segunda-feira, 11 de julho de 2016

Protegendo nossos filhos em uma sociedade pervertida

                                     


Como pais e/ ou responsáveis, e especialmente como pais cristãos, temos uma árdua e honrada tarefa – ensinar nossos filhos valores que os levaram a ter o caráter de Cristo. Isso por si mesmo já não é fácil. Existem muitas barreiras. A) O legado educacional que recebemos: muitas vezes queremos repetir o que nos foi ensinado por nossos pais, outras vezes o que mais pensávamos era que não faríamos com nossos filhos o que foi feito com nós quando crianças. B) Nossa incapacidade: por natureza somos limitados e em muitas áreas incapazes. Nosso poder de persuasão, de convencimento nem sempre é satisfatória. Fora que nem sempre conseguimos comunicar de forma eficaz aquilo que pensamos tão bem. C) Nossa negligencia: Criar filhos exige uma demanda que nem sempre queremos e podemos dar. Cansaço, falta de interesse, tempo limitado, falta de paciência, e até mesmo outras responsabilidades, nos fazem negligentes na dedicação do ensino de nossos filhos.

Assim somos como pais e responsáveis. Então vem a criança, com um mundo intelectual vazio para ser preenchido. Um terreno fértil para ser cultivado, um aluno precisando de instrução. Um faminto que está logo ali, nos esperando!!! Mas o que ele tem? Em muitos casos, pais sem sementes para plantar plantas de qualidades, professores com conteúdos pobres e deturpados, fora a incapacidade que esses professores tem de atingir o coração (estou falando dos pais), necessitados diante de outros que não tem boa alimentação para oferecer.

A criança vai então para onde encontrar quem cultiva nela, ensinar e alimentá-la. Ou mesmo, háuma disputa forte no investimento, no marketing. Enfim, às vezes perdemos nossos filhos diante de nossos olhos, pois houve um investimento pesado nele. Esse peso teve veículos poderosos, a TV, a internet, ‘a rua’, colegas de escola, internet, músicas e filmes, que simplesmente, adotaram nossos filhos, e nesses casos, lhes injetaram um veneno com efeitos corrosivos.

Quais efeitos terão as músicas de funk, cujas letras exploram a degradação das relações sexuais? O que uma criança, ou mesmo um pré-adolescente terá, ao saber que meninas e meninos, possuem diferenças sexuais para usarem como e quando quiserem? Essa constante exploração vai imprimir em suas vidas, que tipo de prioridades? Soma-se a isso o fato que eles estão expostos a cada vez mais precocemente verem filmes de práticas sexuais... que tipo de valores eles terão? O que dizer dos filmes e esportes violentos, onde a santidade da vida, dos sentimentos caridosos, são trocados pela ferocidade das agressões? Que sempre o mais violento será o aplaudido? Pessoas selvagens, são louvadas, mesmo que sejam os bons “mocinhos” dos filmes. Que tipo de perturbação mental, fazem os filmes de terror, e para piorar, que influencia demoníaca tem esses filmes e programas, sobre a mentalidade das crianças? Ensinam nossos filhos a serem deliquentes, quando sempre desejamos que eles fossem pessoas de respeito, ensinam nossos filhos a serem imorais, quando desejamos nossos filhos serem pessoas com comportamentos santos, ensinam nossos filhos a serem violentos, quando jamais pretendíamos que assim fosse. Muitos infelizmente, já estão insensíveis a isso, tanto pais, como filhos.

Mas o que está sendo feito de forma efetiva por nós? O quanto nos gastamos pelos nossos filhos? O quanto deixamos eles expostos a esse tipo de influencia? Talvez as respostas não serão positivas... se não estamos colhendo, iremos colher, infelizmente, coisas que nos deixarão, envergonhados e decepcionados, fora, o grande desagrado de Deus, em deixar que a herança que ele nos confiou, fosse preservada com carinho.

A não ser que algo ocorra – venhamos assumir, com toda força, nosso dever de ensinar e proteger os nossos filhos “no caminho em que deve andar”. É sobre esse processo que vamos tratar brevemente nesse estudo. Antes de estudarmos esse processo, porém, é bom tratarmos de algo muito importante. Na verdade, as dicas que apresentaremos só terão valor se os pais e/ou responsáveis, tiverem o amor bíblico pelos filhos. Leiamos I Co 13.1-8 a, e façamos uma reavaliação se tal tipo de amor está sendo visto em nós pelos nossos filhos. Veja cada proposição, do que o amor é e do que ele não é. Pergunte-se: tenho esse sentimento pelos meus filhos? Se não, não somos dignos de nossos filhos... clamemos pela misericórdia divina hoje mesmo e mudemos pela graça!

De forma didática faremos alguns apontamentos práticos para recuperar a visão bíblica da criação de filhos:

O que se espera de nós como pais e/ou responsáveis?

I.                    Tenha conteúdo: Não podemos dar o que você não temos. Portanto, comece a se preocupar com o que você tem para oferecer a seus filhos em matéria de companheirismo, palavras, ensino e influencia. Se prepare para ensinar. Não esteja confiante apenas com o que você já sabe, aprenda mais. Não confie em seus padrões, prove-os à luz da Bíblia.

Ø  Leia Deuteronômio6.5,6,7 – perceba que antes ensinar (v.7) essas palavras, devem estar em nossos corações! Como conteúdo indicamos a leitura sistemática do livro bíblico de Provérbios.

