sexta-feira, 28 de setembro de 2012

2014: o centenário do Reino Messiânico

Não será apenas a Copa do Mundo que chamará a atenção das Testemunhas de Jeová em 2014. Eles possuem outro motivo para comemorar. Estou hoje servindo de arauto dessa celebração! Vamos lá para as razões:


Segundo os Líderes das Testemunhas de Jeová, em 1º de outubro de 1914, Jesus Miguel assumiu o poder do Reino no céu. O centenário será em 1º de outubro de 2014. Não existiria outra data mais importante para a cronologia das Testemunhas de Jeová. O arcanjo Miguel se tornou o representante da linhagem de Davi no céu (nem sei como, pois o homem Jesus não ressuscitou!!!) e passou a restaurar todas as coisas, inclusive ele começou a ressuscitar os mortos ungidos desde 1918 e escolheu a Torre de Vigia em 1919. A doutrina da presença de Cristo em 1914 é a principal para existência 'profética' do movimento TJ.


Prepare-se para essa grande festa!


Essa doutrina nasceu de especulações proféticas frustradas. Para isso precisaram reformular seus cálculos. Apesar da minha ironia, o assunto em pauta é ensino oficial dessa seita. A Liderança TJ desde seus primórdios atirou para todos os lados no quesito profético. Podemos fazer um breve resumo de suas datas assim:


1874: seria o início da presença invisível de Cristo. Essa doutrina foi abandonada por volta de década de 30, substituída por 1914.


1878: início do Reino, também substituído por 1914.


1881: a obra da restauração e o fim da chamada celestial. Substituída por 1919, e a chamada celestial substituída por 1921, depois por 1930, depois por 1935, e agora (em 2007) abandonada completamente, esperado somente no Armagedom.


1914: o começo do fim catastrófico de todas as coisas. Nada aconteceu.


1915: o fim da grande catástrofe. Nada aconteceu.


1918: angustias sem precedentes aos cristãos. Nada aconteceu.

1920: o fim das republicas. Estamos por aqui ainda!


1925: ressurreição dos patriarcas. Não apareceram por aqui!


1942: o armagedom! Pelo jeito também não aconteceu.


1975: o armagedom! Pelo jeito também não aconteceu.


Geração que nasceu em 1914: diziam que os que tinham uns alguns anos de idade em 1914 veriam o fim do mundo. Depois disseram que seriam os que nasceram. Depois seria geração (=características) má que surgiu em 1914 que veria o fim, e agora dizem que são os ungidos que são a tal geração...


2000: o armagedom viria contra a cristandade dentro do século XX. Não aconteceu, pelo menos eu não vi.


A ÚLTIMA PROFECIA – Os ungidos: os Líderes da seita TJ, dizem que o restante dos 144.000 verão o fim do mundo. Eles diziam que a chamada para fazer parte desses 144.000 fechou-se em 1935. Por volta de 2007, eles estavam bem velhinhos, e o número estava caindo (com alguns altos e baixos). Rapidamente, eles suspenderam a data de 1935. Interessantíssimo que depois disso o número do restante ungido começou a subir. Daqui a pouco, terão que abrir mais vagas – 344.000 talvez.


Veja o relatório abaixo, que mostra que o número que deveria cair, estagnou por muito tempo e depois aumentou. Eles sabem quem são dos 144.000 quando participam da Santa Ceia, que eles chamam de 'Comemoração'. Notem que depois de 2007:


"Participantes da Comemoração no mundo inteiro: 2011- 11.824: 2010- 11.202 : 2009- 10.857: 2008- 9.986: 2007- 9.105: 2006- 8.758: 2005- 8.524:2004- 8.570: 2003- 8.565: 2002- 8.760:2001-  8.730: 2000 - 8.661: 1999- 8.755: 1998- 8.756: 1997- 8.795: 1996- 8.757: 1995- 8.645: 1994- 8.617: 1993- 8.693:1992- 8.683: 1991- 8.850: 1990- 8.869: 1989- 8.734: 1988- 8.685: 1987- 8.808: 1986- 8.927: 1985- 9.051: 1984- 9.081: 1983- 9.292: 1982- 9.529: 1981- 9.601:1980- 9.564: 1979- 9.727: 1978- 9.762: 1977- 10.080: 1976- 10.187: 1975- 10.550" (Fonte: http://indicetj.com/relatorios.htm )


A Escritura advertiu: "Ele respondeu: “Cuidado para não serem enganados. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ‘O tempo está próximo’. Não os sigam." (Lc 21.8).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ao Titã Adventista Luís Gonçalves


Comentários* sobre o segundo vídeo da série intitulada: O Grande Conflito. Apresentada pelo conhecido Pastor Adventista Luís Gonçalves. 

[O apresentador do programa Na Mira da Verdade, também chamou esse de "Titã"].

1) "Em Isaias 28.10, está escrito como se estuda a Bíblia"

 
COMENTÁRIO: Não, O texto de Isaías 28.10 não está ensinando como devemos estudar a Bíblia. Se observarmos o contexto da passagem, veremos que o texto está se referindo a uma zombaria feita pelos sacerdotes e profetas de Israel com respeito à mensagem que Isaías proferia para eles. Deus estava furioso com os líderes do povo de Israel, que não conduziram o povo à verdadeira adoração por viverem uma vida de bebedeira e pecado (vs: 7-8) e, por isso, enviou Isaías para confrontá-los. No entanto, o versículo 9 nos mostra o que eles começaram a dizer ao profeta: “A quem, pois, se ensinaria o conhecimento?”, ou, em outras palavras: “A quem você pensa que está ensinando?”, como se eles fossem os detentores da verdade. Então, no vs: 10, eles zombam de Isaías insinuando que este não ensina nada além de “preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali”. Isso é tão verdadeiro, que a NOVA VERSÃO INTERNACIONAL faz um comentário interessante sobre esse versículo: “No Hebraico está desta forma: sav lasav sav lasav / kav lakav kav lakav (possivelmente sons sem sentido; talvez uma imitação zombadora das palavras do profeta Isaías)”. Por isso, Luís Gonçalves foi infeliz em ter usado um texto fora de seu contexto para ensinar como devemos estudar a Bíblia.

