual o povo passa.

b) Ideias certas sobre o inferno:
É um lugar real;
Não é uma metáfora;
Não é uma descrição de problemas pessoais;
Não é um estado mental;
É um lugar com dimensões espaciais (O rico e o Lázaro)
Deus foi quem criou o inferno, porque foi ele quem criou todas as coisas (Ap.4:11);
Deus o trouxe a existência; foi Sua ordem que preparou o fogo (Mt.25:41).

II) PENAS ETERNAS, TERRRÍVEIS E JUSTAS

O inferno é um lugar de punição.
Podemos identificar três tipos de punição:

A punição corretiva que visa fazer da pessoa uma pessoa melhor (sistema prisional);
A punição preventiva que visa impedir a pessoa de fazer algo errado (pais e filhos);

Essas duas a sociedade atual está disposta a aceitar e até mesmo a usar em determinados casos.

A punição retributiva que é uma punição infligida simplesmente como recompensa pelo mal praticado, por ser justo que os malfeitores sofram, punição que assinala a aversão pelo erro e o compromisso com o que é certo.

É considerada bárbara e imoral;
Não parece coisa de pessoas civilizadas;
É perturbadora;
É assustadora.

Talvez o desejo em seus corações seja que uma vez abolindo esse tipo de punição de nossas mentes, Deus também irá abolir.

O inferno não visa corrigir e nem prevenir as pessoas. Somente puni-las por seus pecados. Cada um segundo as suas obras, uns mais e outros menos (Lc.12:47,48; Mt.11:21-24).

A pena é maior para aqueles que nasceram em lar cristão e não assumem um compromisso real com Cristo.

A Bíblia não nos diz como será essa pena, mas a fato é que será justa.

O inferno é um lugar terrível: pranto e ranger de dentes (Mt.8:12); verme não morre e fogo não se apaga (Mc.9:44).

Quem estiver no inferno sofrerá:

Ap. 14:10,11 […] beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.  11 A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, […]


A punição é eterna, o fogo é eterno (2Ts.1:9; Mt.25:41,46; Jd.6,13);

A comparação é simples: assim como as alegrias do céu são eternas, os sofrimentos e tristezas do inferno serão eternas.



III) O INFERNO FOI FEITO PARA O DIABO, SEUS ANJOS E OS NÃO SALVOS.


O diabo estará no inferno (Ap.20:10);
Seus anjos também (Mt.25:41);
Para os não salvos (Ap.21:8; 2Ts1:7,8)

Ap. 21:8 [...] aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.


Essas pessoas são as declaradamente ímpias

2 Ts 1:7-8 […] quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,  8 em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.


Essas pessoas são consideradas pessoas “boas”, “íntegras”, “decentes”, mas que não creram em Cristo ou obedeceram os seus mandamentos.


Não podemos esquecer: Só são livres do inferno aqueles que creem em Cristo.

Jo 5:24:  Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.




IV) O DESTINO IRREVOGÁVEL DE QUEM MORRE INCRÉDULO


Na volta de Cristo, os corpos serão ressuscitados e as almas se unirão a eles novamente, mas as almas já estavam no céu ou no inferno; (Fp.1:23; Lc.23:43)
O rico e o Lázaro nos mostram que o corpo do rico está na sepultura, mas sua alma está agonizando no inferno. Ele está consciente de tudo que está acontecendo.

2 Pe 2:9,10  […] o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo,  10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores,


Não há uma segunda chance;
Não há esperança futura para os que estão no inferno;
Não adiante orar pelos mortos, eles estão longe do alcance de nossas orações;
Nem mesmo Deus os ajudará.

É por isso que o Evangelho é tão urgente.

V) O INFERNO É GOVERNADO POR DEUS E EXISTE PARA A SUA GLÓRIA



O inferno é governado por Deus;
Só Ele pode mandar para o inferno (Lc.12:5);
Ele mesmo preparou o inferno (Mt.25:41);
Ele está presente no inferno em ira e juízo (Ap.14:10);
O inferno não é governado pelo diabo. Ele é atormentado como todos os outros que estão lá;
O inferno existe para a Glória de Deus.


Entendendo tudo isso, não temos porque não falar do inferno.

Um dia chegará o grande Dia e o julgamento acontecerá a todos:

Ap. 11:17-18  […] Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.  18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.

DUAS DIFICULDADES:

I) O INFERNO É DESPROPORCIONALMENTE SEVERO?


a) Acaso os sofrimentos do inferno, tanto em sua duração quanto em sua severidade, não são desproporcionais as ofensas? 
Não temos condições de avaliar o grau de ofensa de um pecado;
Não podemos avaliar o quão terrível é para Deus um ato de desobediência;
Não sabemos quanta culpa existe nessa desobediência;
Ex: aborto – homossexualismo - cigarro
Ex: verme – gato e criança, cortados.
Ex: pecado – Deus, muito mais grave.

b) Será justo que os seres humanos sejam punidos por seus pecados tão terrivelmente e para todo sempre?
A argumentação é que o pecado não levou mais que horas, dias ou anos e porque a punição deve ser eterna?