II.                 Ore pelos seus filhos: Não podemos pode orar por outros, e deixar nossos filhos de lado. Ore intensamente por seus filhos. Tenha sempre em mente todas as fases da vida seus filhos. Coloque diante de Deus e lance sobre Ele suas ansiedades e sonhos a respeito de seus filhos. Chore por seus filhos... eles não podem se perder!

Ø  Leia Lucas 18.1-8 – Percebemos que não deve haver trégua na oração. Note a pergunta no versículo 8.

III.               Ensine com excelência: Devemos ser os melhores professores que nossos filhos possuem. Ensinar os mandamentos divinos é muito mais importante que qualquer outra coisa, embora valorizemos a escolha profissional de nossos filhos, e bem fazemos, mas o conteúdo eterno é de importância primária (Mt 6.32,33). Portanto:

Ø  Leve seu filho ao SSF – Leia Provérbios 2,3,4, e identifique essas três proposições: SABER, SENTIR e FAZER. Os versículos que falam de informações (saber), os que falam de colocar no intimo(sentir) e os que falam de praticar (fazer).

IV.               Não desista NUNCA: ‘Meu filho(a) não tem jeito’. Como é frustrante ouvir isso de pais e mães crentes, especialmente quando falam deles quando crianças menores. É evidente que estamos diante de uma situação triste. Mas dificilmente, podemos constatar que houve persistência. A Bíblia diz que o amor jamais acaba. Se houver amor, não haverá desistência.

Ø  Leia Dt 6.7,8; At 20.19,20: Isso pode ser visto em nossa persistência incansável de ensinar com dedicação, amor, os nossos filhos?

V.          Discipline: Em muitos casos, teremos que disciplinar nossos filhos. Essa disciplina pode envolver ‘a vara’, em alguns casos. Mas isso não é agressão. Há pais que batem nos filhos como se fossem homens e mulheres adultos. Isso além de crime é pecado e cruel. Uma alternativa é tirar algo que ele valoriza. E quando disciplinar não anule a disciplina por dó (o que muitas vezes fazemos, para o mal de nossos filhos). Também, que não seja uma disciplina acima da capacidade de captação da criança. Seja equilibrado, mas escolha com eficiência o que e como.

Ø  Leia Ef 6.4; Cl 3.21: a disciplina e admoestações são requisitos aos pais, especialmente. Deus nos cobrará isso, pois se trata de um mandamento. Deixar um filho sem disciplina ou repreensão amorosa é concordar com seu comportamento.

VI.            Limites: Uma ação deve ser tomada em relação a quanto e o que nossos filhos veem na TV, músicas e amizades.Devemos proporcionar um ambiente familiar de amor e paz, de diversão, de programas de TV, músicas, filmes, etc, em nosso lar que leve nossos filhos a terem valores diferentes do que eles veem na escola. Más companhias são eficazes e mortais em corromper nossos filhos. Teremos que limitar as amizades deles também. Mas isso deve ser feito de forma inteligente. Convencer os filhos que o comportamento adotado por outras crianças, não é bom. Falar claramente o que músicas e filmes ensinam e querem fazer com eles, de forma clara para que eles entendam. Antes que eles tenham a síndrome de Asafe (Leia o Salmo 73).

Ø  Leia Fl 4.8: usando esse texto como filtro, proteja seu filho de influencias malignas, imoral e pervertidas. Ensinemos nosso filhos a viverem acima da mediocridade.

VII.            Leve-o a Amar a Deus com todo o ser: Por fim, repetir as palavras de Dt 6.5; Mt 22.27; Mc 12.30; Lc 10.27. Dizer isso olhando em seus olhos, orando por isso. Quem ama obedece. Somente o amor a Deus levará nossos filhos a resistirem o mundo, quando estiverem longe de nós, ou quando crescerem. Perceba que o mandamento é para atingir o homem todo - uma abrangência de corpo, mente, vida e sentimentos. Creio que se investirmos aqui nesse mandamento de amar a Deus, as sugestões acima fluirão melhor. Não é sem razão que o Senhor Jesus disse que esse é o mandamento mais importante.

A responsabilidade é nossa... aceita o desafio de assumir o compromisso inegociável de ensinar seus filhos a serem cristãos verdadeiros? Podemos falhar pela incapacidade, Deus será nosso Justo Juiz, e devemos recorrer a ele para cumprir essa tarefa... mas, se falharmos por negligência, ele continuará sendo o Justo Juiz.

Que O Senhor nos use poderosamente na educação de nossos filhos!

Um comentário:

  1. Essa é uma preocupação que ocupa o coração de todo servo de Deus, que trabalha para ganhar vidas para o reino de Deus. Tirar das trevas, e transportar para o reino do Filho do seu amor; levando as boas novas a esse mundo com a palavra transformadora e poderosa do Senhor (Col 1:13). As drogas, o conteúdo exibido pela tv e internet, a influencia das musicas mundanas e muitas outras coisas, são a preocupação dos casados com seus filhos, e para os solteiros(no meu caso), são os sobrinhos. Isso quando se fala em família. Mas nossa visão não pode se restringir só a nossa família. A igreja de Deus tem que influenciar a todas as famílias da terra. Vós sois o sal da terra; Vós sois a luz do mundo (Mateus 5:13,14).

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