Um texto que realmente ensine sobre como devemos estuda-la, é o texto de Mateus 4:1-11, na tentação de Jesus. Satanás se achega ao Filho de Deus para tentá-lo. Sua primeira tentativa foi frustrada (vs: 3-4). Então, ele se utiliza de outra estratégia, muito mais sagaz: USA A PRÓPRIA BÍBLIA PARA ENGANAR JESUS! Ele pega um texto fora de contexto (Salmo 91.11-12) e tenta fazer com que Jesus peque contra seu Pai. Então, ao responder Satanás, Jesus nos deixa um ótimo exemplo a ser seguido: “TAMBÉM ESTÁ ESCRITO...” (vs: 6-7), deixando claro para o Diabo que esse método interpretativo da Bíblia não é válido. Por isso, NUNCA devemos interpretar qualquer texto da Bíblia sem analisar o contexto no qual está inserido. Esse é um princípio de interpretação universal: “TEXTO SEM CONTEXTO É PRETEXTO”. Logo, nenhuma frase ou texto bíblico pode ser analisado isoladamente. Abaixo, vou escrever dois exemplos que mostram o perigo de se interpretar a Bíblia isoladamente.

EXEMPLO 1: Suponhamos que alguém recebesse um folheto rasgado com a segunda parte do SALMO 14.1: “Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem”. A pessoa sairia falando que a Bíblia ensina que Deus não existe, por isso, ninguém faz o bem. Acontece que, na primeira parte do versículo, “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus...”. Percebeu o perigo de estudar a Bíblia sem analisar o contexto?

EXEMPLO 2: Suponhamos que alguém desesperado que queira dar cabo de sua vida, orasse a Deus e pedisse para o SENHOR lhe mostrar se deveria se suicidar ou não. Depois, ele fechasse os seus olhos e abrisse a Bíblia no primeiro texto que seus dedos tocassem. E, para sua surpresa, ele lê: “Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver!” (Jonas 4.8). Então, ainda mais angustiada, essa pessoa não se conforma e ora novamente. Depois, fecha seus olhos e, como na primeira vez, pára a Bíblia no primeiro texto que seus dedos tocam e assim está escrito: “Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos” (Salmo 116.15). “O que?”, indaga a pessoa, “você realmente quer que eu me suicide SENHOR? Ok, eu vou me matar. Mas, por favor, se for pra ser hoje, me diga...” E, numa última tentativa, a pessoa fecha seus olhos e abre em João 13.27: “E, após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze-o depressa”. Isso é só para nos mostrar que tipo de absurdo nós podemos inventar estudando a Bíblia sem analisar devidamente o contexto de cada texto.

2) “A Bíblia Sagrada apresenta todos os temas... Ela revela tudo!"

COMENTÁRIO: Não, a Bíblia não fala sobre tudo. Ela não diz que roupa eu devo vestir amanhã, não diz que tipo de telefone eu devo comprar, ou que profissão eu devo exercer. A própria Bíblia afirma que existem coisas que Deus não quis manifestar a nós: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29.29). A Bíblia também não fala TUDO que Jesus fez, como diz o apóstolo João: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Entretanto, concordo que a Bíblia fala TUDO sobre o que agrada ou não a Deus. Está escrito no Salmo 119.9: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra”. E em 2ª Timóteo 3.16, Paulo assim diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Portanto, Luís Gonçalves se expressou mal quando disse que a Bíblia apresenta todos os temas [ a não ser que, o tudo que ele disse seja tudo relacionado com a salvação, como demonstrado acima...] ...

3) "Animal significa Reis em Profecias" – Se referindo a Daniel 7.17.

COMENTÁRIO: Sim, nas profecias do capítulo 7 de Daniel. Mas, nas profecias que José teve de interpretar no Egito, os Animais representavam período de tempo (41.15-21 e 25-27). Portanto, o contexto vai indicar o significado de cada símbolo profético. Ou seja, Animal em profecias, nem sempre será Rei, depende do contexto da passagem.

4) "O Apóstolo Paulo diz que mulher em profecia representa Igreja" – se referindo a Efésios: 5.23.


COMENTÁRIO: Não, Paulo não disse isso... O contexto da passagem de Efésios 5.22-33 está apenas comparando o relacionamento de Cristo com a igreja como o relacionamento de um homem com sua mulher. O apóstolo não diz que “mulher” simboliza “igreja” em profecias. Aliás, o texto de efésios não fala de profecia alguma. Infelizmente, Josué Gonçalves utilizou um texto totalmente fora de contexto.

6) "Água em profecia significa povos" – referindo-se a Apocalipse 17.15


COMENTÁRIO: Sim, na profecia do capítulo 17 de Apocalipse. Mas, na profecia de Ezequiel 47.1 e 9 sobre a restauração de Israel, água representa vida. Portanto, Água em profecias, nem sempre será povos, depende do contexto da passagem.

7) “Em Profecias, 1 Dia equivale a 1 ano” – referindo-se a Números 14.34 e Ezequiel 4.6-7

COMENTÁRIO: Sim, no texto de Números e Ezequiel. Mas, na profecia que Deus manifestou a Noé sobre o dilúvio, eram dias de 24 horas mesmo (Gênesis 7.4, 11-12). Portanto, 1 dia em profecias nem sempre equivale a 1 ano, depende do contexto da passagem [veja uma postagem do MCA sobre isso AQUI].


8) "Em profecias, ventos significam guerras" – referindo-se a Jeremias 51.1-5

COMENTÁRIO: Sim, no texto de Jeremias. Mas, na profecia que Deus decretou como julgamento para Társis em Ezequiel 27.25-27, Ventos representa Ventos mesmo, e nada mais. Portanto, ventos em profecias nem sempre representam guerras.

9) "Em profecias, Chifres significam poder, Rei e Reino" – referindo-se a Apocalipse 17.12

COMENTÁRIO: Concordo, não conheço nenhuma outra profecia em que chifre tenha outro significado. Não obstante, devemos lembrar sempre que cada símbolo tem seu significado de acordo com o contexto de cada profecia. [Porém,

10) “Em Profecias, tempos significam anos" – referindo-se a Daniel 11.13.