A lógica é falha;
Ex: matar alguém, alguns segundos – fraudar por dez anos.
A punição é eterna porque a falta foi contra um Deus que é eterno.
Além do mais quem está no inferno, continua desagradando a Deus e pecando contra Ele eternamente.

II) MAS DEUS É AMOR. NÃO SERIA O INFERNO CONTRÁRIO AO CARÁCTER DE DEUS?

Mq.7:18 diz que Deus “ [...] tem prazer na misericórdia.”.

Como Ele pode suportara ver algumas de suas criaturas indo para o inferno?

Deus também disse em Rm. 9:15  "Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.”


Deus é de fato amor, mas também é justiça e santidade;
Por isso Ele não se relaciona com o pecado;
Deus odeia o pecado;
Ex: pessoa que por ser amiga tira o criminoso da cadeia.
Que tipo de Deus trataria o bem e o mal da mesma forma?
Deus é santo em Seu amor e Sua bondade não é ameaçada pela Sua justiça.
Se Deus fosse obrigado a perdoar a todo mundo, a salvação seria obrigatória e um direito de todos e Jo. 3:16, não faria sentido nenhum.
A cruz é a maior prova de amor que Deus poderia dar aos homens.
À luz da cruz, quem pode dizer que Deus não ama?

(Autor: Cristiano Mello)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Tradução do Novo Mundo


