sábado, 24 de fevereiro de 2018

Paulo Cadi: 20 questões relacionadas ao Juízo Investigativo


"Estas 20 questões relacionadas ao Juízo Investigativo eu tirei do livro "O Caso White"....... estão aí para os sabatistas se divertirem! Que eles façam bom proveito!

"Aqueles que desejam estudar mais sobre esse assunto encontrarāo bastante inspiraçāo nas 20 questōes seguintes oferecidas pelo ex-pastor Adventista Phillip Wilson.

1. Deve ser explicado por que o contexto de Daniel 8 não é considerado e por que a questão de Daniel 8:13 é ignorada, ao procurar interpretar sua resposta dada em Daniel 8:14.

2. Deve provar-se que 2300 tardes e manhãs são iguais a 2300 dias completos, quando não há provas conclusivas de Daniel 8:14 (e nenhum outro texto da Escritura para confirmar) que significam dias completos.

3. Não só deve ser provado que um dia é igual a um ano em profecia, mas que o sacrifício da tarde e da manhã são iguais a um ano.

4. Em face da implicação contextual de que o período de 2300 anos começaria quando o sacrifício diário foi suspenso, deve-se argumentar que começou, em vez disso, em 457 aC uma data que não teve nada a ver com a remoção do holocausto regular. Nota: Já que para os Adventistas o ano 457 aC marca o início das 2300 tardes e manhãs.

5. Deve provar-se que o santuário celestial é o mencionado quando o contexto se refere ao santuário terrestre e a atividade contra ele pelo pequeno chifre.

6. Deve provar-se que a limpeza do santuário significa limpá-lo dos pecados confessados ​​dos santos, quando o contexto se refere à limpeza da poluição pelas atividades desoladoras do pequeno chifre.

7. Deve provar-se que os pecados confessados ​​contaminam o santuário; e que o sangue das ofertas pelos pecados individuais era levado ao santuário, que tal sangue estava carregado de pecado e, portanto, contaminou os lugares sagrados.

8. Deve ser assumido que 490 anos são cortados dos 2300 anos, quando não há nada em Daniel 8 ou 9 que o exija.

9. Deve assumir-se que os 2300 anos e os 490 anos começam juntos, embora não haja prova disso.

10. Deve-se sustentar que a reconsagração do santuário em Daniel 8:14, bem como a unção da santidade em Daniel 9:24 não são as mesmas, mas são separadas por quase 2.000 anos.

11. Deve provar-se que existe uma ligação contextual e linguística entre Daniel 8:14 e Levítico 16.

12. Deve ser demonstrado que a palavra emitida em Daniel 9:25 refere-se ao decreto real e que Artaxerxes fez tal decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém, quando não há provas de que ele fez.

13. Deve provar-se que a purificação do santuário começou não apenas em 1844, mas em 22 de outubro de 1844. Como esse detalhe não está na Bíblia, deve-se mostrar que os karaítas celebraram o dia da expiação em 22 de Outubro de 1844 e que seu calendário é mais confiável do que o calendário rabínico ortodoxo. Todo esse exercício depende, é claro, de provar que a limpeza do santuário em Daniel 8:14 é o mesma que a tipificada em Levítico 16.

14. Deve ser explicado por que, ao dar aos 2300 dias uma aplicação do Novo Testamento, é necessário incorporar o dia judaico da expiação, uma vez que os SDA ensinam após a cruz, o judaísmo como sistema, foi desqualificado; cessaram as práticas dos dias sagrados anuais; e que a Igreja é agora o verdadeiro Israel de Deus.

15. Deve mostrar-se que o dia antitípico da expiação começou em 1844; e deve ser explicado por que o grande ato de expiação de Cristo [no Calvário] não é o dia da expiação, mas está separado disso por 1 800 anos.

16. Deve provar-se que o esquema de dois apartamentos do santuário do Antigo Testamento é paralelo a um ministério de dois apartamentos por Cristo no santuário celestial, quando Hebreus não sugere tal conclusão.

17. Deve mostrar-se que há dois apartamentos no santuário celestial e que Cristo se mudou do lugar sagrado para o lugar santíssimo em 1844. É preciso explicar também como, quando o Novo Testamento diz que Cristo entrou na presença de Deus e sentou-se no trono no santuário celestial (como Hebreus 9: 1 2 diz), isso significa apenas o primeiro apartamento no Céu.