COMENTÁRIO: Sim, no capítulo 11 de Daniel. Mas, na profecia que Ezequiel proferiu contra Israel, Tempos também representa um período indefinido de tempo: “Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem: A visão que tem este é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão mui longe. Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Não será retardada nenhuma das minhas palavras; e a palavra que falei se cumprirá, diz o SENHOR Deus” (Ezequiel 12.27-28).


11) “Em Profecias, dragão representa Satanás” – referindo-se a Apocalipse 12.9

COMENTÁRIO: Concordo, não conheço nenhuma outra profecia em que dragão tenha outro significado. Em Apocalipse, satanás também é representado por uma serpente (Ap: 20.2). Não obstante, devemos lembrar sempre que cada símbolo tem seu significado de acordo com o contexto de cada profecia. [Um detalhe é que não existe em outro texto a referência a 'dragão'].


9) "Em Profecias, Cordeiro significa Jesus" – referindo-se a João 1.29

COMENTÁRIO: Sim, no capítulo 1 de João. Mas, na profecia de Jeremias 50.17, o cordeiro representa o povo de Israel.

10) "Em Profecias, calda representa falso profeta” – referindo-se a Isaías 9.15

COMENTÁRIO: Sim, na profecia de Isaías 9, porque, na profecia de Moisés contra o povo de Israel em Deuteronômio 28.44, Calda representa opróbrio, humilhação.

11) “Em Profecias, estrelas representam mensageiros” – referindo-se a Daniel 12.3 e Apocalipse 12.4

COMENTÁRIO: Sim, no cap. 12 de Daniel e Apocalipse. Contudo, nas profecias que Deus revelou a Abraão (Gênesis 22.17) e José (Gênesis 37.9-11) significam descendentes e irmãos, respectivamente. Novamente, o contexto é que mostra o significado.

12) "Com estes símbolos, nós entenderemos qualquer`Profecia da Bíblia”

COMENTÁRIO: Infelizmente [ou felizmente!?], não posso concordar com Luis Gonçalves. Isso porque ele não mostrou a representação destes símbolos em outros textos da Bíblia, apenas pegou textos isolados, sem analisar o contexto de cada um, e fez parecer que realmente todos estes símbolos vão representar as mesmas coisas em todas as profecias. Mas, como visto, os símbolos de cada profecia devem ser interpretados de acordo com seu contexto.


LEMBRE-SE: TEXTO SEM CONTEXTO É PRETEXTO


Que Deus nos abençoe!

*Autor:Luis Filipe

sábado, 22 de setembro de 2012

O misticismo e idolatria de ‘alguns’ seguidores de W. M. Branham

Os seguidores de WMB são extremados na defesa desse senhor. A cegueira espiritual é escravizante

Alguns se esforçaram a debater com o Lucio sobre alguns temas, em várias postagens do MCA, porém eles recuaram. Obvio que perderam, mas nós não vencemos. Gostaríamos muito que tais abandonassem essa ‘branhamlatria’, mas não aconteceu, e rejeitaram seguir o Único e Suficiente Profeta da Igreja. Toda a carta de Hebreus, especialmente seus capítulos de 1 a 10, tratam dessa suficiência dos ofícios de Cristo.


Para que você tenha noção da tamanha idolatria do grupo em torno desse homem, veja o que disse um seguidor fiel dele:



William Branham é o profeta para a noiva de Cristo, não para a Igreja. Assemelha-se em ministério e mesmo em relação com o Prometido, Jesus Cristo, com o profeta João Batista. William Branham foi além, manifestou o ministério do Filho do Homem que é Cristo. Jesus é o Filho do Homem, William Branham foi quem o manifestou. Apocalipse 10:7 Estou até mesmo com pena de você, sim estou, pensei nisto esta tarde, você não pode te-lo como Profeta, não ha nada em vossa mercê que o represente, não há representação, eu estou representado nele, neste Grande Profeta de Deus - e você está muito enganado quando diz que ele errou quando William Branham Predisse sobre o anos de 1977 - ele atingiu em cheio....você é que não pode ve-lo assim como não pode ver as obras que somente ele sendo profeta fez, como discernir os pensamentos ocultos nos corações das pessoas, ressuscitar cinco mortos e outras milhares e milhares obras que somente ele pode realizar - Este não era Ele, era Cristo, o Senhor em Seus profeta como prometido em Lucas 17.28 AO 30 - EM Ez. 2.5, em Mal. 4.5.6 - em Apc 10.7 e Apc 19. você é simplesmente um infeliz - porque não tem um Profeta que o chame de amigo! ele, William Marriom Branham, me chama de amigo!"



Sem comentários...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Leandro Quadros adverte: ‘não leiam o Blog MCA’ – minha resposta

Caro Leandro Quadros, diante de suas observações sobre a postagem “Leandro Quadros: cair no 'espírito' não pode... mas Ellen White podia?!” quero disponibilizar uma resposta ao que apresentou como justificativas aos histerismos de Ellen White:

 
1. O ‘contraponto’.

Quando você propôs o ‘contraponto’, na verdade se tornou mais ‘divino’ do que pretendia. Acabou por dizer que o atual movimento de ‘cair’ não produz frutos do Espírito no caráter. Como que se apenas o movimento carismático ariano adventista teve os frutos proposto em Gl 5.22,23 e que o atual não revela isso. Desde quando o senhor tem essa capacidade de dizer que uma igreja que é bagunçada em sua liturgia não pode ser depositaria do Espírito Santo na produção de Seus frutos? Sua intenção foi apenas deixar um subterfúgio para justificar os tombos de Ellen White.


