terça-feira, 21 de abril de 2015

O que um cristão deve se perguntar antes de usar uma roupa?


1.      Essa roupa reflete a dignidade do templo do Espírito Santo, que eu sou?

2.      Jesus Cristo, Maria, Paulo, Ana, Priscila, Timóteo, etc, caso vivessem em meu contexto e em meu tempo, usariam essa roupa?

3.      Essa roupa vai me deixar vulgar ou elegante?

4.      Essa roupa vai acentuar a minha sexualidade ou sensualidade?

5.      Está condizente com o ambiente – trabalho, passeio, igreja? Perguntas adicionais:

Me visto como cristão para cultuar a Deus e como mundano no trabalho e no passeio?

No culto a Deus, transmito a dignidade e a santidade do Deus que está sendo adorado?

6.      Com essa roupa, as pessoas perceberão meu caráter ou partes do meu corpo?

7.      Tenho coragem de perguntar a irmãos e irmãs fieis, o que eles acham de minha roupa?

8.      Que tipo de pessoa [caráter e comportamento] usa e admira esse estilo de roupa?

9.      Já que Bíblia não é dogmática em mencionar qual tipo de roupa, qual texto pode nos ajudar diretamente estabelecendo princípio para tal escolha?


“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filipenses 4:8

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Guilherme Miller: O profeta da falsa profetisa - sua falha e apostasia

Ellen White define tudo para o adventismo de maneira impressionante, até mesmo quem vai para o céu. Todos sabem da história de Guilherme Miller; um homem simples, crente Batista, que por um momento deixou de crer na Bíblia, mas que por fim voltou sua atenção a ela, porém de uma maneira desobediente. Especulando junto com outros a data da volta de Cristo, e para piorar, dizendo que a Bíblia indicava isso!

Sabemos no que deu - o Senhor Deus dos verdadeiros profetas envergonhou os falsos profetas não cumprido suas predições e honrando Sua Palavra em Mateus 24.36 – esfregou a história do movimento do advento dos EUA na maior decepção profética já registrada. Embora Ellen White cinicamente diz que os seguidores de Miller, o adventistas, davam explicações harmoniosas para Mateus 24.36, essa explicação, porém, só foi razoável para os enganados, os fatos mostraram que não existia nada de harmonioso com a Verdade.

"Daquele dia e hora ninguém sabe", era o argumento mais frequentemente aduzido pelos que rejeitavam a fé do advento. A passagem é: "Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai." Mat. 24:36. Uma explicação clara e harmoniosa desta passagem era apresentada pelos que aguardavam o Senhor, e o emprego errôneo que da mesma faziam seus oponentes foi claramente demonstrado. Estas palavras foram proferidas por Cristo na memorável conversação com os discípulos, no Monte das Oliveiras, depois que Ele, pela última vez, Se afastou do templo. Os discípulos haviam feito a pergunta: "Que sinal haverá de Tua vinda e do fim do mundo?" Jesus lhes deu sinais, e disse: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas." Mat. 24:3 e 33. Não se deve admitir que uma declaração do Senhor destrua outra. Conquanto ninguém saiba o dia ou a hora de Sua vinda, somos instruídos quanto à sua proximidade, e isto nos é exigido saber. Demais, é-nos ensinado que desatender à advertência ou recusar saber a proximidade do advento do Salvador, ser-nos-á tão fatal como foi aos que viveram nos dias de Noé o não saber quando viria o dilúvio. E a parábola, no mesmo capítulo, põe em contraste o servo fiel com o infiel e dá a sentença ao que disse em seu coração - "O meu Senhor tarde virá". Mostra sob que luz Cristo olhará e recompensará os que encontrar vigiando e pregando Sua vinda, bem como os que a negam. "Vigiai, pois", diz Ele; "bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim." (Mat. 24:42-51.) "Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:3.”  (O Grande Conflito, p. 370,371)

Para a profetisa da chamada igreja remanescente, Guilherme Miller era um ser profético, divinamente orientado. Em alguns momentos eu percebo que Miller era muito mais para Dona White do que o é para alguns apologistas da atualidade. Perceba:

“Assim como Eliseu foi chamado [...] também Guilherme Miller foi chamado para deixar o arado e desvendar ao povo os mistérios do reino de Deus” ( O Grande Conflito, p. 330).