Tradução do Novo Mundo e os Seus Críticos

Ian Croft

Na revista Awake! de 22 de Março de 1987 aparece um artigo escrito por Nicholas Kip, que tem sido um conferencista de Grego desde a década de 1960, e que parece ter-se tornado numa Testemunha de Jeová porque descobriu que a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] concorda com muitas das suas opiniões acerca do Grego do Novo Testamento.1
Kip faz parte do que pode ser descrito como "a nova vaga de Apologistas das Testemunhas de Jeová," um número crescente de Testemunhas de Jeová que estão a tornar-se competentes em línguas bíblicas, e aptos a debater as suas crenças à maneira dos eruditos. Os comentários de Kip acerca da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] são os seguintes:
"Visto que não aprendi Grego de um teólogo que ensina o Grego do Novo Testamento, sou provavelmente muito mais objectivo acerca desta língua. Eu podia assim encarar as palavras com um olhar fresco, livre das noções doutrinais tradicionais... A qualidade da exegese Grega na The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures [Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas], contudo, é muito boa... Penso que é uma das maiores jóias subavaliadas das publicações da Watchtower Society [Sociedade Torre de Vigia]."2
Junto do artigo de Kip, aparece uma lista de comentários feitos por "peritos Gregos" acerca da New World Translation of the Christian Greek Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs]. (A The Kingdom Interlinear Translation [Tradução Interlinear do Reino] é uma versão interlinear da New World Translation [Tradução do Novo Mundo].)3
Cada um dos comentários será tratado separadamente.
1. Edgar J. Goodspeed, tradutor do Novo Testamento Grego em An American Translation. (Carta, supostamente dirigida à Sede da Watchtower Society, datada de 8 de Dezembro de 1950).
"Estou interessado no trabalho missionário da vossa gente, e no seu alcance mundial, e muito satisfeito com a tradução livre, franca e vigorosa. Dá mostras de uma vasta quantidade de estudo sólido e sério, conforme posso testemunhar."
Bill Cetnar, que trabalhava em Betel (Sede da Watchtower Society, em Nova Iorque) durante o período em que a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] estava a ser preparada, foi enviado para entrevistar o Dr. Goodspeed em Março de 1954, para obter os seus comentários acerca do primeiro volume da New World Translation of the Hebrew Greek Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs]. Cetnar escreve:
"Durante a entrevista com ele, que durou duas horas, tornou-se óbvio que ele conhecia bem o volume, pois era capaz de citar as páginas onde estavam as passagens em relação às quais ele tinha objecções. Uma das passagens que ele apontou como sendo especialmente desastrada e gramaticamente pobre foi Juizes 14:3, onde são postas estas palavras na boca de Salomão: 'Her get for me...' ['Ela obtém-na para mim'] Quando já estava de saída, perguntei ao Dr. Goodspeed se ele recomendaria a tradução para o público em geral. Ele respondeu, 'Não, receio não o poder fazer. A GRAMÁTICA É LAMENTÁVEL. Tenham cuidado com a gramática. Certifiquem-se de corrigir isso."4 (ênfase acrescentada)
É claro que o Dr. Goodspeed não estava aqui a falar acerca das Escrituras Gregas (Novo Testamento), mas sim acerca das Escrituras Hebraicas (Velho Testamento) e os seus comentários favoráveis citados anteriormente referiam-se às Escrituras Gregas.
É interessante notar, contudo, que os comentários do Dr. Goodspeed foram feitos em 1950, mas são conspícuos pela sua ausência nos registos mais antigos de citações da Watchtower. Por exemplo, não aparecem no artigo que trata deste assunto no livro da Watchtower intitulado All Scripture Is Inspired Of God And Beneficial [Toda a Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa], publicado em 1963.5
2. Alexander Thomson, descrito como um "perito em Hebraico e Grego," que escreveu no The Differentiator, Abril de 1952, pp. 52-57.
"A tradução é evidentemente o trabalho de peritos hábeis e espertos, que procuraram extrair do verdadeiro significado do texto Grego tanto quanto a língua Inglesa é capaz de expressar."
Enquanto os comentários de Goodspeed são notáveis pela sua ausência no artigo do livro All Scripture Is Inspired Of God And Beneficial [Toda a Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa], é digno de nota que Thomson é o único crítico cujos comentários aparecem nesse livro. Desta vez, porém, ele está a fazer uma apreciação do mesmo volume que recebeu comentários desfavoráveis do Dr. Goodspeed. Em vista disto, os comentários de Thomson são interessantes e reveladores:
"Traduções originais das Escrituras Hebraicas para o Inglês são muito raras. Por essa razão dá-nos muita satisfação receber a primeira parte da New World Translation [Tradução do Novo Mundo], de Génesis a Rute. É evidente que esta versão fez um esforço especial para que fosse perfeitamente possível lê-la. Ninguém pode dizer que é deficiente na sua frescura e originalidade. A terminologia não é de modo nenhum baseada na terminologia de versões anteriores."6
Num sentido técnico, o comentário de Thomson tornaria a tradução numa "fraude pseudo-histórica." Os textos Gregos que formam a base de todas as traduções competentes estão na categoria "versões anteriores." Para sermos justos com Thomson, contudo, estamos certos de que ele se referia a versões Inglesas anteriores. Num número posterior da sua revista (Junho de 1959), Thomson declarou:
"Embora em três ocasiões eu tenha submetido ao The Differentiator pequenas recensões críticas de partes da versão New World da Bíblia, não deve ser subentendido que concordo com os ensinos das assim chamadas 'Testemunhas de Jeová.' Globalmente, a versão é bastante boa, embora a tenham enchido de muitas palavras Inglesas que não têm equivalente no Grego ou Hebraico."7
Thomson era co-editor da revista intitulada The Differentiator. A revista já não é publicada, mas tinha uma periodicidade bimensal, e tinha uma circulação muito reduzida. Segundo o seu co-editor, Thomson "nem sequer estudou formalmente Grego ou Hebraico em nenhuma escola." Ele não era um perito em Hebreu ou Grego, como tinham pretendido as Testemunhas de Jeová. "Thomson era empregado num banco na Escócia e não acreditava que Jesus fosse Deus."8 Ele era um Universal Restitutionist, isto é, ele acreditava que todos os homens seriam salvos, independentemente daquilo em que acreditavam e do seu grau de envolvimento com Deus.
Em vista disto, dois pontos parecem relevantes:
a) Aparentemente, os comentários de Thomson basearam-se no texto Inglês da New World Translation [Tradução do Novo Mundo], pois ele não tinha competência para comentar a tradução propriamente dita.
b) Não lhes parece que a opinião de um educador profissional e erudito bíblico quanto à qualidade da gramática da Bíblia tem mais valor do que a opinião de um funcionário bancário que não é um perito em línguas?
3. Robert M. McCoy, que escreveu no Andover Newton Quarterly em Janeiro de 1963.
"A Tradução do Novo Testamento é evidência da presença no movimento de peritos qualificados para lidar de forma inteligente com os muitos problemas da tradução bíblica."