2. “Não tive o propósito de avaliar todas as experiências carismáticas dos filhos de Deus de todas as épocas”

Porém disse: “a Terceira pessoa da trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas...”. Vamos considerar 1960 como uma data [bem aberta] para o início desse período. Então você acha que esquadrinhou o movimento pentecostal pós-moderno de maneira que pôde dizer que as experiências têm a antipatia do Espírito Santo? Com isso você deixou claro que suas objeções aos pentecostais teria uma exceção temporal, a saber; os dias de Ellen White, pelo que posso perceber quando escreveu: “Se o MCA tivesse consultado essa obra primária básica [Os Adventistas do Sétimo Dia e as experiências carismáticas] talvez não tivesse cometido tamanho deslize em comparar as experiências carismáticas genuínas, ocorridas entre alguns cristãos sinceros nas décadas de 1830 e 1840, com o atual “cair no espírito” sobre uma influência que não vem do pacífico Espírito Santo”

O ‘ouve e há experiências genuínas’ apenas deixaram seu argumento ambíguo, visto que sabemos como os adventistas tratam as outras denominações. No seu site mesmo alguns comentários (que quando vem de adventistas são liberados rapidamente) revelam a verdadeira indisposição dos adventistas para com as experiências carismáticas. Um adventista por exemplo escreveu:

"Eu tenho feito estudos bíblicos com um casal que acredita muito nesta história de dons de linguas, batismo do Espirito Santo, etc. É muito complicado colocar na mente das pessoas que vem de crenças pentecostais que estas manifestações não são de nenhum proveito para a vida do Cristão e muito menos de Deus. Eu sempre digo que ser Cristão é simples, não tem esse negócio de “poder, rolar no chão, falar nada com nada, etc”.  (Na Mira da Verdade)


Leandro Quadros, sabe qual é o seu problema? Um compromisso cego em defender o mito Ellen White! Embora acusou-nos de ‘incoerentes’, suas palavras demonstram incoerência tamanha que não sabe o que quer dizer de fato. Na verdade, levando a história em conta, para você, os pentecostais estão sob influência demoníaca simplesmente por não serem os adventistas histéricos que esperaram Jesus voltar na pedra da ascensão em 22 de outubro de 1844!!! Essa não seria, conforme você questionou a validade das experiências carismáticas, uma prova de que as tais experiências estavam levando-os para longe da Palavra (Mateus 24.36)???

 
3. ‘O MCA não diferenciou experiências genuínas de Ellen White das que jogam pessoas no chão’.

Lamentável que você não tratou das que jogaram Ellen White no chão!!! Só nos disse que ‘ela perdia as forças’ mas isso vinha acompanhado de “paz com Jesus”. Obviamente que os meus irmãos pentecostais [digo isso de verdade!] tem A Paz de Jesus, mesmo errando em manifestar exteriormente o culto da maneira que fazem. Se fosse esse o caso, não tem nada de diferente nos tombos de Ellen White com as do Benny Hinn.


4. “O MCA TEM DE EXPLICAR AO LEITOR COMO ELLEN WHITE PODERIA TER AS MESMAS EXPERIÊNCIAS CARISMÁTICAS DA ATUALIDADE E, AO MESMO TEMPO, CONDENÁ-LAS.”

Se ela teve as mesmas experiências, e as criticou, é o problema ‘bipolar denominacional’. Aqui é de Deus lá é do diabo! Simples não é mesmo?
Eu sei que na verdade você está negando, pois disse que os contemporâneos poderiam contraditar ela. Pois bem, mas quando agente consegue alguém que disse exatamente isso que você pediu, você sai correndo dizendo que é ‘um apóstata que escreveu bobagens’...

“Nada disse acerca da gritaria, das prostrações físicas, das demonstrações de humildade voluntária (arrastar-se, latidos). Aparentemente, estas estavam presentes em muitas das primeiras reuniões adventistas. Lucinda Burdick observou essas atividades fanáticas em reuniões a que assistia com os White: "Quando os conheci pela primeira vez [Ellen e Tiago White], eram exageradamente fanáticos – costumavam sentar-se no solo em vez de em cadeiras, engatinhar pelo piso como criancinhas. Tais extravagâncias eram consideradas sinais de humildade”.O propósito dessa atividade de engatinhar não era só para demonstrar humildade. John Doore testificou no tribunal que havia "visto homens e mulheres engatinhar pelo solo sobre mãos e pés”.George S. Woodbury disse: "Minha esposa e Dammon passaram pelo piso engatinhando sobre mãos e pés”. Bruce Weaver explica como se praticava essa atividade entre os primeiros adventistas: "Um correspondente do Norway Advertiser oferece uma descrição do engatinhar que teve lugar na casa do capitão John Megquier em Poland, Maine: ‘Raras vezes se sentam em qualquer posição que não seja sobre o piso desnudo... na reunião a que ele assistiu, uma mulher se pôs sobre as mãos e pés, e engatinhou por todo o piso como uma criança. Um homem, na mesma posição, a seguiu, chocando-se cabeça com cabeça várias vezes. Outro homem se estendeu de costas sobre a cama em toda sua extensão, e três mulheres o cruzaram com seus corpos”. Pelos idos de 1894, a Sra. White parece ter mudado de posição quanto às inusitadas atividades praticadas pelos primeiros adventistas:"Cada parte do serviço de Cristo se caracterizará pelo decoro e a reverência. A verdade de Cristo não pode limitar-se a um certo âmbito, mas será ativa na criação do ambiente, da conduta, dos hábitos, e das práticas que estarão em harmonia com seu Autor. Tudo se fará decentemente e com ordem. Os métodos descontrolados, os caprichos estranhos, e a confusão não estão autorizados pelo Deus de ordem”. (A Nuvem Branca).

Pelo que ela disse (e em sua citação também), ela estava abrindo os olhos para as experiências que tiveram nos primórdios do adventismo. Minha interpretação dessa tendência é como se segue: Ela teria que tirar o fluxo profético dentre o movimento adventista para estabelecer a sua Cátedra Papal. Tanto que após ela não se aceitou mais profetas 'de seu calibre', ainda que para mantê-la como espírito de profecia, devem defender os ‘dons do Espírito’. Ela fechou o profetismo no seio adventista, deixando de ser um movimento ‘benny hinn’, com um solo fétil para novos profetas, e passou a ser mais tradicional. Algo semelhante ocorreu com os wesleyanos*.