Deus mandou Seu anjo mover o coração de um lavrador, que não havia crido na Bíblia, a fim de o levar a examinar as profecias. Anjos de Deus repetidamente visitavam aquele escolhido, para guiar seu espírito e abrir à sua compreensão profecias que sempre tinham sido obscuras para o povo de Deus.” (O Grande Conflito, p. 229 [Ed Condensada]).

Curiosamente, e estranhamente, em 1950 Ellen White afirma ter recebido uma visão onde Miller foi identificado com “o homem com a vassoura”. Não relatarei a visão, para que postagem não fique tão grande, mas apenas a menção dela:

“Caros irmãos: Em 26 de janeiro de 1850, o Senhor me deu uma visão que vou relatar. Vi que alguns dentre o povo de Deus são preguiçosos, e sonolentos, e meio despertos; sem compreenderem o tempo em que vivemos, que o homem com a "vassoura" entrou, e que alguns estão em perigo de serem varridos. Pedi a Jesus que os salvasse, que os poupasse um pouco mais e lhes deixasse ver seu terrível perigo, para que pudessem aprontar-se antes que fosse para sempre tarde demais.” (Primeiros Escritos, p. 48).

No corpo do texto do livro Primeiros Escritos não aparece o nome de Miller, porém num tópico do livro e na versão em PDF do Centro White indica que seja algo em direção a Miller. Ou seja, na parte que relata a visão, está o nome dele. Como eu escrevi no livro A Conspiração Adventista, não consigo entender o que é isso de fato. Uma coisa é certa, na data da visão de White, Miller já era um ‘apóstata’ e já havia morrido.

“Otis Nichols, por sinal, escreveu a Guilherme Miller uma carta em abril de 1846, instando-o a aceitar a irmã Ellen como profetiza de Deus e sua nova luz sobre o santuário como verdade de divina. Miller, é triste dizê-lo, estava muito velho e cansado para compreender.” (História do Adventismo, p. 88).

“Acerca da falha da minha data, expresso francamente o meu desapontamento [...] Esperamos naquele dia a chegada pessoal de Cristo; e agora para dizer que não erramos, é desonesto! Nunca devemos ter vergonha de confessar nossos erros abertamente.” ...

“Não tenho confiança alguma nas novas teorias que surgiram no movimento; isto é, que Cristo veio como Noivo, e que a porta da graça foi fechada; e que em seguida à sétima trombeta tocou, ou que foi o cumprimento da profecia em qualquer sentido.”
Raimundo de Oliveira. Heresias um sinal do fim dos tempos, p. 28,29. Edições Pentecostais [1984].

Mas a Papisa Adventista, deu indulgência a Miller:

 “Minha atenção foi então chamada para Guilherme Miller. Ele parecia perplexo e estava quebrantado por ansiedade e angústia por seu povo. O grupo que havia estado unido em amor em 1844 estava perdendo o seu amor, opondo-se uns aos outros, e caindo num frio estado de apostasia. Ao contemplar isto, o sofrimento consumiu-lhe as forças. Eu vi líderes observando-o, temerosos de que ele aceitasse a mensagem do terceiro anjo e os mandamentos de Deus. E quando ele se inclinava para a luz do Céu, esses homens elaboravam algum plano para afastar-lhe a mente. Uma influência humana foi exercida para conservá-lo em trevas e reter sua influência entre os que se opunham à verdade. Finalmente Guilherme Miller levantou a sua voz contra a luz do Céu. Falhou ao não receber a mensagem que teria explicado plenamente o seu desapontamento e lançado luz e glória sobre o passado, o que lhe teria restaurado as energias perdidas, iluminado sua esperança e o levado a glorificar a Deus. Ele se apoiou na humana sabedoria em vez da sabedoria divina; mas, enfraquecido por árduos esforços na causa do Seu Mestre e pela idade, não foi tão responsabilizado como os que o afastaram da verdade. Estes são responsáveis; o pecado repousa sobre eles. Se tivesse sido possível a Guilherme Miller ver a luz da terceira mensagem, muita coisa que lhe parecia escura e misteriosa teria sido explicada. Mas seus irmãos professavam tão profundo amor e interesse, que ele achou não dever romper com esses. Seu coração se inclinava para a verdade, e então ele olhava para seus irmãos, que se opunham a ela. Podia afastar-se dos que com ele tinham permanecido lado a lado na proclamação da vinda de Jesus? Ele pensava que certamente não poderiam levá-lo ao extravio. Deus permitiu-lhe cair sob o poder de Satanás, o domínio da morte, e escondeu-o na sepultura, afastando-o daqueles que o estavam constantemente desviando da verdade. Moisés errou quando estava prestes a entrar na Terra prometida. Assim também, eu vi que Guilherme Miller errou quando já estava perto de entrar na Canaã celestial, ao permitir que sua influência fosse contra a verdade. Outros levaram-no a isto; outros darão conta por isto. Mas os anjos vigiam o precioso pó deste servo de Deus, e ele ressurgirá ao som da última trombeta.” ( Primeiros Escritos, p. 258).


Obviamente, não precisamos dizer que Moisés não apostatou da fé no deserto, senão morreria com os demais. Mas, para a Papisa Adventista, qualquer comparação imprópria será legítima, desde que esteja debaixo de sua autoridade.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Avaliação das razões do Pr. Rinald de não guardar o 4º mandamento

Em um artigo no site do CACP (AQUI) há um artigo do militante cristão, ortodoxo, o ilustre Pr. Natanael Rinald. Homem de Deus cujo trabalho contra as heresias ficará na história da igreja desse país. Porém, o artigo possui alguns erros que poderiam ser evitados. Ele dá 10 razões onde diz do porque não guarda o 4º mandamento. Esse é um tema complexo, e falta sintonia entre o pensamento dele e com o que eu penso, assim pode haver alguma injustiça em minha avaliação. Apresento breves respostas às suas razões:

‘1º Razão’ – Segundo ele ‘Deus não incluiu o quarto mandamento no NT’. Pelo menos nos Evangelhos o sábado era pressuposto (Lc 23.56). Jesus guardou o sábado, pois qual mente desafiaria a afirmativa do Senhor que disse que veio “para cumprir” a lei? Um fato é que ele cumpriu em suas diversas esferas na missão Messiânica, a moral, profética e cerimonial (Mt 5.17). Dessa forma Rinald devia ter qualificado a razão após Atos, mas nem ali finalmente, quando a teologia cristã ficou cristalina nas cartas e nas práticas apostólicas. Além disso, sabemos que o argumento é o argumento do silêncio. Não vemos uma mudança ou abandono do sábado abrupto assim.

‘2º Razão' – Segundo ele ‘Jesus não ordenou em nenhuma passagem a guarda de algum dia’. Outro erro do argumento acima, e as minhas observações aplicadas aqui também. Porém, a meu ver, um tropeço a mais do nosso irmão. Jesus disse a respeito da oferta no altar (Mt 5.24), da cerimônia da purificação do leproso conforme a Lei de Moisés (Mt 8.4), isso, então, tendo por base seu argumento, deveria ser mantido? Para piorar, em qual texto Jesus anulou a Lei Cerimonial? A Lei Cívica? Ele mesmo confirmou a lei cívica Mosaica em Mateus 15.4, b.  O segundo argumento também é falho.

‘3º Razão’ – Segundo ele ‘o sábado era apenas com Israel’. De fato não encontramos a guarda do sábado pelos patriarcas. Mas a razão do sábado conforme vemos no decálogo em Êxodo 20 era anterior a Israel. Deuteronômio 5 sim, faz conexão com a libertação do Egito. Podemos apenas ler os dados bíblicos e concluir uma coisa – o sábado foi santificado por Deus na sua obra criativa, e essa foi a razão primária de escolher tal dia. A segunda razão foi que tal lei lembraria os Israelitas de que foram escravos – já que lá não havia descanso.