18. Deve mostrar-se ainda por que Cristo deve funcionar como sacerdote segundo a ordem de Arão, quando Hebreus ensina que Ele transcendeu esse sacerdócio e funciona como sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.

19. Deve provar-se que o julgamento que começou em 1844 foi um julgamento investigativo apenas para o professo povo de Deus - não um julgamento do chifre perverso ou da Babilônia.

20. Deve mostrar-se que isto é o que descreve Apocalipse 14:7, embora não ofereça tais detalhes sobre este julgamento dos santos. Revelation 14:7 refere-se a este julgamento investigativo? Ou se refere à grande hora de julgamento de Deus que começou na cruz?"


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

'Espírito de Profecia' e a Doutrina de 1844 – as duas colunas do adventismo

Engana-se quem pensa que a doutrina do sábado é a mais importante do adventismo. Ela é fundamental, mas não exclusiva. Se fossemos apontar quais doutrinas peculiares que essa religião possui, sendo exclusiva dela, são apenas duas doutrinas – das fundamentais. O que eles creem em torno da Papisa Ellen White e da doutrina do Juízo Investigativo, iniciada em 1844. Ambas as doutrinas se forem tiradas, o adventismo deixa de existir, qual religião peculiar. Assim como 1914 e o Escravo Fiel e Prudente são doutrinas que sustentam as Testemunhas de Jeová, o Papa e Maria para ICAR, assim o é Ellen White e 1844 para a IASD.

Sobre 1844, dizem os eruditos adventistas:

“A doutrina do sacerdócio de Cristo, em conjunto com a interpretação profética de Daniel 8.14, fornece uma identidade histórica à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Para os adventistas, seu movimento não é acidente histórico, mas resultado da especial intervenção de Deus nos empreendimentos humanos. O cumprimento de Daniel 8:14 em 1844 valida a presença dos adventistas do sétimo dia no mundo e, principalmente, na comunidade cristã. Assim como o início do ministério celestial de Cristo coincidiu com o derramamento do Espírito Santo (At 2:33), assim o começo do antítipo dia da expiação coincidiu com o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 454).

Algumas coisas são evidentemente deploráveis nessa declaração:

1. Unir o sacerdócio de Cristo com Daniel 8.14 é no mínimo uma estupidez hermenêutica, pois o contexto não sugere trabalho sacerdotal algum de Cristo ali em Dn 8. 

2. A única intervenção histórica que sabemos a respeito do surgimento dessa data, foi que Deus humilhou aqueles que achavam que podia saber mais que o Filho de Deus, em sua missão humana (Mt 24.36). Isto é – Deus causou o grande desapontamento para humilhar os falsos profetas mileritas.

3. Nenhum intérprete reconhecido hoje aponta qualquer cumprimento de Daniel 8.14 em 1844. Certo erudito do VT diz:

Não pode haver qualquer dúvida de que o chifre pequeno no capítulo 8 indique um rei do império grego , a saber, Antíoco Epifânio.” (Gleason L. Archer Jr. Panorama do Antigo Testamento, p. 504. Edições Vida Nova).

4. Como dizer que Daniel 8.14 se cumprir em 1844 validaria o adventismo na comunidade cristã? Por que outros aventureiros proféticos no arraial protestante também caíram nesse erro, lá na época de Miller e antes?

Muitas vezes o adventismo faz essa identificação por causa da expressão “chifre pequeno” que os reformadores e outros identificavam com o Papado Romano, o que o adventismo plagiou dessa tradição. Porém, uma coisa é o chifre pequeno de Daniel 7, outro é o de Daniel 8. O renomado pregador Brasileiro, Hernandes Dias Lopes alerta:

“O pequeno chifre do capítulo 8 não deve ser confundido com o pequeno chifre do capítulo 7.8. A origem do 7.8 é o quarto império (império romano). A origem do 8.9 é o bode, o terceiro reino: o império grego.”

5. A seita adventista tem uma mania de vincular acontecimentos de sua história com relatos bíblicos que é até cômico. É assim com o clamor aí vem o Noivo, com a expressão “Espírito de Profecia”, com a o livrinho de Apocalipse 10.

Esse tipo de teologia gibi, não merece nem refutação, dado a sua baixa competência exegética. Daí dizer que o surgimento da IASD com alguma coisa da Bíblica é sem conexão, nem com uma, nem com outra situação bíblica.