CONCLUSÃO

Leandro Quadros, embora você classificou sua postagem como ‘útil e irrefutável’ e as postagens do MCA ‘como incoerentes, rasas e sem cristianismo’, o fato é que destacamos, levando em consideração a seu artigo, um detalhe que você fez questão de omitir em sua postagem: Ellen White caia, e muuuuuiiito! E que ela sim foi incoerente quando disse “Os métodos descontrolados, os caprichos estranhos, e a confusão não estão autorizados pelo Deus de ordem” ao passo que nem se lembrou do quanto fez exatamente isso!


 
*Nenhuma das extravagâncias emocionais são produzidas pelo Espírito Santo. Nenhuma! Quer seja em Wesley ou Edwards, o que eles presenciaram foram exteriorizações daquilo que a pessoas aceitaram com fé e verdade e se arrependeram drasticamente. No período bíblico as revelações causavam o que era normal. Choque emocional diante de uma visão extraordinária. Mais nada.

O que devemos distinguir é se tais exteriorizações são genuínas – isto é: se resultam de uma expressão sentimental legítima. Ou se é uma manipulação emocional por parte do que está se manifestando de certa maneira ou o próprio clima o induz a um êxtase frenético. No segundo caso, torna-se uma manifestação pecaminosa por envolver falsidade para promoção própria entre o grupo.


 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

‘Teólogos Presbiterianos Brasileiros lançam Teologia Sistemática!’

Quando teremos essa notícia? Seria falta de “material humano”? Não acredito.

Já passou da hora de termos uma dogmática escrita por algum teólogo presbiteriano brasileiro. Ao prefaciar a obra de F. Ferreira, o Dr. Nicodemus afirmou que não acredita em ‘teologia brasileira’. Isso é verdade. Mas interagir a Teologia Sistemática com as realidades e desafios que temos em contexto brasileiro, é algo que gostaria muito que servos do Altíssimo, presbiterianos, se preocupassem o mais urgente possível.


Lembro-me que a um tempo atrás o Rev. Augustus escreveu que seria difícil uma igreja tradicional ter um programa na TV (AQUI). Pois bem, pelo menos algumas daquelas dificuldades foram superadas, e hoje temos o Verdade e Vida fazendo a diferença. Agora, gostaria muito que a IPB fosse contemplada com uma dogmática mais atual,  presbiteriana e 'brasileira'.


Hodge e Berkhof, jamais serão substituídos. Mas o espaço que eles ‘ocupam’ não são os únicos! O Rev. F. Ferreira é um autêntico Calvinista, mas tem o ‘viés batista’, que difere em alguns pontos importantes. Ainda que ele não seja exclusivista em tais pontos. Wayne Grudem é um ótimo e fiel calvinista, fala a ‘língua do povo’, mas temos muitos ‘espinhos’ para tirar da obra.

O Reverendo Augustus Nicodemus, poderia pensar em deixar um legado teológico para a Igreja Presbiteriana do Brasil. Imaginemos se em tal obra o Reverendo Hermisten Maia incluísse seus estudos meticulosos? Como a cristologia, conforme exposta pelo Dr Heber Carlos, ajudaria e beneficiaria a Igreja Presbiteriana? Etc...etc...


Um sonho? Uma utopia? Bem, como presbiteriano brasileiro estou fazendo meu apelo. Quem sabe essa postagem possa chegar até eles, e incomodar tais irmãos! Não tanto quanto Farel fez com Calvino, mas o suficiente para que cada um deles continue a 'exercer o talento' que o Senhor da Igreja lhes confiou (Mt 25.14,15; Ed 7.6,10; Ne 8.8; Ml 2.7;Lc 12.42,43; Ef 4.11). E Quem sabe...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Evangelizando as Testemunhas de Jeová: O Espírito Santo- Parte 2

Segundo a Liderança TJ, o Espírito muitas vezes é derramado, batiza-se nele e ele enche pessoas, fato esse que provaria que ele não é uma pessoa. Então pergunte ao TJ:


Se dizer “batizado com Espírito” prova que Ele não é uma pessoa, então o que dizer de I Cor 10:2 e Gálatas 3:27? Moisés e Jesus não seriam pessoas ?


Pode ser que o TJ tente ainda destacar os dizeres de seus Líderes. Mas essa comparação usando a Bíblia, onde pessoas são usadas como símbolos de coisas, colocará o TJ em dificuldades. Argumente com ele que se nesse caso, Moisés e Jesus não deixam de ser pessoas, por que o Espírito Santo não seria?


Outra erro da Liderança TJ é que, o Espírito Santo não foi visto em muitas visões celestiais, então ele não pode ser uma terceira pessoa da Divindade. Muito pode ser dito sobre essa argumentação. Pergunte:


Se por Estevão não ver o Espírito Santo no céu prova que ele não é uma pessoa Divina, então onde estava o Filho na visão de Ezequiel capitulo 1?


O argumento dos Líderes TJs aqui é sem sentido, por vários motivos. Primeiro que, não aparecer nessas visões não significa que Ele não exista. Segundo, eles precisam provar qual é o motivo que Ele precisa aparecer nessas visões para que só assim ele é uma pessoa Divina. Terceiro, que no livro de Apocalipse Jesus é visto no céu como um cordeiro de chifres e o Espírito Santo em seu ministério sétuplo. As figuras são suficientes, dentro do propósito do livro, mostrar as realidades celestiais. O argumento do silêncio é gratuito, e como tal, pode ser descartado.


Pergunte: "Ananias e Safira , mentiram para quem ? É possível mentir para ‘algo’ que não seja pessoal?"


Quanto trabalho os Líderes TJs devem ter para sustentar essa mentira. Mas, mais uma vez o malabarismo de textos bíblcos é aplicado. Eles dizem que o espírito é de Deus, vindo Dele, então foi ao final das contas a Deus que eles mentiram.