O parágrafo completo de onde esta citação foi tirada diz isto:
"A Tradução do Novo Testamento é evidência da presença no movimento de peritos qualificados para lidar de forma inteligente com os muitos problemas da tradução bíblica. Esta tradução, conforme J. Carter Swain observa, tem as suas peculiaridades e as suas excelências. Em conclusão, parece que é actual uma reconsideração do desafio deste movimento às igrejas históricas."9
A opinião de McCoy acerca da tradução e até das Testemunhas de Jeová é muito favorável; contudo, ele não lhes dá a sua aprovação total. Ele critica vários pontos na tradução:
a) Ao discutir a tradução de Mateus 5:9, ele diz, "Poder-se-ia questionar porque é que os tradutores não seguiram mais de perto o significado original, como fazem a maioria dos tradutores."10 (ênfase acrescentada)
b) A respeito da alegação dos tradutores de terem evitado "a influência enganadora de tradições religiosas que têm as suas origens no paganismo," ou seja, procuraram evitar preconceitos doutrinais que acham serem evidentes noutras traduções, McCoy escreve, "Não são poucas as passagens da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] que têm de ser consideradas 'traduções teológicas.' Este facto é especialmente evidente naquelas passagens que expressam ou deixam implícita a divindade de Cristo."11 Como exemplo, ele menciona a tradução "I have been" ["Tenho sido"] em João 8:58, indicando que "do ponto de vista gramatical, não existe justificação para a tradução" e ele também mostra que o contexto desautoriza a visão "anti-divindade" [de Cristo] que essa tradução introduz.12
O Sr. McCoy, à data da escrita da sua recensão crítica, era graduado pelo Andover Newton Seminary (associado com a Baptist Church [Igreja Baptista] e United Churches of Christ [Igrejas Unidas de Cristo]) sendo possuidor dos graus de Bachelor of Divinity (1955) pela Boston University School of Theology e Master of Sacred Theology pela Andover Newton. Ele não é um "reconhecido" perito Grego.
4. S. MacLean Gilmour, no Andover Newton Quarterly, Setembro de 1966.
"A tradução do Novo Testamento foi feita por um comité cujos membros nunca foram conhecidos - um comité que possui uma competência em Grego que é pouco usual."
A citação completa no original é assim:
"Em 1950 as Testemunhas de Jeová publicaram a sua New World Translation of the New Testament [Tradução do Novo Mundo do Novo Testamento], e a preparação do New World Old Testament está agora bem avançada. A tradução New Testament foi feita por um comité cujos membros nunca foram conhecidos - um comité que possui uma competência em Grego que é pouco usual e que se baseou no texto Grego de Westcott e Hort para fazer a sua tradução. É claro que muitas considerações doutrinais influenciaram em muitos sítios a tradução, mas o trabalho não é uma fraude de excêntricos ou pseudo-histórica."13
Os comentários do Dr. Gilmour podem ser encontrados num artigo intitulado "The Use And Misuse of the Book of Revelation" ["O Uso e o Abuso do Livro de Revelação"]. Não se pense que o Dr. Gilmour vê com simpatia a religião das Testemunhas de Jeová. A razão porque ele se lhes refere é obvia na citação seguinte (o artigo é o texto de uma conferência dada pelo Dr. Gilmour em 1966):
"Mais adiante nesta palestra falarei do abuso do Livro de Revelação por seitas milenaristas ao longo dos séculos, e em particular pelas Testemunhas de Jeová durante os últimos cem anos."14
O Dr. Gilmour era Norris Professor of New Testament no Andover Newton Seminary, editor do Andover Newton Quarterly e autor de um comentário acerca do Livro de Revelação.
Com o devido respeito que o Dr. Gilmour merece, as declarações dele a respeito da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] são incorrectas.
As Testemunhas de Jeová não publicaram, nem em 1950 nem em qualquer outra altura, um livro intitulado New World Translation Of The New Testament. Em vez disso, publicaram um livro intitulado New World Translation Of The Christian Greek Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs]. Talvez o Dr. Gilmour simplesmente não tenha notado que o nome era pouco usual.
Um erro mais sério, contudo, é a afirmação de que "O New World Old Testament [Velho Testamento do Novo Mundo] está agora bem avançado." Conforme foi dito anteriormente, ele escreveu aquele artigo em 1966. Na verdade, a New World Translation Of The Hebrew Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas] foi publicada em cinco volumes entre 1953 e 1960. Foi terminada uns seis anos antes de o Dr. Gilmour ter feito aquelas declarações. De facto, uma edição de toda a Bíblia num só volume foi publicada em 1961. O Dr. Gilmour podia ter verificado isto facilmente, bastava pegar numa cópia dessa tradução, o que nos faz pensar se ele de facto alguma vez viu uma cópia.
Uma nota de fim de página no artigo dele mostra que a informação a respeito da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] veio do artigo de McCoy anteriormente citado. O artigo de Gilmour não tem nenhuma citação da New World Translation [Tradução do Novo Mundo]; esta nem sequer esta é mencionada na Bibliografia. O único livro que é ali mencionado a respeito das Testemunhas de Jeová é The Challenge of the Sects [O Desafio das Seitas] de Horton Davies, a respeito do qual o Dr. Gilmour diz que "Está muito preocupado em atacar as crenças da seita."15
Se o Dr. Gilmour nem sequer viu uma cópia da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] não está em posição que lhe permita fazer um juízo de valor acerca dela. O artigo não dá mostras de ele ter lido essa tradução, sendo o comentário acima citado o único que ele faz acerca da tradução. Os comentários dele são baseados na recensão crítica feita por outra pessoa, e não há indício nenhum que indique ter o Dr. Gilmour usado os seus conhecimentos de Grego para fundamentar a sua declaração.
Resumindo, o Dr. Gilmour não merece ser citado em apoio de um livro que
(a) ele parece não ter lido;
(b) ele não consegue dizer correctamente o título e
(c) ele não sabe que foi acabado uns seis anos antes.
Terem as Testemunhas de Jeová usado o comentário dele neste contexto revela desonestidade.
5. Thomas N. Winter, no The Classical Journal, Abril-Maio, 1974.
"Esta não é uma interlinear qualquer: a integridade do texto é preservada e o Inglês que aparece por baixo é simplesmente o significado básico da palavra Grega... Depois de examinar uma cópia, forneci-a como texto auxiliar a vários estudantes de Grego do segundo ano... A tradução feita pelo comité anónimo é completamente actualizada e consistentemente exacta... Em suma, quando uma Testemunha vem à porta, o clássico, o estudante de Grego e igualmente o estudante da Bíblia faria bem em recebê-lo e encomendar um exemplar."
Infelizmente, uma cópia do The Classical Journal no qual este comentário apareceu não está disponível e não se podem fazer nenhuns comentários acerca dele. Só é incluído aqui para que não sejamos acusados de não ter mostrado toda a evidência. A única informação a respeito do escritor da citação é que ele é "da Universidade do Nebraska."