‘4º Razão’ – Rinald diz que ‘o sábado era o único cerimonial’ no decálogo. Devemos ter presente que havia elementos cerimoniais no sábado, ele está na lista de festas solenes de Levítico 23. Mas dizer que tal mandamento era cerimonial totalmente é ir além do testemunho do VT. Isaias 56.5-8 revela um mandamento de relacionamento com Deus. Algo moral e espiritual que está além das cerimonias. Nessa razão, precisamos ter um julgamento correto de algumas coisas. Toda lei de Deus a Israel era satisfatória para a moral e para alma. Se você ler o Salmo 119 perceberá isso.  

‘5º Razão’ – Essa é decorrente da anterior. Dizer que terminar o descanso não implicaria em nada na moral não soa muito legal. Devemos lembrar que quando o decálogo foi dado em dez palavras, ‘foi dado em uma só voz’, e ratificado posteriormente. Se esse mandamento está entre os demais, sua importância é igualitária, sendo ou não cerimonial e/ou moral. Com esse mandamento foi guardado na arca da aliança. A presença de Deus ali estava.

‘6º Razão’ – Uma das piores objeções lançadas contra o sábado. Não apenas o estimado pastor, mas já li muito em outros. Qualquer leitor mediano das Escrituras perceberia que Isaias 1.10-17 não está predizendo o fim do sábado – até por que em outras porções do mesmo livro significaria então que ele também seria restaurado (Is 66.23)? Ou dois pesos e duas medidas? – o texto é claro que Deus está condenando o uso hipócrita da lei sem a piedade que a mesma exigia. Bem comum em nossos dias hoje com respeito às exigências do Evangelho. O caso de Oséias 2.11 é análogo. Lamento, mas um uso fora de seu contexto.

‘7º Razão’ – Aqui precisamos nos perguntar se abolir a antiga aliança significa o quê? O que percebemos no NT não pode endossar uma aplicação arbitrária de dizer que abolir significa cancelar por cancelar. O cancelamento foi por cumprir profeticamente os tipos e as sombras, substituir o que na simplicidade do Evangelho foi substituído, findar por causa da universalidade da Igreja não mais em um contexto político. Tendo superioridade em vários pontos, semelhanças em alguns. O uso que os autores do NT fazem do VT deveria levar qualquer dispensacionalista tomar cuidado em selecionar o que lhes convém. Aliás, não entendo como dispensacionalistas sustentam o dízimo e negam o 4º mandamento, assim como não sei como os Adventistas dizem que a Lei de Deus são os dez mandamentos, e que o resto é Lei Mosaica, e ainda continuam com as leis dietéticas e o dízimo.

‘8º Razão’ – Essa objeção de Rinad é parcial e prejudicada, pois ele desconsiderou que a leitura de Deuteronômio não é a único, assim como muitos Adventistas desconsideram a leitura de Deuteronômio também. É até válida, mas não completa quando se faz uma objeção que tem a resposta clara em Êxodo 20.

‘9º Razão’ -  Não sei o que levou o pr Rinald escrever isso, não sei mesmo, não sei...  Primeiro que seria bom reformular a objeção e não dizer que o sábado podia ser desobedecido! Independentemente se guardaram ou não o sábado, independentemente se circuncidaram ou não seus filhos no relato Josué, se Davi adulterou, se os reis de Israel e Judá sempre caíam em algum ponto, se em momentos Deus suportava tal condição, por perdoar ou cobrar em ocasião oportuna (como se deu no exílio Babilônico, veja II Cr 36.21), esse mandamento não podia ser descumprido. Segundo, os serviços sagrados não eram considerados “trabalho”, e defender Israel era mais que sagrado. Quanto ao texto de Mateus 12 Jesus mostra que é Senhor do sábado e estar com Ele e Nele, é estar dentro do Templo verdadeiro, e fazendo o melhor serviço, visto que dentro do templo não existia negligência do Sábado, Jesus era maior que o Templo. Por fim, algumas concepções a respeito do sábado precisavam ser corrigidas, tanto a dos judeus no tempo de Jesus quanto a nossa. A lei do 4º mandamento foi dada em condições cujo ambiente era favorável, não havia prescrições para doentes, risco de morte e famintos, na Lei do 4º mandamento.