Como algo pode representar ativamente alguém? Sei que varias coisas inanimadas representam a Deus. Batismo, Santa Ceia e a própria Bíblia. Mas a forma que desonramos e honramos essas coisas são por sí mesmas reveladas. Elas representam algo. Não é possível relacionarmos com essas coisas de forma ativa, mas apenas representativas. Outro motivo que mostra que a comparação é insuficiente, é que a mentira por sí exige uma 'vítima'. Não é possível mentir para algo porque a mentira só é emitida para pessoas. Mentir é omitir a verdade para alguém que quer saber, ou que tenha direito de saber, a verdade.


Sendo o Espírito Santo uma pessoa, tal como era Pedro (o representante do Espírito naquele momento), foi ofendido pela mentira.


Argumente ainda: Leia Romanos 15.30. Uma força ama? Como? Não se esqueça de ler esse texto com o TJ. Ele não poderá demonstrar como algo ama, especialmente quando outras pessoas são citadas no mesmo versículo.


Continua...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

OBSERVAÇÕES SOBRE A AUTENTICIDADE DE I João 5:7



"Em I João5:7,8 o Texto Recebido (Textus Receptus) nos apresenta duas tríades de testemunhas, uma no céu, a outra na terra, e declara a unidade da primeira tríade em um só ser. No texto grego revisado que fundamenta as versões modernas, tudo isto é omitido, e toda a referência a eruditos modernos e que têm implicações doutrinárias parecem minar a doutrina da Trindade, e particularmente a doutrina da deidade de Cristo. As diversas leituras nos manuscritos e versões contam-se por centenas de milhares, mas a grande maioria são insignificantes. Entre as poucas diversas leituras importantes há umas que atingem esta única doutrina – uma doutrina fortemente debatida entre crentes ortodoxos e hereges logo antes de serem escritos os três mais antigos manuscritos (cópias).

As controvérsias Ariana e Sabeliana correram ardentemente nos Séculos III e V e as cópias ora tidas com elevado valor entre eruditos, foram escritas nos séculos IV e V. A hostilidade desses documentos contra a doutrina trinitariana incita a mente à conclusão que tais omissões e alterações não são meramente os erros ocasionais dos copistas, mas a obra dum esforço deliberado. Ao lembrarmos da data do grande contesto trinitariano na Igreja, e ao compará-lo com a data atribuída a esses documentos, a nossa suspeita grandemente se sobressalta. O partido de Atanásio introduziu testemunhas espúrias no texto a fim de promover a sua doutrina trinitariana, ou o partido de Ários apagou testemunhas autênticas das cópias do texto sagrado a fim de ocultar esta doutrina?

Os alegados códices mais antigos concordam em omitir um número notável de testemunhas da divindade de Cristo assim como omissões relativas a prática e fé do Evangelho. Isto aconteceu porque esses documentos antigos representam as opiniões dos copistas que consideravam os Trinitarianos atanasianos como corruptores, ou pode ser comprovado que as omissões foram feitas propositadamente pelos Arianos para apagar as evidências escriturísticas contra o seu caso?

Todos os críticos votam contra a autenticidade de I João 5:7, mas vejamos se a questão é tão clara como acham. Os argumentos em favor de sua autenticidade conduzem elevado grau de probabilidade, e este texto é um bom exemplo do valor da evidência interna, desprezada pelos críticos modernos. Segue o texto completo com as palavras disputadas entre parênteses:



HOTI TREIS EISIN HOI MARTUROUNTES (EN TO OUTANO, HO LOGOS, KAI TO HAGION PNEUMA, KAI HOUTI HOI TREIS HEN EISI. KAI TREIS EISEN HOI MARTUROUNTES EM TE GE) TO PNEUMA, KAI TO HUDOR , KAI TO HAIMA; KAI HOI TREIS EIS TO HEN EISIN.

A evidência interna contra a omissão é a seguinte:

1. O artigo, numeral e particípio masculino HOI TREIS MARTUROUNTES, são forçados a concordar diretamente com três neutros, uma dificuldade gramatical grosseira e insuperável. Se as palavras disputadas permanecem, elas concordam com dois masculinos e um substantivo neutro HO PATER, HO LOGOS, KAI TO HAGION PENUMA e, conforma a regra de sintaxe, os masculinos entre um grupo controlam o gênero do neutro ligado a eles. Desta forma a concorrência dos masculinos TREIS MARTUROUNTES no verso 8 concordando com os neutros PNEUMA, HUDOR e HAIMA podem se explicar pela força de atração, bem conhecida na sintaxe grega.



2. Omitidas as palavras disputadas, o verso 8 segue logo após o 6 e faz uma repetição grosseira, esquisita e aparentemente sem nexo do testemunho do Espírito, duas vezes logo em seguida.



3. Com a omissão das palavras, as palavras concludentes no final do verso 8 contém uma referência incoerente. As palavras gregas KAI HOI TREIS EIS TO HEN EISIN significam exatamente: “e estes concordam com aquele (já mencionado) Ser”. Esta versão mantém a força do artigo definido deste verso. Então o que é “Aquele” com que “estes três” concordam? Com a omissão do verso 7, “Aquele” não aparece, e por conseguinte “Aquele” do verso 8, que indica um já apresentado ao leitor, não tem antecedente na passagem. Permaneça o verso 7 e tudo fica claro, e as três testemunhas terrestres testemunham àquela unidade já mencionada que O Pai, a Palavra e o Espírito constituem.



4. João declara nos 6 versos anteriores que a fé é o vínculo da nossa vida espiritual e a vitória sobre o mundo. Esta fé deve ter uma base sólida, e a verdade em que a fé se apoia é a Filiação e Divindade de Cristo. Vê os versículos 5,11,12,20. A única fé que vivifica a alma e vence o mundo é (verso 5) a crença que Jesus é o Filho de Deus, que Deus o constituiu nossa Vida, e que esta Vida é o Deus verdadeiro. O apoio de Deus para esta fé provém de :



PRIMEIRO: No verso 6, nas palavras do Espírito Santo falando através de homens inspirados;



SEGUNDO: No verso 7, nas palavras do Pai, da Palavra e do Espírito, declarando e confirmando por milagres a Filiação e unidade com o Pai;



TERCEIRO: No verso 8, pela obra do Espírito Santo ao aplicar o sangue e água do lado ferido de Cristo para nossa purificação;



QUARTO: No verso 10, na consciência espiritual do próprio crente, certificando-lhe que sente por dentro uma mudança divina.