Será Que Eles São Peritos Bíblicos?

Três das citações acima mencionadas referem as qualificações académicas dos tradutores. Conforme diz o Dr. Gilmour, o comité de tradução da Watchtower nunca revelou a sua composição. Segundo o livro Jehovah's Witnesses In The Divine Purpose [As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino], "o único pedido do comité de tradução foi que os seus membros permanecessem anónimos mesmo depois da sua morte."16 Quando interrogado num tribunal da Escócia acerca da razão para este anonimato, Frederick Franz, então Vice Presidente do movimento Testemunhas de Jeová, declarou:
"Porque o comité de tradução queria permanecer anónimo e não procurava honra e glória ao fazer uma tradução, nem queria ter nenhuns nomes associados à tradução."
O advogado que tinha feito a pergunta comentou:
"Escritores de livros e tradutores nem sempre recebem glória e honra pelos seus esforços, não lhe parece?"17
Embora se tenha dito muito acerca da pretensão dos tradutores ao anonimato, trabalhadores da Sede em Betel estavam a par do que se passava, e os tradutores não fizeram nenhuma tentativa de manterem o anonimato durante o período em que a tradução foi feita. Segundo Bill Cetnar, que estava lá durante esse tempo, os cinco membros conhecidos do comité foram: Nathan H. Knorr, na altura Presidente da Watchtower Bible and Tract Society; Frederick W. Franz; Albert D. Schroeder; George Gangas e Milton Henschel. Todos os cinco têm sido membros do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová. Destes homens, diz-se que apenas Franz teve uma educação Universitária, e mesmo ele desistiu depois do segundo ano.Nenhum deles era um perito qualificado em línguas bíblicas.18
Embora Franz tenha dito sob juramento que era capaz de ler tanto Hebreu como Grego, quando lhe pediram, não conseguiu traduzir do Hebreu uma passagem que peritos disseram não apresentar nenhuma dificuldade para um estudante de Hebreu do segundo ano.19
Que o comité fez um trabalho genericamente competente na tradução, à parte a inadequação de alguns aspectos gramaticais e a introdução de preconceitos teológicos, parece ser devido, não ao conhecimento que o comité tinha das línguas originais, mas ao inquestionavelmente alto nível de pesquisa feito nas várias ferramentas de tradução disponíveis.
Devido ao seu pretenso anonimato, o comité não está em condições de revelar a forma como fez o trabalho, nem pode responder aos muitos indivíduos que os criticam. Os factos são estes: por cada citação que o comité consegue encontrar em seu apoio, (por exemplo, deste artigo, eles podiam extrair estes comentários "favoráveis": "...o comité fez um trabalho genericamente competente na tradução... devido... ao inquestionavelmente alto nível de pesquisa") existem dezenas que não são favoráveis.