Diante desses fatos, imagine então como está a situação da IASD diante daquilo que um teólogo adventista diz:

[...] nunca mais questionei Ellen White como profetisa; em vez disso, minha confiança na verdade de 1844 permitiu-me vê-la como um dos maiores profetas que já existiram!
Minha compreensão da verdade a respeito de 1844 deu-me uma nova experiência com Jesus, com os adventistas e com o Espírito de Profecia. Uma vez que entendi quão bíblico era o juízo de 1844, sabia que esta igreja era tudo que dizia ser, e todas as dúvidas sobre lei, o sábado, enfim, todas as minhas indagações foram respondidas.
[...] os ensinamentos sobre 1844 provam, além de qualquer dúvida, que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a a igreja remanescente da profecia bíblica, e que essa mensagem é a verdade presente. O juízo investigativo de 1844 – mais que o estado dos mortos, o sábado e a segunda vinda – estabelece a validade do adventismo. (1844 – uma explicação das principais profecias de Daniel, p. 9,10,11,12,13,14,15).

A IASD precisa deixar tais doutrinas (Ellen White e 1844) - além disso, deve também recuperar a doutrina clássica da trindade, manter a inerrância da Escritura, desconectar a salvação com algum selo de obras da Lei, e desistir do sonho de 'igreja remanescente', se quiser ser considerada um igreja protestante genuína (Jd 3,4) - reconhecimento esse que eles vivem a reclamar nas portas das igrejas evangélicas. 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Editora Reflexão lança livro sobre Ellen White

Graças a Deus a Editora Reflexão lançou o livro do conhecido crítico do adventismo, o autor S. Cleveland. Assim, a editora tira uma má impressão que estava surgindo, já que era uma das duas editoras evangélicas que estava publicando no Brasil, livro de um autor adventista. Ainda que o foco da editora no caso em tela, era arminianismo.

Espero que em breve a Editora Cultura Cristã publique o livro de Antony Hoekema sobre as seitas, onde ele inclui a IASD no bojo herético - junto com as Testemunhas de Jeová, Mórmons e Ciência Cristã.

Segue a descrição do livro de Sydney Cleveland:



"O CASO WHITE é um exame completo das profecias, dos escritos e das práticas de Ellen White. Sydney Cleveland avalia suas alegações de inspiração, sonhos e visões, as doutrinas que ela endossou, seus hábitos pessoais que se opunham ao que ela escreveu, e os efeitos de suas reivindicações sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Este livro é uma análise bem documentada sobre fatos pouco divulgados sobre Ellen White e sua longa história a serviço do Adventismo.

SUMÁRIO
Prefácio – 15
  1. Por Que Escrevi Este Livro – 19
  2. Quem Realmente Escreveu Aqueles Livros? – 25
  3. Elas Estão de Acordo? – 49
  4. Você é salvo? – 81
  5. Profecias que Falharam – 107
  6.  À Frente de Seu Tempo? – 143
  7. E Quanto aos Milagres? – 175
  8. Quem Era Aquele Jovem? – 191
  9. Os Verdadeiros Profetas de Deus Recebem Orientação de Mortos? – 217
  10. O Grande Desapontamento – 227
  11. Os Judeus Caraítas e 22 de Outubro de 1844 – 249
  12. Atenção! Manuseie com Cuidado! – 273
  13. Uma Palavra aos Aspirantes à Profeta – 289

Apêndice A: Os “Empréstimos” de EGW – 297
Apêndice A: IASD Quanto ao Uso de Joias e Roupas – 309
Apêndice C: Recursos Para Pesquisa – 317"

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Prof. Paulo Cristiano: Os mentores de Ellen White e as datas para o fim