Como tudo isto é harmonioso ao aceitarmos o verso 7 como autêntico, mas ao omiti-lo, o fecho de arco está faltando, e fica eliminado a prova contundente que a nossa fé é divina (verso 9).



Também temos que levar em conta o tempo e as circunstâncias nas quais a passagem foi escrita. João avisa seus filhos espirituais que seu objetivo é adverti-los contra enganadores (2:26), cuja heresia era a negação da verdadeira Filiação e encarnação de Jesus Cristo (4:2). Sabemos que esses hereges eram os Cerintianos e Nicolaitanos. Irineu e outros escritores primitivos nos contam que esses todos corrompiam a doutrina da trindade. Cerinto ensinava que Jesus não nasceu milagrosamente duma virgem, e que a Palavra, Cristo, não era verdadeira e eternamente divina, mas um certo tipo de “Aion” angélico ligado com o homem natural Jesus até a sua crucificação. Os Nicolaitanos negaram que o “Aion” Cristo tivesse um corpo real, e lhe atribuíram somente um corpo e sangue fantasmagórico. É contra esses erros que João está fortalecendo os seus “filhos” e é o ponto destacado no controverso verso 7. Se permanece o verso 7, então toda ao passagem é articulada para excluir ambas as heresias. No verso 7 ele rebate o erro cerintiano declarando a unidade do Pai, da Palavra e do Espírito , e com maior precisão pelo emprego do neutro HEN EISEN a fim de concentrar o ponto em UMA substância única. Em seguida ele rebate os Nicolaitanos declarando a própria humanidade de Jesus, o real derramamento de sangue, e a aplicação pelo Espírito, daquela água e sangue dos quais ele testifica como testemunha ocular no Evangelho – 19:34,35.



Ao vermos que João em sua epístola adverte seus “filhos” contra “enganadores” que ensinavam erro sobre a verdadeira Filiação do Senhor Jesus Cristo e sobre a Sua encarnação e verdadeira humanidade, e ao vermos ainda mais João revelar estes erros nos versos 7 e 8 do capítulo 5, somos levados a reconhecer a coerência na passagem toda e que apresenta forte evidência interna em favor da autenticidade do “Texto Recebido” (Received Text).

OS MANUSCRITOS

É verdade que o verso controverso tem pouco apoio das cópias gregas e encontra-se somente em duas - o Manuscrito Montfort na Universidade de Dublin e no Códice WIZANBURGENSIS do séc. VIII. A principal autoridade nos manuscritos para I João 5:7 está nas versões latinas e ele se acha, com poucas exceções em todos os códices destas versões, tanto na Vulgata quanto no Antigo Latim. Entre os escritores antigos que fazem referência ou alusão às palavras disputadas acham-se Tertuliano e Cipriano e muitos outros subseqüentes autores latinos. A passagem é considerada verdadeira Escritura com a quase unânime concordância da Cristandade latina desde os tempos mais remotos. Deve se lembrar que o Antigo Latim foi traduzido do grego numa época bem primitiva, certamente dentro dum século da morte dos Apóstolos. As igrejas africanas não perderam os seus livros sagrados na mesma medida das igrejas gregas durante as grandes perseguições e é nos escritores africanos que encontramos as mais antigas citações do verso disputado. Um outro fato relevante é que as antigas igrejas latinas não ficaram tão atingidas pela heresia ariana, a fonte principal suspeita de tantas corrupções. No conteste contra os arianos, o Concílio de Cartago, e outros “Pais” primitivos apelaram com confiança inabalável para este verso como testemunho contundente contra eles.

 
Orígenes exerceu poderosa influência sobre a transmissão do texto grego no período antes de serem escritas algumas das cópias mais antigas ora existentes. Mosheim o descreve como “um composto de contradições, sábio e imprudente, inteligente e burro, entendido e sem entendimento, o inimigo da superstição e seu patrocinador; um enérgico defensor do cristianismo e seu corruptor; ativo e vacilante; um a quem a Bíblia deve muito e um do qual ela tem sofrido muito”. Ele foi o grande corruptor, e a fonte ou pelo menos o canal, de quase todos os erros especulativos que perturbaram a Igreja nas épocas sucessivas. Nolan afirma que as discrepâncias mais características entre o texto grego comum e os textos correntes na Palestina e Egito no tempo de Orígenes são identificáveis com uma fonte marcionita ou valentiniana, e que a mão de Orígenes mediou a introdução dessas corrupções nos textos subseqüentes.

 
É altamente relevante que textos importantes sobre a doutrina trinitariana, que aparecem no grego e latim estão faltando nos antigos manuscritos da Palestina e do Egito. Os textos disputados tinham o propósito de condenar e combater os erros dos Ebionitas e Gnósticos, Cerintianos e Nicolaitanos. Não é surpresa que a influência de Orígenes teria resultado na exclusão de algumas dessas testemunhas autênticas das cópias gregas, enquanto as cópias no Antigo Latim deveriam conservar as palavras de I João 5:7 , porque circulavam em áreas não atingidas pela influência de Orígenes.

( Sumarised from Dabney’s Discussions, published by Banner of Truth Trust.) This article no. 17 published by the Trinitarian Bible Society, Tyndale House, Dorset Road, London, SW193NN, England."


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Ufologia Adventista

A crença Adventista garante que existem vidas em outros planetas. Claro, quem empurrou isso de ‘guela abaixo’ nos Adventistas foi a Nossa Senhora Advenstista, Ellen White. Ela disse que existe, então que se explodam as evidências bíblicas (e ''até agora'', ''científicas''). Veja o que é dito oficialmente pelos ERUDITOS Adventistas:

 
“O mais provável é que a Terra, em vez de ter sido a primeira obra do Criador, tenha sido, na verdade, a última. A Bíblia retrata os filhos de Deus – provavelmente os Adões dos mundos não caídos – encontrando-se com Deus em alguma parte distante do Universo (Jó 1:6-12). Até o presente momento, as experiências espaciais não conseguiram descobrir nenhum outro planeta habitado. Aparentemente eles se situam na vastidão do espaço – muito além do alcance de nosso sistema solar poluído, onde se acham garantidos contra a infecção do pecado.” (Nisto Cremos, pg. 103,104).