Os Críticos Dão a Sua Opinião

O que é que os críticos têm a dizer a respeito da New World Translation of the Holy Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas] ?
Edmund C. Gruss, Professor de História e Apologética no Los Angeles Baptist College, critica cinco aspectos principais da tradução:
(1) O uso de paráfrases, em contradição com o propósito anunciado dos tradutores;
(2) A inserção injustificada de palavras que não se encontram no Grego. Alexander Thomson faz um comentário similar numa declaração citada acima.
(3) Tradução errada de palavras Gregas.
(4) Notas de fim de página e apêndice enganadores.
(5) Uso e abuso de maiúsculas ao tratar do nome divino. (Para detalhes acerca das críticas, veja a nota 20.)
Gruss conclui que a New World Translation Of The Christian Greek Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs], "embora à primeira vista pareça um trabalho de peritos, em muitos aspectos é exactamente o contrário. A intenção é trazer os erros das Testemunhas para a Palavra de Deus. Esta tradução não tem nenhuma autoridade, excepto para os que a fizeram e para os seus fiéis seguidores, e deve ser rejeitada como uma perversão da Palavra de Deus."21
Ray C. Stedman, autor internacionalmente conhecido, docente da Bíblia, pastor, evangelista.
"Um exame detido, que vá além da aparência superficial de exegese, revela uma verdadeira trapalhada de fanatismo, preconceito e predisposição tendenciosa que viola todas as regras de criticismo bíblico e todos os padrões de integridade académica."22
Walter Martin e Norman Klann (O falecido Dr. Martin era um destacado apologista Cristão, conhecido internacionalmente pelos seus estudos acerca das Testemunhas de Jeová e outros grupos.)
"Uma vez que se veja que as Testemunhas de Jeová só estão interessadas no que conseguem fazer as escrituras dizer, e não no que o Espírito Santo já revelou perfeitamente, o estudante cuidadoso rejeitará inteiramente as Testemunhas de Jeová e a tradução da Watchtower."23
Estes autores afirmam que a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] não tem exegese digna do nome e, de facto, reflecte desonestidade.
Anthony Hoekema:
"A New World Translation [Tradução do Novo Mundo] da Bíblia não é de modo nenhum uma tradução objectiva do texto sagrado para Inglês moderno, mas é em vez disso uma tradução tendenciosa na qual muitos dos ensinos peculiares da Watchtower Society são introduzidos sorrateiramente no texto da própria Bíblia."24
O Dr. Hoekma foi Professor of Systematic Theology, Calvin Theological Seminary, Grand Rapids, E.U.A., e autor de um dos mais respeitados trabalhos de referência acerca das Testemunhas de Jeová.
F. F. Bruce, Professor of Biblical Criticism and Exegesis Emeritus, University of Manchester, Inglaterra. Ele é um exegeta bíblico de renome mundial que fez a sua própria tradução do Novo Testamento e vários trabalhos académicos acerca de temas do Novo Testamento. As Testemunhas de Jeová citaram-no como uma autoridade no Novo Testamento em várias ocasiões.
"Algumas das passagens traduzidas reflectem as interpretações bíblicas que nos habituámos a associar com as Testemunhas de Jeová... Algumas das passagens que estão livres de tendências teológicas parecem bastante boas..."25
Bruce M. Metzger, Professor de Língua e Literatura do Novo Testamento no Princeton Theological Seminary, uma das maiores autoridades no mundo inteiro na língua Grega e reconhecido como tal pelas Testemunhas de Jeová, que o citam por vezes de modo favorável. Escreveu em 1950 um artigo apontando os erros em muitas passagens relativas a Cristo na New World Translation of the Christian Greek Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs].26
H. H. Rowley, um eminente perito Inglês do Velho Testamento, escreveu a respeito do primeiro volume da New World Translation of the Hebrew Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas]. Os comentários dele devem ser contrastados com os do Dr. Goodspeed, citados atrás:
"A tradução é marcada por um literalismo empedernido que só vai exasperar qualquer leitor inteligente - se é que algum dos seus leitores é inteligente - e em vez de mostrar a reverência que os tradutores dizem ter pela Bíblia, é um insulto à palavra de Deus... este volume é um exemplo brilhante de como a Bíblia não deve ser traduzida."27
Os comentários acima são apenas uma amostra dos muitos que têm sido feitos ao longo dos anos. Existem muitos outros criticando pontos específicos da tradução e especialmente a frase "...e a palavra era um deus" que aparece em João 1:1 na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs. Considerações de espaço impedem-nos de os incluir neste artigo.

A Exegese da Watchtower Continua Sem Apoio

No início deste artigo mencionou-se Nicholas Kip. A sinceridade e a fé dele na religião das Testemunhas de Jeová não estão em questão, nem a opinião firmemente estabelecida que ele tem a respeito da qualidade do trabalho de tradução na New World Translation of the Holy Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas]. Ele tem direito à sua opinião.