 "TIAGO WHITE
 Relembrando o que disse o historiador adventista: 
“Tiago White também foi seduzido pela marcação de datas. Até setembro de 1845, pelo menos ele cria que Jesus voltaria em outubro. Bates também participou da marcação do tempo […] Ele [Jesus] voltaria em outubro de 1851” (Knight, 2011, pp. 83,84 – grifo nosso)
“É bem conhecido que muitos estavam esperando a vinda do Senhor no sétimo mês de 1845. Que Cristo virá nós acreditamos firmemente.” (Tiago WhiteUma Palavra ao Pequeno Rebanho, p.22).
É dentro deste contexto, quando Tiago White marca a volta de Jesus para 1845, que Ellen White diz ter ouvido “a hora e o dia da volta de Jesus”. Isso após o Grande Desapontamento de 1844.
Lembremos ainda do testemunho de Lucinda Burdick atestando que EGW ajudou a reforçar a marcação da volta de Jesus para 1845 com suas visões.
Não podemos perder de vista que, até a década de 50, ela vivia à sombra de seu marido,  era pouco conhecida e seus testemunhos eram contestados. Além disso, eles acreditavam na doutrina da “porta fechada”. Uma visão ouvindo a hora e o dia da volta de Jesus na época em que seu marido marca 1845 como o ano desse advento é, no mínimo, suspeita. Mas foi muito mais que isso, foi na verdade uma ajuda prestada a Tiago White.
JOSEPH BATES
Quando a falsa predição de Tiago White falhou, surgiu outra predição pela pena de Joseph Bates. Bates acreditava que o Dia da Expiação havia começado em 22 de outubro de 1844 e duraria sete anos quando, no final de outubro de 1851, Jesus então voltaria. (The Typical and Anti-typical Sanctuary, pp. 10-13)
Ela teve uma visão em 18 de novembro de 1848, em Dorchester, que foi publicada por  Joseph Bates em seu livro, O Selo do Deus Vivo, em 1849. Nessa visão Ellen White afirma que O tempo de angústia começou, a razão pela qual os quatro ventos não foram soltos é porque os santos não estão todos selados …”
Ela escreveu em 1849 o seguinte: “Não temos senão um pequeno espaço de tempo no qual trabalhar por Deus.”(Primeiros Escritos, p. 67- visão de 24 de março de 1849)
 Conforme os meses iam passando e se aproximando da data marcada por Bates, as advertências iam ficando mais contundentes. Observe as seguintes declarações:
 “Numa visão dada em 27 de junho de 1850, meu anjo acompanhante disse: “O tempo está quase terminado…”(Ibidem, p.84)
 “Mas agora o tempo está quase findo, e o que durante anos temos estado aprendendo, eles terão de aprender em poucos meses.”( Ibidem, p. 86 – 27 de junho de 1850)
 “O tempo do selamento é muito curto, e logo passará” (Ibidem, p. 78 – visão de setembro de 1850)
“Vi que a rápida obra que Deus estava fazendo na Terra logo seria abreviada em justiça, e que os mensageiros devem celeremente ir em busca do rebanho disperso.”( Ibidem, p. 70 – visão de dezembro de 1850)
 Alguns estão supondo a vinda do Senhor num futuro muito distante. O tempo tem continuado alguns anos mais do que eles esperavam, e assim pensam que continuará mais alguns anos, e desta maneira suas mentes são desviadas da verdade presente para irem após o mundo.”           (Ibidem, p.77- visão de dezembro de 1850)
 “Vi que o tempo para Jesus permanecer no lugar santíssimo estava quase terminado e esse tempo podia durarapenas um pouquinho mais; que o tempo disponível que temos deve ser gasto em examinar a Bíblia, que nos julgará no ultimo dia.”(Ibidem – visão de dezembro de 1850)
É óbvio que todas as expressões falando sobre o fim mostram um processo de reduzir o tempo para encaixar e reforçar a marcação da data que Bates havia proposto.
O observador mais atento notará que em março de 1849 ela usa a expressão “pequeno espaço de tempo” que foi reduzido para “meses” em junho de 1850, depois para “muito curto e logo passará” em setembro e, finalmente em dezembro, “o tempo está quase terminado”.
Uma alegação comum entre os adventistas é falar que essas expressões são semelhantes às usadas pelos escritores bíblicos. Ora, Jesus não disse “eis que cedo venho”? (Ap 22.7).
