A guarda
do sábado pelos servos de Deus no Antigo Testamento foi pressuposta no Éden, e dada por Deus por intermédio de Moisés. Esse dia foi substituído pelo Dia do
Senhor no Novo Concerto, com algumas mudanças. Ou seja, o princípio moral do 4º
mandamento continuou em sua formatação neotestamentária no dia que que Jesus
ressuscitou, isto é, no domingo. Obviamente isso não foi de forma abrupta. A
medida que a Igreja amadureceu, ficou claro que o sábado era sombra (Cl 2.16) e
o primeiro dia foi objeto instrumental de culto (At 20.7).
Alguns
cristãos no passado questionaram a validade desse argumento, entre eles os
valdenses, e no presente os irmãos batistas
do sétimo dia. Na atualidade, os dispensacionalistas rejeitam o
pressuposto da continuidade.
Mas isso
não foi apenas levantado por cristãos, os hereges também. Alguns adventistas do
grupo desiludido de 1844, acabou aceitando o argumento de que a guarda do
sétimo dia era vigente para a era cristã. Até aqui, em partes, tudo bem. Um dos
vários líderes antitrinitaristas do grupo, J. Bates, leu os argumentos dos
batistas do sétimo dia (e cá entre nós, o cara já estava na lama espiritual,
qualquer argumento que fosse apresentado, que de alguma maneira deixasse distante
da maioria das Igrejas Cristãs, esse herege aceitaria rapidamente, bem como
seus comparsas).
“Foi
entre esses desapontados mas ainda crentes adventistas que Edson e Crosier (com
sua luz sobre o santuário), Ellen Harmon (com sua luz sobre o santuário e o espírito de profecia) e Bates (com
sua luz sobre o sábado) exerceram seus esforços.” (C. M. Maxwell. História do
Adventismo, p. 89.)
Então,
dizem os adventistas que foi o exame da Escritura que levou a Igreja Adventista
lá em 1846, começar a guardar o sábado, não com exatidão horária, mas foi nessa
investigação bíblica que isso veio a ser a principal doutrina proselitista
adventista. Outro ariano, J. N. Andrews, teve a responsabilidade de acertar o
ponteiro do relógio sabático entre os adventistas para o pôr do sol. Tanto que
a profetisa disse que a inclusão do nome “sétimo dia” era uma denúncia contras
as Igrejas protestantes.
Embora
Bates introduziu o sábado no bojo adventista, devemos dizer que o que mais se
destaca hoje, para essa decisão
posterior, especialmente no período em que ela tornara-se a “Mensageira do
Senhor”, são as visões da Papisa Ellen White. E isso não é exagero de críticos,
são os fatos. Veja como isso é admitido pelos próprios eruditos adventistas:
“Ellen G. White (1827-1915), cofundadora da Igreja Adventista do
Sétimo Dia, é reconhecida pelos
adventistas como expoente autorizada de suas doutrinas e crenças. Os
escritos dela sobre lei são abundantes e coerentes consigo mesmos e com as Escrituras.
Em 1846, sob a influência de alguns adventistas, como José Bates, ela começou a
entender a relação necessária entre o evangelho e a lei de Deus. A convicção veio mesmo, de maneira mais
forte, depois que teve uma visão sobre o santuário no Céu, que também lhe dirigiu a atenção para o
quarto mandamento. Com relação àquela visão ela escreveu: “Deve-se chamar a
atenção para a brecha na lei, por preceito e por exemplo” (VE, 87). Depois
acrescentou: “Foi-me mostrado que o terceiro anjo que proclama os mandamentos
de Deus e a fé de Jesus, representa o povo que recebe essa mensagem e ergue a
voz de advertência ao mundo para que guarde os mandamentos de Deus e Sua lei
como menina dos olhos; e que, em resposta a essa advertência, muitos abraçariam
o sábado do Senhor”(ibid.,87).”(Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia,
p. 545).
Os fatos
são assim corretamente julgados: 1. Os arianos adventistas iniciais passaram a
guardar o sábado.2. Ellen White tinha mania de ter visões, assim a posição
adotada seria mistificada por uma declaração divina em suas visões. 3. Com o
oposicionismo para com as igrejas cristãs, os adventistas sob as convulsões
visionárias de White, fez desse tema um carro chefe, tanto que fizeram do
quarto mandamento um “selo”.
Após
um período de tempo, ela respirou profundamente, sua primeira respiração desde
o início da visão. Todos ansiavam saber
o que teria a dizer. Ela correu o olhar ao redor da sala enquanto seus olhos se
acostumavam com a escuridão da Terra após contemplarem o fulgor celeste.
-Pode
nos dizer agora o que o Senhor lhe mostrou? –indagou-lhe Tiago
serenamente.
-Sim,
sim, posso –respondeu Ellen.
-Vi
um anjo voando rapidamente em minha direção. Ele me transportou rapidamente da
Terra para a cidade Santa. Na cidade vi um templo no qual entrei. Depois passei
ao lugar santo. Jesus ergueu o véu e eu passei para o santo dos santos. Ali vi
uma arca coberta do mais puro ouro. Jesus estava de pé ao seu lado. Dentro
havia tábuas de pedra dobradas juntas como se fossem um livro. Jesus abriu-as,
e ao fazê-lo, vi os Dez Mandamentos. Numa das tábuas estavam registrados quatro
mandamentos e na outra, seis. Os quatro
na primeira tábua brilhavam mais do que os outros seis, mas o quarto, o
mandamento do sábado, brilhava acima de todos. O santo sábado parecia glorioso.
Um halo de glória o circundava.
Com
isso, as pessoas se entreolharam surpresas, e Ellen observou a reação delas.
-Eu
também fiquei impressionada, –concordou ela. Não tinha idéia de que o
sábado fosse tão especial para Deus.
Após
uma pausa, continuou:
–Vi que o sábado é e será a parede
de separação entre o verdadeiro Israel de Deus e os descrentes; e que o sábado
é a grande questão a unir os corações dos queridos santos de Deus que O
aguardam. (C. M.
Maxwell. História do Adventismo, p. 91)
Imagine
se esse assunto fosse apenas um tema teológico em debate. Do tipo como tanto
outros temas na teologia. Não teria graça
para o proselitismo adventista! Eles não apenas dizem que o domingo é uma
concepção errônea do quarto mandamento, mas nos dizeres de Ellen White foi Satanás que promoveu essa mudança do
sétimo para o primeiro dia da semana. Portanto, eles precisam fazer do
Sábado algo poderosamente místico, que só seria possível, com as visões de
Ellen White. Veja que o tema não é o sábado, por esse ser ‘sábado. E esse misticismo em torno do sábado não é apenas delírio de Ellen White. O erudito teólogo adventista Maxwell repete a heresia:
“Desde 22 de outubro de 1844 Jesus, no lugar
santíssimo, tem chamado a atenção para o
sábado, não simplesmente porque é o
sétimo dia, mas porque
representa um modo único e cristão de vida, o critério final que separa o bem
do mal nos últimos dias.” (História do Adventismo, p. 282).
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