Contudo, outros têm expresso opiniões que estão em forte desacordo com a do Sr. Kip, e como perito ele faria bem em considerar estas opiniões. Provou-se que o apoio que a revista Awake![Despertai!] dá à posição dele não é de maneira nenhuma tão forte como a revista (e presumivelmente, por implicação, o Sr. Kip) gostariam que o leitor acreditasse. De facto, a quantidade de opiniões de peritos contra a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] parece ultrapassar em muito as que a apoiam.

Poucos peritos, Cristãos ou outros, pensam que podem condenar a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] de qualquer maneira. As dificuldades deles não estão relacionadas com a sinceridade do comité de tradução, mas sim com certos aspectos da gramática usada e com o carácter teologicamente tendencioso presente no trabalho. Isto é particularmente evidente nas passagens Cristológicas (i.e., que envolvem a pessoa de Cristo). É por esta razão que os comentários a respeito do Velho Testamento (ou Escrituras Hebraicas) estão limitados quase inteiramente à qualidade da gramática.

O que acontece é que peritos, tanto Cristãos como não-Cristãos, têm atacado fortemente a exegese da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] quando esta pretende impingir uma determinada posição teológica, pois essa exegese tem influenciado as vidas de milhões de pessoas em todo o mundo.

As Testemunhas de Jeová que se preocupam com a sua vida eterna e com a dos outros, e que desejam adorar o Deus vivo e verdadeiro tal como Ele é revelado nas páginas da Sua Palavra, darão consideração a estes factos, e perguntarão a si mesmas porque é que a Watchtower Bible and Tract Society precisa de apresentar na sua literatura citações em apoio da exegese dos seus escritores, quando já se provou há muito tempo que esse "apoio" não é tão fiável nem tão decisivo como se julgava. Porque é que se invocou em apoio da tradução da Bíblia da Sociedade um perito que não leu o livro, não sabia correctamente o nome e nem sequer sabia que o trabalho de tradução tinha sido completo uns seis anos antes de ele ter feito os seus comentários incorrectos?

A resposta é simples. É porque não conseguiram encontrar um apoio mais forte!
Este é apenas um exemplo dos muitos erros na exegese das Testemunhas de Jeová. Pode-se provar que a organização Watchtower está construída sobre uma base sem consistência, que pode sofrer o colapso a qualquer momento. A evidência requer que a fé das Testemunhas de Jeová seja questionada.
É ou não possível que os peritos que constituem a vasta maioria dos que comentaram a tradução estejam correctos, e Kip (e talvez Winter, se ele for tão útil para as Testemunhas de Jeová como elas parecem supor) esteja errado?