Que do texto de Jó se entende que tais filhos de Deus sejam ‘anjos’, é um entendimento generalizado. Mas que os tais sejam “Adões de outros mundos”, é uma piada hermenêutica...


Interessante que a erudição Adventista diz que tais Adões estariam longe da contaminação do pecado. Mas não se deram conta que se Jó 1.6-12 refere-se aos tais, eles estavam tão próximo do causador da rebelião, que não consigo entender como e por que ficariam tão ‘longe’ da terra!?!? Veja:

"E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles." Jó 1.6

"E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR." Jó 2.1
A Crença Fundamental 8 diz em partes: “... por exaltação própria, tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte dos anjos. Ele introduziu o espírito de rebelião neste mundo, ao induzir Adão e Eva em pecado.”

A Ufologia Adventista entende que os outros Adões foram mais privilegiados do que os anjos?
Eu não gosto de perder tempo para refutar bobagens, como foi o caso da Semente da Serpente de W. M. Branham. De qualquer maneira, isso é mais um, dentre vários outros exemplos, de que quando deixamos as veredas da tradição cristã fiel, simplesmente por uma causa mística, acabamos abraçando outras dívidas, além do próprio fato de ter que defender o mito principal – Ellen White.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ellen White, mais informada do que Jesus

Jesus disse que não sabia o dia e a hora de sua volta. Isso evidentemente por causa da sua missão messiânica, a ele não foi comunicado a respeito disso. Esse tema causa sempre longas discussões por causa da divindade de Cristo. Mas basta-nos para o momento acreditar em Cristo. Pelo menos até aquele momento, o Filho do Homem foi privado dessa informação (Mt 24.36). Outro detalhe é que os anjos também não sabem!

Mas os Adventistas tem uma deusa Diana, A Grande Ellen White, que sabia o dia e a hora do retorno de Cristo (puxa, saber o ano já seria 10!). Lamentamos que ela não se lembrou quando ‘saiu’ do histerismo profético e visionário. Mas se lembrava que o dia foi lhe revelado, algo bem mais que o Santo Homem Jesus sabia! Depois de Deus Pai, a nossa senhora Adventista soube do que Jesus nem sabia, muito menos os anjos.

Veja o que ela escreveu no livro, Primeiros Escritos:

“A luz atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas, de modo que tropeçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo tenebroso e ímpio. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus.” P. 15

“O mar fervia como uma panela e lançava pedras sobre a terra. E, falando Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercutir pela...” . 285

Interessante é que ao defender isso,  os adventistas dizem que ela se esqueceu! Mas o que está em foco aqui, não é o fato de ela se esquecer, o que em si mesmo já seria suspeito, porém, o fato de ela ser informada, e o tal grupo, de algo que Cristo Jesus não foi!

Além disso, quando o Senhor Jesus disse (Mt 24.36) ele coloca que era segredo e exclusividade de Deus Pai, ele não revelaria a ser humano algum, nem a anjos. Parece que o assunto se manteve assim mesmo após a ressurreição do Senhor. Não em relação a ele (pois agora ele era um homem glorificado e ainda ascenderia ao céu assumindo a posição divina a ele reservada), mas em relação aos humanos.

Por que o Titã Leandro Quadros não sai em defesa da Bíblia contra Ellen White?  Ele tenta defender ela dizendo que essa visão se refere ao tempo da volta, ou seja, bem próximo da volta de Cristo os 144 mil serão informados disso para fortalecê-los (AQUI). Ela ouviu o dia e a hora na visão, e o povo adventista ouvirá. De qualquer maneira, a questão não é quando ouvirão, mas SE ouviriam.

Mais uma vez, tudo pelo Adventismo, nada pela verdade!



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A proibição de comer sangue é válida para os cristãos hoje?

Esse assunto é 'controverso'. Atos 15.29 realmente proíbe comer sangue como alimento? O texto diz: "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá."



Prefiro pensar que sim, mas algumas observações precisam ser ressaltadas. David Reed, ao objetar a proibição de transfusão de sangue por parte das Testemunhas de Jeová (o que não é o foco aqui) destaca o que nos interessa agora:

 
“... a igreja primitiva tratava esta carta apostólica como uma determinação permanente? Obviamente, a idolatria é permanentemente proibida, mas e a respeito dos outros preceitos mencionados na carta? E a respeito de se oferecer carne aos ídolos? Paulo discutiu este assunto demoradamente em sua Primeira Carta aos Corín¬tios, indicando que "um ídolo nada é" e que "não somos piores se não comermos, nem melhores se comermos". Ele argumenta con¬tra comer tal carne, quando isto se torne um obstáculo para os novos crentes que apenas recentemente abandonaram a adoração idólatra. (Veja 1 Cor. 8:1 13.) Mas, geralmente, os cristãos são li¬vres para comer "de tudo quanto se vende no mercado, nada per¬guntando por causa da consciência" e para comer "de tudo o que puser diante de vós" na casa de incrédulos (I Cor. 10:25 27). Desse modo, a parte da carta de Atos 15 que se refere a carnes oferecidas aos ídolos não deve ter sido vista como uma determinação permanente para a igreja. Não existem fundamentos, então, para se afirmar que a declaração acerca do sangue tem força hoje também.”


Observando a proposta dele, acredito que não teríamos problemas quando compramos um produto que tem seu nome dedicado a algum ídolo. Em época de festas juninas, os ‘Sãos’ recebem destaques em alimentos peculiares (milho, amendoim, doces, etc).

 
Porém, o fato é que o sangue não recebeu atenção posterior dos Apóstolos lançando mais luz sobre o tema, como fez Paulo sobre os alimentos.

 
O que você acha?