’10 Razão’ – Segundo Rinald, o cristão pode escolher qualquer dia como sábado. Apesar do texto de Rm 14.5,6 Apresentar uma base e de alguma forma ser objeto de entendimento mais refinado – reconheço que tanto para mim como Reformado, bem como para um Adventista, esse texto não é facilmente interpretado – Ao mesmo tempo, temos um texto que classifica um dia da semana como dia do Senhor (Ap 1.10). O cristão não escolhe qualquer dia. Ele como cristão deve seguir uma tradição na prática da igreja neotestamentária, e considerar tal como a Ceia é do Senhor, o primeiro dia da semana também é do Senhor. Talvez, não considerar o domingo superior a outros dias, mas lembrar que esse dia foi objeto litúrgico dado a ressurreição do Senhor conforme testemunha os quatro evangelhos. 

DOMINGO E A LEI

Segundo a prática do NT a adoração ocupou o primeiro dia da semana (At 20.7). E como a Palavra de Deus chamou esse primeiro dia de Dia do Senhor, fazendo referência a algo que aconteceu nesse dia – a ressurreição, as aparições do Senhor, e o derramar do Seu Espírito sobre a Igreja. Quando o qualificativo diz que é o “dia do Senhor” assim como o é a “ceia do Senhor”, subentende que é para o uso do Senhor. Desta forma, compreende-se que se na antiga aliança havia um dia do SENHOR, na Nova aliança o aspecto moral continua, tendo o equivalente dia do Senhor. Percebemos que o sábado foi abolido em Colossesnses 2.16,17. Foi abolido pela substituição, a sombra, o tipo, deu lugar para a realidade – o dia do Senhor, o domingo.

O grande erudito Gleason Archer apresenta extensas razões da substituição em sua obra Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, das páginas 125 a 130. E uma interpretação de Colossenses 2.16 pode ser vista nos seguintes dizeres:

“o v.16 parece referir-se primordialmente às estipulações obsoletas do AT, umas dos quais é o sábado, como sétimo dia da semana, e a outra festa chamada sábado.” (p.129).

Por fim, há os que defendem o fim da Lei Moral, mas com outra Lei Moral, revelada no NT, como padrão de vida para os cristãos. Que é na verdade bem semelhante aos 10 mandamentos – que não raro é apresentado como sendo um resumo da Lei Moral de Deus, porém, sem o Domingo como substituição do quarto mandamento, mantendo-se como tal. Embora, até mesmo muitos desses, olham o Domingo como legítimo da prática cristã neotestamentária e patrística. Como é de outro autor de calibre, o Teólogo Assembleiano Esequias Soares, que recentemente em uma excelente obra escreveu:

“A estrutura dos Dez Mandamentos se resumem no amor a Deus e ao próximo, diz respeito a Deus e à sociedade, que envolve pensamento, palavras e obras [...] A lei estabeleceu para Israel o sétimo dia da semana e, na graça, o sábado foi substituído pelo primeiro dia da semana, o dia da ressurreição de Jesus, e deixou de ser mandamento para ser praticado naturalmente, sem coerção alguma.” (Os Dez Mandamentos, pp. 9,10[ele repete a mesma ideia na página 72]).

Existem na proposta de Soares, acordos e desacordos com a Teologia Reformada – ele fez uma distinção entre o sábado institucional e o sábado legal; o primeiro é eterno e pode ser cumprido em qualquer dia, o segundo foi apenas para Israel para ser cumprido no sétimo dia (parece-me ser esse, o argumento mais fraco de Soares no livro). Obviamente, nem de longe o dispensacionalismo de Soares e de Rinald deve ser identificado com um antinomianismo (sem lei). J. I. Packer lista em sua Teologia Concisa seis (6) tipos de antinomianismo (pp.168,169).