Notas

1 Kip, N., "How Knowing Greek Led Me To Know God," Awake! Mar. 22, 1987, 10-14.
2 Kip, 13.
3 Kip, 15.
4 Cetnar, W.I. & J., Questions For Jehovah's Witnesses Who Love The Truth (Kunkletown, Pennsylvania: W.I. Cetnar, 1983) 64.
5 All Scripture Is Inspired Of God And Beneficial [Toda a Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa] (New York: Watchtower Bible and Tract Society of New York, 1963) 319-326.
6 All Scripture... , 325.
7 Thomson, A., The Differentiator 21:98, Junho, 1959.
8 Cetnar, 53.
9 McCoy, R.M., "Jehovah's Witnesses And Their New Testament," Andover Newton Quarterly, Jan. 1963, 31
A referência a J. Carter Swain pode ser encontrada na p. 40 do seu livro Right And Wrong Ways To Use The Bible (Philadelphia: The Westminster Press, 1963).
10 McCoy, 24.
11 McCoy, 29.
12 McCoy, 29.
13 Gilmour, S.M., "The Use And Abuse Of The Book Of Revelation," Andover Newton Quarterly, Setembro, 1966, 26.
14 Gilmour, 26.
15 Gilmour, 27.
16 Jehovah's Witnesses In The Divine Purpose [As Testemunhas de Jeová no propósito Divino] (New York: Watchtower Bible And Tract Society Of New York, 1959) 258.
17 "Pursuers Proof of Douglas Walsh vs The Right Honourable James Latham, M.P., P.C., Scottish Court of Sessions, Nov. 1954, p. 92" conforme citado em Cetnar, 64.
18 Cetnar, 64.
19 Cetnar, 65.
20 Gruss, E.C., Apostles of Denial (Phillipsburg: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1970) 200 e seguintes. Entre as descobertas por Gruss, estão: (conforme detalhado no texto)
(1) Embora os tradutores afirmem dar uma tradução tão literal quanto possível, usam frequentemente paráfrases para evitar qualquer possibilidade de apoio da divindade de Cristo. Por exemplo, em João 1:1-15, a palavra en é traduzida "in" ("em") em algumas partes e "in union with" ("em união com") nas restantes. Esta última forma de traduzir é uma paráfrase.
(2) Em Col. 1:16, 17 a palavra "other" ("outras") é inserida, embora não exista no texto Grego. Isto acontece quatro vezes nestes dois versículos. Existem situações similares em outros versículos.
(3) Embora os tradutores digam que usam os significados literais das palavras, por vezes não traduzem de acordo com o significado que certas palavras tinham no primeiro século. Por exemplo, em Mateus 25:46 traduzem a palavra kolasis como "arrancar," enquanto em todas as 107 ocorrências conhecidas dessa palavra em escritos do primeiro século, o significado é sempre "punição," não é "arrancar," embora a palavra tivesse tido esse significado alguns séculos antes (é usada dessa forma na Septuaginta e nos Apócrifos).
(4) Por exemplo, Col. 1:16, 17 tem uma nota de fim de página para Lucas 13:2-4, para mostrar um paralelo. Contudo, as duas passagens não são de maneira nenhuma paralelas.
(5) Em João 1:1, devido à inexistência de um artigo ("o"), a Palavra é chamada "um deus." Contudo, no versículo 18, que também não tem artigo, a palavra "Deus" começa com maiúscula. Existem muitos outros exemplos similares.
21 Gruss, 211.
22 Stedman, R.C., "The New World Translation of the Christian Greek Scriptures," Our Hope 50; 34, Julho, 1953. 30 conforme citado em Gruss, 209.
23 Martin, W., & Klann, N., Jehovah of the Watchtower, (Minneapolis: Bethany, 1974) 161.
24 Hoekema, A., The Four Major Cults (Exeter: Paternoster, 1963) 208-9.
25 Bruce, F.F., The English Bible: A History of Translations (London: Lutterworth Press, 1961) 184 conforme citado em Gruss, 210.
26 Metzger, B.M., "The New World Translation of the Christian Greek Scriptures" The Bible Translator 15:152, July, 1964.
27 Rowley, H.H., "Jehovah's Witnesses' Translation of the Bible," The Expository Times 67:107, Janeiro 1956 conforme citado em Gruss, 213 e "How Not to Translate the Bible," The Expository Times conforme citado em Gruss, 212.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Caio Fábio 'fala' da Congregação Cristã – Mas ele conhece ela?

Um ótimo blog de defesa das crenças da CCB e de esclarecimentos sobre a mesma, divulgou essas palavras de Caio Fábio:

“O exemplo brasileiro mais puro—não perfeito—do que digo, é a Congregação Cristã do Brasil. Ninguém sabe dela. Mas é maior que a maioria. Há métodos? Há marketings? Não! Há Palavra. Há honra ao Espírito. Há a certeza de que o corpo efetua o seu próprio crescimento, conforme Paulo.”

(Fonte: http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=00037)

(Visto em http://doutrinacristaccb.blogspot.com.br/2012/04/caio-fabio-sobre-congregacao-crista-no.html).

A CCB de fato não usa markenting. Nisto, Caio está certo. Temos muito o que aprender com a CCB em nos 'aparecer menos'.

Mas dizer que ali tem ‘Palavra’ [de Deus, Escrita???]... Eu acredito que Caio Fábio exagerou.

Os cultos na CCB, sei que existe exeções, mas pelo menos os que eu assisti, são de puro misticismo em torno da ‘revelação da palavra’ ao Ancião. Não existe uma generalizada 'honra ao Espírito'. Ao contrário, a Bíblia é negligenciada na CCB. A maior parte da comunidade ‘ccbista’ olha a Bíblia como um lança búzios, algo que serve-se de sorte para o momento do culto. Depois do véu e do ósculo santo, não sei o que mais eles vivem sobre a Escritura.

‘O corpo efetua o seu crescimento’: Quem já viu um membro da CCB evangelizando? Certa vez presenciei um Cooperador da CCB visitando um senhor doente. Eu estava na casa, o sehnor não era crente. Só vi aquele Cooperador dizendo “que a CCB é ‘assim e assado’ e as ‘seitas’ são ‘cozidas e fritas’! Vai na CCB buscar a palavra!” Nenhuma Palavra, nenhuma advertência de arrependimento em Cristo.

Os escândalos recentes envolvendo ‘presidentes da CCB’ (especialmente o nome de Jorge Couri), mostram que Caio Fábio está enganado.

Se a CCB é o melhor exemplo do que Caio Fábio pensa, no assunto em mira que ele estava tratando (igreja, crescimento, métodos, etc) lamento, mas discordo. Até mesmo Caio Fábio estaria eternamente no Inferno para esse grupo, apenas pelo fato de ser um 'pastor'.