Acontece que há um abismo enorme entre as frases de ambos. Pergunto: existe algum verso na Bíblia de Quadros marcando a volta de Jesus? Ou ele sabe de algum dos apóstolos que “ouviu” Deus dizer “a hora e o dia” da volta de Jesus? É certo que o cristão do 1º século vivia na expectativa da iminência da parousia como nós hoje vivemos, mas longe de fixar datas. Entretanto, com relação a EGW, as expressões de expectativas usadas por ela em seus escritos e visões faziam parte de um esquema místico de favorecimento em prol da fixação de datas. Quando essas expressões são colocadas dentro do contexto da doutrina da porta fechada, das datas pré-fixadas de Tiago White e Bates, as evidências cumulativas apontam para o fato de que realmente Ellen White esperava o cumprimento da volta de Jesus para algumas daquelas datas.
Ellen White era contra a marcação de datas?
Os adventistas dizem que sim. Objetam dizendo que a acusação de que EGW marcava datas não pode ser verdadeira porque ela em diversas ocasiões se opôs a essa prática. Em defesa desse ponto de vista são citados alguns textos em que ela parece desabonar esse costume, como podemos ler abaixo:
“Diferentes datas foram repetidamente estabelecidas para a vinda do Senhor e impostas aos irmãos; mas o Senhor mostrou-me que todas essas datas passariam, pois o tempo de angústia devia vir antes da vinda de Cristo, e que cada vez que uma data era estabelecida e passava, simplesmente enfraquecia a fé do povo de Deus.”(Primeiros Escritos, p. 45 – e-book)
Citando alguns trechos dos livros de EGW, Knight, afirma que ela “se opôs a Bates” e que “essa não foi a primeira vez que Ellen White se opôs à marcação de datas”.( Knight, 2011, pp. 83,84)[3]
Contudo, a afirmação de Knight não condiz com os fatos, pois ela teve uma visão em 18 de novembro de 1848, em Dorchester, que foi publicada por Joseph Bates em seu livro, O Selo do Deus Vivo, em 1849. Nessa visão Ellen White afirma que O tempo de angústia começou, a razão pela qual os quatro ventos não foram soltos é porque os santos não estão todos selados …”
Ele (Bates) chega a usar a expressão: “O tempo de angústia, qual nunca houve” (p.48). Ele fala isso dentro do contexto da guerra na Europa. EGW está repetindo com suas visões apenas aquilo que Bates estava ensinando com suas palavras.
Ademais, a senhora Lucinda Burdick, amiga de Ellen White na década de 1840, dá outra versão dos fatos. Na versão da senhora Burdick, as falsas previsões sobre a volta de Jesus não recaem apenas nas costas do marido de EGW. A amiga menciona que a “profetisa” relatava que “ela viu que o Senhor viria pela segunda vez em junho de 1845”, mas, quando Jesus não voltou, a desculpa arrumada para o fracasso foi que ela ouviu a Voz na “língua de Canaã” e ela não entendia a língua de Canaã, por isso não compreendeu de imediato, mas era no “próximo mês de setembro que o Senhor voltaria.”[4]
 É claro que EGW apoiou as datas de 1845 e 1851 para a volta de Jesus; além disso, não devemos esquecer a falsa profecia de 1856, talvez a última tentativa de marcar data feita por ela.
Como explicar então suas advertências em contrário? Não podemos perder de vista que na época não eram somente seu esposo e Joseph Bates que estavam marcando datas, outros adventistas também o faziam. Acreditamos que as oposições à marcação de datas feitas por EGW têm endereço certo: feitas contra esses outros que não faziam parte de seu círculo íntimo. Ademais, os repetidos fracassos das datas forçaram-na a dar uma “resposta” sobre o assunto e ficar mais cautelosa."
Notas
[2] Prosseguindo a leitura do livro, o leitor irá se deparar com mais algumas bizarrices que ela viu em suas visões, tais como: “cartão de ouro” para anjos (ourocard do céu?), o patriarca Enoque encontrado em outro planeta, crianças com asas, uma mesa quilométrica, mas que podia ser vista de uma só vez e também o novo “nome de Jesus” e o “papa” que supostamente mudou o sábado para o domingo.
[3] Pode-se ler outras advertências dela contra a marcação de datas em Mensagens Escolhidas, Vol. 2 p. 115; Testemunhos para a Igreja Vol. 4, p. 298; e Primeiros Escritos, p. 95 – e-book.
Fonte: CACP

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Edson Reis: A ONU e o relacionamento com as Testemunhas de Jeová

Quem conhece a teologia das Testemunhas de Jeová, em especial da sua massificada ideia sobre a ONU, das décadas de 80 e 90, sabe que o que o Edson Reis demonstra nesse vídeo, é sem dúvida um caso de 'amante', uma 'prostituição', que a Torre praticou com a "besta fera".